quarta-feira, maio 30

Europeu 2000: Bélgica e Holanda.

Penso ter sido o primeiro Europeu bi-partido. Bélgica e Holanda receberam a competição e, pela segunda vez consecutiva, Portugal estava na caderneta da Panini.

Lembro-me de ter apostado com um amigo meu da universidade que Portugal não só passaria o grupo, como o faria com três vitórias. O grupo era teoricamente complicadíssimo, com Inglaterra, Alemanha e Roménia.

Estava eu na Ponte 25 de Abril e ouvia o relato do 2-0 para os ingleses. Ainda festejei o golo de Figo no carro e, quando cheguei a casa, JVP mergulhou para o empate, numa jogada magistral, das coisas mais bonitas que vi uma equipa fazer. Nuno Gomes, a passe magistral de Rui Costa, selou uma das vitórias mais saborosas de sempre da nossa Selecção.

Depois veio a Roménia, e vencemos com um golo de Costinha, perto do fim. Não pude ver este jogo. Contra a Alemanha, e apesar das reservas, estava superconfiante! Não me desiludi e Sérgio Conceição fez um hat-trick memorável.

Com Portugal passou a Roménia. A Inglaterra é sempre a Inglaterra, mas a Alemanha esteve muito mal, com uma equipa fraquinha, em renovação. Fomos a melhor equipa na fase de grupos!

Havia alguma magia nesta equipa lusa, com Figo, Rui Costa e João Vieira Pinto. Mas também havia algumas coisas muito mazinhas, como Dimas, Xavier ou Vidigal. Contudo, Humberto Coelho conseguiu construir uma equipa, que apresentou um futebol eficaz e, por vezes, atraente.

Nos quartos, defrontámos a Turquia e vencemos tranquilamente (apesar dos turcos terem falhado um penálti, acho eu). Depois veio o pior...

Contra uma França fortíssima e campeã do Mundo em 1998, com jogadores como Barthez, Blanc, Desailly, Lizarazu, Thuram, Vieira, Zidane, Deschamps, Petit, Anelka, Dugarry, Henry, Pires, Karembeu, Trezeguet e Djorkaeff, a tarefa era quase impossível.

Gomes, com um magnífico movimento fez o 1-0 mas os franceses empataram e o jogo foi para prolongamento. Depois, Xavier fez penálti, Zidane marcou-o de forma irrepreensível e acabou tudo à pancada, num vergonhoso comportamento de alguns jogadores lusos, com especial destaque para o actual seleccionador, Paulo Bento.

Saímos pela porta dos fundos, depois de termos feito um europeu muito bom. O fado triste estava de volta.

Na grande Final, a França derrotou a Itália, também no prolongamento, naquela que foi a consagração total daquela geração de jogadores.

4 comentários:

Peyroteo disse...

O Vidigal não era grande espingarda mas chegou a este Euro na sua melhor forma, pois tinha sido peça fundamental no título do Sporting e foi também determinante na campanha de Portugal neste Euro.
Fez bem mais que outros nomes mais sonantes.
A certa altura achei que ganharíamos este Euro mas a França estava muito forte e foi um jogo que podia ter pendido para qualquer um dos lados.

Mr. Shankly disse...

Este europeu foi inesquecível para nós. Nunca esquecerei o jogo contra a Inglaterra e a França. Vi os jogos todos na Praça Sony, e foi lindo.

No jogo contra a Turquia, apesar de termos controlado totalmente, tivemos sorte: com 1-0, o Baía fez penalty e devia ter sido expulso. O árbitro não o expulsou e o Baía defendeu o penalty. No im ganhámos 2-0, com dois do Gomes (duas assistências do Figo).

Anónimo disse...

Pois foi isso mesmo, Shankly. Praça Sony... que saudades! :)

Ainda não enviaste as tuas apostas.

LDP disse...

Como é possível considerar Dimas mauzinho?