O argentino viu o processo movido contra ele pela Juventus arquivado. Sálvio e Gaitán, bem como Luisão, também estão de volta. Apenas Fejsa (e Sílvio) ficam de fora. É, portanto, um Benfica praticamente na máxima força que teremos em Turim.
Previsões? Considero este o mais difícil desafio da época e as dificuldades poderão ser imensas. Confio que a equipa vai responder com uma exibição sólida, independentemente do resultado final.
quarta-feira, abril 30
domingo, abril 27
Benfica
Hoje voltamos a ser Benfica. Enquanto o Benfica teve 11 o Porto ainda causou perigo. A partir da entrada do Garay foi posse apenas. Completamente inconsequente.
O Benfica arregaçou as mangas, foi humilde e o sentido de entreajuda fez metade do serviço. A inoperância do adversário fez o resto. Nem quero imaginar se não tivéssemos que jogar na quinta-feira! Nos penaltis foi uma lotaria. Calhou-nos a sorte.
Marco Ferreira provou que é o melhor árbitro português, de muito longe, mesmo com alguns erros, nomeadamente no capítulo disciplinar (Danilo vinha para a rua depois das duas chapadas nas costas do Garay). Só espero que não comecem a dizer que os árbitros expulsam jogadores do Benfica apenas para prejudicar o Porto.
Uma palavra ainda para Luis Castro e a honestidade no flash-interview. Elevação. Dá a cara por uma culpa que não tem e não procura desculpas. Não é normal naquele clube depois de uma derrota. Talvez por isso é que ele não serve para o Porto.
Acaba por se fazer justiça de certa forma. O Porto não merecia ter jogado esta meia-final. E só o fez porque há um Herculano Lima na FPF.
Adenda: o que escreveria o homem do excel se no lugar do Jackson estivesse o Óscar "raquítico" Cardozo?
Adenda: o que escreveria o homem do excel se no lugar do Jackson estivesse o Óscar "raquítico" Cardozo?
Queremos mesmo a quinta.
Enorme Benfica, mais uma vez. Almeida fez um jogo sublime, juntamente com Jardel. Oblak seguríssimo, tem de jogar em Itália. O vermelho condicionou a equipa e esta fez o que lhe competia. Objectivo cumprido e mais um momento importantíssimo nesta luta com o FCP.
De resto, um conjunto de jogadores e treinadores que se empenham e honram a camisola do Benfica. Simplesmente agradecido a todos eles.
De resto, um conjunto de jogadores e treinadores que se empenham e honram a camisola do Benfica. Simplesmente agradecido a todos eles.
sábado, abril 26
Amanhã há jogo
Passada que está a 1.ª parte da eliminatória de acesso à final da Liga Europa, onde o Benfica, contrariamente ao que muitos ansiavam e outros prognosticavam, deu muito boa conta de si, segue-se amanhã outro embate com um rival interno.
Sobre as envolventes deste jogo além de ser um Porto-Benfica, e por si só com uma carga forte para ambos os lados, o jogo tem um factor psicológico extra para o Porto: vão querer apagar a má imagem deixada na Luz há pouco menos de duas semanas.
O Porto vai jogar na sua máxima força como lhe compete, subsistindo apenas a dúvida relativamente a Varela. É a derradeira possibilidade de tentar ganhar algo esta época. A equipa não andará muito longe disto: Fabiano; danilo, Mangala, Maicon e Alex Sandro; Fernando, Defour e Carlos Eduardo, Quaresma, Varela (Ghilas) e Jackson;
Do lado do Benfica, Jesus deve aproveitar para fazer descansar jogadores para o jogo de Turim. Eu apostaria no seguinte 11: Oblak, A Almeida, Luisão, Jardel e Siqueira; Amorim, André Gomes, Cavaleiro e Sulejmani, Djuricic e Cardozo.
Todas as competições são para encarar com seriedade, e os jogos contra o Porto ainda mais, mas depois de ter visto alguns jogadores "rebentados" no final do jogo com a Juventus o mais prudente é fazê-los descansar e tê-los frescos para Turim e conseguir ganhar o acesso à final.
Apesar desta equipa de recurso, vaticino uma vitória para o Benfica: 0-1.
