Soube a pouco

O Sporting é sempre o Sporting, mas não era necessário ter este receio de uma equipa que demonstra tantas fragilidades. O Sporting entrou com uma estratégia que tinha como primordial preocupação não sofrer golos, um pouco à Guimarães. Se os vimaranenses, com tão poucos elementos ofensivos, tinham ganho na Luz, por que não haveria de conseguir feito idêntico quem tem melhores jogadores, ainda por cima actuando em casa? Por outro lado, cedo se percebeu como alguns recentes desaires e, em particular, o facto de ainda não ter conseguido 'virar' um resultado pesaram nas mentes benfiquistas. Houve sempre um claro receio de que o adversário marcasse primeiro e, com isso, ditasse mais uma derrota. Na segunda parte, ainda pareceu que o Benfica conseguiria impor o seu jogo e chegar à vitória, mas bastaram três cantos seguidos do Sporting e um remate muito perigoso de Miguel Veloso, para o receio regressar. O Benfica voltou a mostrar-se melhor na parte final do jogo, parecia ser a única equipa capaz de marcar, mas nunca foi o Benfica poderoso, pujante, arrojado, imperial de outros momentos.

Em jeito de balanço, não me parece que se justificasse tanta prudência frente a um Sporting que pareceu provar já não ser candidato ao título de campeão nacional. Só assim se percebe que quem estava a 11 pontos do adversário não tenha feito mais para ganhar. O Benfica é claramente mais forte do que o Sporting, mas hoje não o provou de forma peremptória. Pela estratégia alheia, mas também devido a encolhimento próprio. Por isso, não ganhou.