segunda-feira, abril 14

Já sonhamos com o 33.

1. O Benfica não vacilou e os milhares de adeptos encarnados fizeram a festa, em Aveiro. Em casa emprestada, o Arouca fez o que pôde, especialmente durante a primeira parte: negou-se a jogar futebol, defendeu com 11 atrás da bola e nunca hesitou em usar e abusar das faltas para parar o jogo adversário (e sem amarelos, um luxo!). Cássio também passou os primeiros 45 minutos a simular lesões e a demorar eternidades a cada pontapé de baliza. Que grande equipa é este Arouca e que bom é haver equipas destas no nosso campeonato.

2. O jogo foi em Aveiro e os do costume ficaram muito indignados, mesmo quando os seus próprios clubes também já jogaram na mesma situação. É realmente fantástica a incoerência desta gente, de tão descarada que é. E isto quando tudo acontece dentro da Lei, a mesma Lei que serve todos os clubes. E isto quando o Arouca vai voltar a jogar em Aveiro quando receber o Gil Vicente, numa cabal demonstração da veracidade dos seus argumentos. Mas adiante porque isto é um não-assunto.

3. Foi uma grande festa a que se viveu nas bancadas do estádio de Aveiro. Finalmente vi os benfiquistas crentes na conquista do campeonato, e já sem grandes travões nas euforias. Também não vi comportamentos exagerados mas, no fim, estes três pontos tiraram de cima de muitos ombros a pressão que o Sporting insiste em manter.

4. No jogo, grande destaque para Maxi, numa exibição tremenda. Por vezes parecia que era o único que corria. Gaitán, quando decidiu entrar, fez o que tem feito esta época: desequilíbrios, lances de perigo, magia. Markovic, menos exuberante, mas com excelentes momentos. Sem Luisão e Fejsa, Jardel e Almeida não comprometeram. Entrada morna e alguma precipitação com o passar do tempo. A equipa estava um pouco presa e o Arouca destruía apenas. Muito complicado até que, num lance confuso e com alguma sorte, Rodrigo dá a primeira facada na equipa de Pedro Emanuel. Segunda parte, mais do mesmo, com os da casa a revelarem ser zero ofensivamente. Que tristeza. 11 homens a defender mas com menor intensidade, originou alguns espaços defensivos, muito bem aproveitados pelos comendados de Jesus. Gaitán fez o segundo e só não houve goleada porque Cássio deixou o papel de péssimo actor para assumir o papel principal como melhor em campo, com defesas muito boas.

5. Faltam três pontos e nada está ganho. Mas, se a equipa continuar a revelar a qualidade, rigor e concentração (e foco, já agora) que tem tido, o 33 será mesmo encarnado.