Adenda:
Faltou fazer referência ao desaparecimento de Hernani "Bitaites" Gonçalves, e Tito Vilanova. RIP.
Adenda:
Faltou fazer referência ao desaparecimento de Hernani "Bitaites" Gonçalves, e Tito Vilanova. RIP.
Ainda o Benfica-Juventus.*
"Primeiro ponto: O Benfica ganhou. E isso é importante frisar porque, se agora, para alguns o que conta é a exibição, também devia ter sido a exibição que contou quando demos um festival de bola na Grécia e em Barcelona e não fomos capazes de meter a bola na baliza.
2. Ficou um penalty por marcar, que obviamente tem sempre influência no jogo.
3. Apesar de domínio territorial da Juventus, Artur faz 3 defesas no jogo todo, sinal de que a equipa defendeu bem.
4. Naturalmente a postura do Benfica e da Juventus é influenciada por um golo madrugador. Logicamente, logo aí, sabia-se que a Juventus iria à procura do empate e que para o Benfica defender o 1-0 era primordial, ao mesmo tempo que tentaria num contra ataque matar o jogo, o que, diga-se, nunca deixou de fazer.
5. O Benfica da primeira parte é um Benfica de pressing alto e de campo todo, vendo-se muitas vezes 4 jogadores encarnados a pressionar na área da Juventus.
6. O Benfica nunca deixou de tentar o segundo golo, embora, claro, Sulejmani não seja Gaitan, e Markovic não tenha tido uma noite particularmente inspirada.
7. André Gomes também não é Matic. Obviamente, Matic faz falta num jogo desta dimensão, e eu aqui estou para dizer que é minha opinião que raramente há um jogo em que André Gomes participe e o Benfica seja capaz de dominar o meio campo.
8. A questão dos dois médios é outra falsa questão. Primeiro porque já contra outras grandes equipas (ex. Chelsea) jogámos com dois no meio e fomos capazes de dominar o jogo. Segundo porque na prática não jogámos com dois médios, jogámos com um. André Gomes foi um jogador a menos.
9. André Gomes viu amarelo e não pode jogar em Turim. Rúben Amorim, vendo amarelo ontem também não podia jogar a segunda mão. Demasiado arriscado para Jorge Jesus, com Fejsa lesionado, correr o risco de não ter nem um nem outro para a segunda mão.
10. Do outro lado não estava o Arouca. Estava uma equipa com orçamento de 150 milhões de euros só para o futebol, e que não vende o Pogba em Janeiro (como o Benfica vende Matic) e mantém ainda assim a ambição (que para alguns é obrigação) de ganhar tudo.
11. As baixas de Gaitan, Sálvio, e Fejsa são demasiado significativas numa equipa como o Benfica num jogo desta dimensão.
12. Benfica e Porto são as equipas da EUROPA com mais jogos disputados desde Janeiro em todas as competições. Não admitir cansaço nesta altura é uma autêntica burrice!
13. Concordo que a deslocação de André Gomes para a esquerda desequilibrou o Benfica. Compreendo que para JJ se calhar, naquela altura, com a equipa com os bofes de fora, o essencial era segurar o 1-0 e Pogba que estava a desequilibrar por aquele lado.
14. Quando se reconhece que fisicamente a equipa não consegue corresponder a 100% ofensivamente, há que procurar ser forte noutros aspetos, e ser forte defensivamente não desprestigia ninguém. Se não desprestigia aquele que dizem ser o melhor treinador do mundo, porque razão desprestigiaria um treinadorzeco da Amadora?
15. Lembrar apenas que ganhámos. 2-1 foi o resultado.
16. Voltar a lembrar que vencemos o quase tri-campeão italiano.
17. Reconhecer que em Itália, e em máxima força, temos todas as condições de marcar e decidir aí a eliminatória.
18. Lembrar também que somos agora a equipa com mais jogos efetuados em toda a Europa desde Janeiro, e que não temos culpa que por uma desavença que a nós nada diz respeito, tenham marcado uma meia final da Taça da Liga entre uma meia final de uma eliminatória com a Juventus.
