A incorporação da Academia na SAD e a redução da percentagem detida pelo Sporting nessa empresa de 78% para 51% estão agora na calha. Compreensível e aceitável.
FSF, pessoalmente, defende ainda que, em ultima análise, 40% do Sporting na SAD leonina - o mínimo permitido por lei - seria suficiente. Daqui resultaria a possibilidade remota, mas possível, do Sporting ser adquirido por um qualquer magnata ou grupo empresarial. A consequência natural disso mesmo - o associativismo deixaria de fazer qualquer sentido. Neste capítulo não pode ser criticada a coerência de FSF (tantas vezes criticada) já que sempre afirmou publicamente a sua opinião face ao associativismo.
O que FSF se calhar ainda não percebeu é o que está por detrás do associativismo. O que é que leva as pessoas a serem sócias mesmo que muitas vezes não tenham vantagens concretas em sê-lo. Tome-se o exemplo de um habitante do Norte quer raras vezes venha ver jogos a Lisboa. A identificação com o clube, o facto de ser fan e sócio ser importante para o auto-conceito do individuo, o sentimento de pertença a uma comunidade que partilha as mesmas paixões. São factores que também se medem, é preciso é saber fazê-lo. E reforçam a brand equity que se calhar é um conceito que FSF domina melhor.
E claro, as receitas das quotizações representam uma fatia não negligenciável do orçamento...
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