"Carlos Queiroz acha que, entre treinadores e jornalistas, não se deve discutir táctica. A máxima pode parecer surpreendente para alguns, mas, neste contexto, é uma evidência. Para os jornalistas que acompanham a Selecção, a táctica deve ser a última das preocupações. Não interessa saber a razão das alterações promovidas, quando elas não obedecem a uma estratégia planeada, a uma identidade ou a um rumo definido e são apenas expressões ocasionais de desespero. Nem sequer interessa perguntar porque ficaram de fora dois terços dos jogadores que, por acaso, estão familiarizados com o losango que irrompeu de repente no léxico da equipa nacional. A notícia, infelizmente, é outra: um parco ponto dos seis disputados ante o colosso Dinamarca e o Mundial cada vez mais por um canudo. Para o professor, a discussão também não é certamente importante. É que Queiroz está firmemente convencido de que o seu conhecimento é total, absoluto e inquestionável. Ele é um génio, enquanto o mundo está pejado de imbecis. Claro que, perante o génio do professor, é o mundo inteiro que está enganado. Até a classificação está errada..."
Jean-Paul Lares, in O Jogo
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