19. Reconhecer também que o Benfica não oferece meias finais da Taça da Liga a ninguém, mas tem prioridades, e o treinador, mais do que ninguém, sabe a condição física do plantel que tem ao seu dispor e a gestão que tem de fazer."
* Artigo escrito pelo Redmoon, do blogue Geração Benfica
* Artigo escrito pelo Redmoon, do blogue Geração Benfica
sexta-feira, abril 25
Pormenores de uma vitória tangencial.
Enzo foi, provavelmente, o melhor deste jogo. A arbitragem, com inúmeros erros (em especial na avaliação de foras-de-jogo), foi muito fraca, com claro prejuízo para o Benfica.
quinta-feira, abril 24
Derrotar a Juve, é assim!
E não sei quantos anos depois o resultado repete-se. 14 bravos que tudo fizeram por dar mais uma enorme alegria aos adeptos. O resultado é muito traiçoeiro mas do outro lado está uma grande equipa que tem 3 ou 4 derrotas em três anos.
Jesus apostou em Sulejmani e o sérvio respondeu bem. Na minha opinião merecia ter ficado mais tempo em campo. O mesmo não posso dizer de Gomes, que esteve demasiado tempo a fazer disparates. Contudo, aquilo é mesmo assim, sem grande emoção, sem garra, porque a qualidade está lá.
O palerma que faltou vezes sem conta ao respeito ao Cardozo merecia engolir um pau mas aposto que isso não seria novidade para o rapaz. Rodrigo muito esforçado mas com pouco jogo, assim como o paraguaio que praticamente não teve espaço.
Enzo e Garay foram portentosos, num jogo onde Maxi, Siqueira e Luisão estiveram também a um nível muito alto. O golo sofrido não apaga o bom trabalho defensivo. Artur esteve bem, também.
Markovic não esteve concentrado no último toque mas poderá ter mais espaço em Itália. Golaço de Lima (fez-lhe bem a bebedeira) com simulação magistral de Cavaleiro, que merecia mais minutos (no geral).
O Benfica foi competente contra um adversário poderoso e com muita qualidade. Jesus tem apresentado uma equipa confiante e com uma sede de vitória como nunca se tinha visto. Finalmente, podemos dizer, pisámos o patamar dos grandes, ainda que não o sejamos.
Os benfiquistas agradecem o esforço, a dedicação, o empenho e a qualidade. Que bela noite europeia!
Jesus apostou em Sulejmani e o sérvio respondeu bem. Na minha opinião merecia ter ficado mais tempo em campo. O mesmo não posso dizer de Gomes, que esteve demasiado tempo a fazer disparates. Contudo, aquilo é mesmo assim, sem grande emoção, sem garra, porque a qualidade está lá.
O palerma que faltou vezes sem conta ao respeito ao Cardozo merecia engolir um pau mas aposto que isso não seria novidade para o rapaz. Rodrigo muito esforçado mas com pouco jogo, assim como o paraguaio que praticamente não teve espaço.
Enzo e Garay foram portentosos, num jogo onde Maxi, Siqueira e Luisão estiveram também a um nível muito alto. O golo sofrido não apaga o bom trabalho defensivo. Artur esteve bem, também.
Markovic não esteve concentrado no último toque mas poderá ter mais espaço em Itália. Golaço de Lima (fez-lhe bem a bebedeira) com simulação magistral de Cavaleiro, que merecia mais minutos (no geral).
O Benfica foi competente contra um adversário poderoso e com muita qualidade. Jesus tem apresentado uma equipa confiante e com uma sede de vitória como nunca se tinha visto. Finalmente, podemos dizer, pisámos o patamar dos grandes, ainda que não o sejamos.
Os benfiquistas agradecem o esforço, a dedicação, o empenho e a qualidade. Que bela noite europeia!
Jogo de campeões.
Na competição de segunda linha da Europa do futebol, o Benfica tem pela frente o campeão de Itália, num jogo e numa eliminatória que tem mais de Liga do Campeões do que de Liga Europa. E ainda bem.
Hoje vai ser mais uma noite europeia, daquelas. Lembro-me bem da última vez que assisti ao vivo a um jogo entre Benfica e Juventus: Estádio da Luz não cheio, dois belíssimos golos de Paneira (o primeiro foi uma obra de arte), Vialli e Trapattoni. Vitória suada por 2-1, insuficiente para vencer a eliminatória, contudo.
