Há coisas que me chateiam e uma delas é a estupidez. O assunto nunca foi assunto e certamente não merecia sequer menção, não fora a estranha insistência dos energúmenos do costume, acentuada por aqueles que gostam de manipular acontecimentos normais para efeitos clubísticos.
Refiro-me, infelizmente, aos festejos de Luís Figo a quando do golo do Inter de Milão, frente ao Sporting. Que o extremo português prime pelo decoro quando actua em Alvalade, clube que o formou, é prova do bom senso que o caracteriza e sinal de respeito. Pensar que Figo não devia celebrar um golo que dava à sua equipa – a que lhe paga, onde ele trabalha todos os dias, com companheiros com quem passa mais tempo do que com a própria família – o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões – depois de, à segunda jornada, contabilizarem duas derrotas – é próprio de imbecis, de quem nunca soube o que era fazer parte de um grupo competitivo ou de gente mal-intencionada.
Por maioria de razão, seria absurdo que os sportinguistas questionassem a relação de Figo com o seu clube.
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