Os últimos acontecimentos deixaram-me um pouco menos confiante: Sálvio, Gaitán e Fejsa não jogam e a equipa vai, penso eu, ressentir-se. Se o sérvio pode ser mais ou menos substituído, o mesmo não acontece com os argentinos. Gaitán tem sido talvez o melhor, esta época. Criatividade, fantasia, desequilíbrio e muita competência e eficácia. Sálvio é um poço de força, capaz de desequilibrar uma equipa adversária inteira. Espero que recuperem os três para a segunda mão.
Para já, o importante é o óbvio: ganhar sem sofrer golos. Jesus saberá que este é um verdadeiro teste às suas capacidades e poderá surpreender. Eu, visto da bancada, apostaria em:
Oblak; Almeida e Maxi; Luisão e Garay; Amorim, Gomes e Enzo; Marko; Lima Rodrigo.
Desta vez as opções são mais escassas e não sei se capazes de inverter um jogo que nos esteja a correr mal. De qualquer maneira, sobram Jardel, Siqueira, Sulejmani (pode até jogar de início), Djuricic (pouco ritmo de jogo), Cardozo (pouco ritmo de jogo) e Cavaleiro (pouco ritmo de jogo).
Força Benfica!
Hoje vai ser mais uma noite europeia, daquelas. Lembro-me bem da última vez que assisti ao vivo a um jogo entre Benfica e Juventus: Estádio da Luz não cheio, dois belíssimos golos de Paneira (o primeiro foi uma obra de arte), Vialli e Trapattoni. Vitória suada por 2-1, insuficiente para vencer a eliminatória, contudo.
Os últimos acontecimentos deixaram-me um pouco menos confiante: Sálvio, Gaitán e Fejsa não jogam e a equipa vai, penso eu, ressentir-se. Se o sérvio pode ser mais ou menos substituído, o mesmo não acontece com os argentinos. Gaitán tem sido talvez o melhor, esta época. Criatividade, fantasia, desequilíbrio e muita competência e eficácia. Sálvio é um poço de força, capaz de desequilibrar uma equipa adversária inteira. Espero que recuperem os três para a segunda mão.
Para já, o importante é o óbvio: ganhar sem sofrer golos. Jesus saberá que este é um verdadeiro teste às suas capacidades e poderá surpreender. Eu, visto da bancada, apostaria em:
Oblak; Almeida e Maxi; Luisão e Garay; Amorim, Gomes e Enzo; Marko; Lima Rodrigo.
Desta vez as opções são mais escassas e não sei se capazes de inverter um jogo que nos esteja a correr mal. De qualquer maneira, sobram Jardel, Siqueira, Sulejmani (pode até jogar de início), Djuricic (pouco ritmo de jogo), Cardozo (pouco ritmo de jogo) e Cavaleiro (pouco ritmo de jogo).
Força Benfica!
quarta-feira, abril 23
A nova Velha Senhora.*
"Esta é uma nova Juventus, baseada na porrada como conceito de jogo, e com uma faísca de classe que sai jogo sim, jogo sim, dos pés de Andrea Pirlo.
Chiellini, Vidal e Marchisio têm tanto de bons jogadores como de prisioneiros em Alcatraz que podem matar-te por um pacote de Marlboro. Buffon sofre do vírus Vítor Baía – vive do nome porque poucas equipas no campeonato conseguem marcar-lhe, logo mantém o lugar na Selecção onde qualquer adepto de qualquer equipa aponta Consigli (Atalanta) como melhor do que ele.
Depois há Lichsteiner e Asamoah nas alas, que ora são defesas extremamente ofensivos ora são médios que defendem como respiram. E o fenómeno Pogba, que é uma espécie de Matic.
Lá na frente, Tevez e Llorente. Juntos marcaram mais de 30 golos esta época, e se Tevez foi a aposta principal para esta época, já o espanhol demorou a engrenar no futebol italiano mas nos últimos meses mantiveram a distância para a Roma pelos muitos e importantes golos que marcou.
Internamente, jogam num 3-5-2 com Chielini, Barzagli e Bonucci como defesas centrais, Lichsteiner e Asamoah nos corredores, e Vidal e Pogba a morderem os calcanhares aos adversários, de modo a que Pirlo se concentre a distribuir jogo para depois servirem Tevez e Llorente.
Uma das jogadas clássicas da época passada, (vista menos vezes este ano), é a diagonal de Pirlo para Lichsteiner ganhado as costas dos defesas (atenção Siqueira e Garay!), oferecendo muitos golos ao suíço. E sempre que se vê Pirlo mais concentrado em pressionar do que a distribuir, quererá dizer que o adversário está por cima no jogo...
Chutam muito de fora da área, especialmente Vidal, com mais de 10 golos marcados esta época. Fejsa (se recuperar) e Enzo não podem piscar os olhos uma vez que seja ou sai pontapé logo a partir dos 35 metros. Jesus não pode esquecer que eles têm um meio campo a 5 e se jogam a segunda mão em Turim a terem de defender o resultado da Luz, vai ser uma complicação de proporções bíblicas conseguir furar aquela muralha.
Mas se apostarem na defesa a 4, significará que a velocidade dos nossos alas lhes causa preocupação... e esta é uma táctica que faz a Juve coxear, pois Lichsteiner fica mais preso. E se Conte não recua Asamoah, desloca Chiellini para a lateral (ele que é o melhor central italiano), ou então mete Marchisio a titular no meio campo esquerdo, jogando Pirlo ligeiramente mais à frente no apoio a Tevez e saindo Llorente do onze. Faltando depois altura no ataque. O argentino é exímio a ganhar livres à entrada da área... um pitéu para Pirlo.
Se a escolha recai em manter Tevez/Llorente, então sai Pogba e um meio-campo só com Vidal e Pirlo no centro torna-se mais permeável. Como segunda linha Caceres pode jogar na defesa, assim como Isla, Marchisio e Padoin no meio campo. Na frente, Osvaldo voltou de Inglaterra em Janeiro mas pouco joga e ainda não marcou, e Giovinco, Vucinic e Quagliarella mostram desde há meses descontentamento por não serem primeiras opções (que piorou com a chegada de Osvaldo numa prova de pouca confiança do treinador).
Giovinco também pode jogar a 10, há uns anos era apontado como o sucessor de Del Piero mas nunca explodiu. O treinador Conte é um homem da casa. Jogou 15 anos na Juventus e venceu tudo, entre campeonatos, Uefa e Champions. Depois fez um curso de treinador, meteu uma peruca e foi também condenado por fraude desportiva, na época passada, com suspensão de 4 meses por resultados combinados quando treinava o Bari.
Admite Trapattoni como um dos seus gurus tácticos: uma defesa simples e práctica e um meio campo rochoso, para depois injectar veneno no contra-ataque. Esta já não é a Juventus de Platini, Baggio, Del Piero e Zidane, Trezeguet e Ibra. A Velha Senhora viu o seu percurso interrompido em 2006, tendo feito uma operação plástica na segunda divisão quando foi castigada por corrupção. Perdendo também os títulos ganhos nesse e no ano anterior. Através de escutas telefónicas apurou-se que Luciano Moggi e Antonio Giraudo, os dirigentes máximos, pressionavam membros da comissão de arbitragem, árbitros e jornalistas, em troca de muito dinheiro. Embora nunca tenham recebido ninguém em casa.
Moggi foi afastado do futebol e hoje é comentador. Giraudo foi viver para o Bangladesh. Jornalistas perderam a carteira profissional e vendem hoje gelados na feira. Membros da comissão de arbitragem e árbitros dedicam-se hoje ao restauro de móveis ou vendem seguros. Além disso foram, em conjunto, condenados a pagar 5 milhões de euros à Federação por “sujar o nome do futebol italiano” – descrição que faz parte da sentença condenatória.
Outros países tiraram ilações e, se uns copiaram linearmente os modelos éticos e morais de como aplicar a Justiça desportiva, como a Turquia ultimamente, outros foram ainda mais longe, como Portugal, em que membros de clubes apanhados em escutas envoltas em corrupção ganharam primeiro a presidência da Liga e posteriormente chegaram até a presidente da Federação. Depois substituímos “segunda divisão” por “Assembleia da República” e o Mundo aplaudiu de pé.
É uma prova de fogo para o Benfica. Se jogarmos o que temos demonstrado ultimamente temos todas as possibilidades para sublinhar aos italianos quem somos. No sábado a Gazzetta dello Sport publicou um estudo sobre o Benfica e meteram o Artur como titular do onze base, Cardozo como único ponta de lança e André Gomes a ala direito a jogar à frente de... Sálvio.
Uma pequena distração e um tiro de fora da área pode resolver a eliminatória em favor da Juve, e todos nós estamos mais do que fartos de vitórias "Moraes", não é assim, Artur?
Alguns jogadores e até Conte já vieram dizer que os jogos com o Benfica são apenas um pró-forma antes de disputar a final no seu estádio. Por isso, vamos ter de voar alto, e correr muito, para deixar este gajo cansado como se pode ver nesta foto."
* artigo escrito pelo leitor LDP. Obrigado!
Chiellini, Vidal e Marchisio têm tanto de bons jogadores como de prisioneiros em Alcatraz que podem matar-te por um pacote de Marlboro. Buffon sofre do vírus Vítor Baía – vive do nome porque poucas equipas no campeonato conseguem marcar-lhe, logo mantém o lugar na Selecção onde qualquer adepto de qualquer equipa aponta Consigli (Atalanta) como melhor do que ele.
Depois há Lichsteiner e Asamoah nas alas, que ora são defesas extremamente ofensivos ora são médios que defendem como respiram. E o fenómeno Pogba, que é uma espécie de Matic.
Lá na frente, Tevez e Llorente. Juntos marcaram mais de 30 golos esta época, e se Tevez foi a aposta principal para esta época, já o espanhol demorou a engrenar no futebol italiano mas nos últimos meses mantiveram a distância para a Roma pelos muitos e importantes golos que marcou.
Internamente, jogam num 3-5-2 com Chielini, Barzagli e Bonucci como defesas centrais, Lichsteiner e Asamoah nos corredores, e Vidal e Pogba a morderem os calcanhares aos adversários, de modo a que Pirlo se concentre a distribuir jogo para depois servirem Tevez e Llorente.
Uma das jogadas clássicas da época passada, (vista menos vezes este ano), é a diagonal de Pirlo para Lichsteiner ganhado as costas dos defesas (atenção Siqueira e Garay!), oferecendo muitos golos ao suíço. E sempre que se vê Pirlo mais concentrado em pressionar do que a distribuir, quererá dizer que o adversário está por cima no jogo...
Chutam muito de fora da área, especialmente Vidal, com mais de 10 golos marcados esta época. Fejsa (se recuperar) e Enzo não podem piscar os olhos uma vez que seja ou sai pontapé logo a partir dos 35 metros. Jesus não pode esquecer que eles têm um meio campo a 5 e se jogam a segunda mão em Turim a terem de defender o resultado da Luz, vai ser uma complicação de proporções bíblicas conseguir furar aquela muralha.
Mas se apostarem na defesa a 4, significará que a velocidade dos nossos alas lhes causa preocupação... e esta é uma táctica que faz a Juve coxear, pois Lichsteiner fica mais preso. E se Conte não recua Asamoah, desloca Chiellini para a lateral (ele que é o melhor central italiano), ou então mete Marchisio a titular no meio campo esquerdo, jogando Pirlo ligeiramente mais à frente no apoio a Tevez e saindo Llorente do onze. Faltando depois altura no ataque. O argentino é exímio a ganhar livres à entrada da área... um pitéu para Pirlo.
Se a escolha recai em manter Tevez/Llorente, então sai Pogba e um meio-campo só com Vidal e Pirlo no centro torna-se mais permeável. Como segunda linha Caceres pode jogar na defesa, assim como Isla, Marchisio e Padoin no meio campo. Na frente, Osvaldo voltou de Inglaterra em Janeiro mas pouco joga e ainda não marcou, e Giovinco, Vucinic e Quagliarella mostram desde há meses descontentamento por não serem primeiras opções (que piorou com a chegada de Osvaldo numa prova de pouca confiança do treinador).
Giovinco também pode jogar a 10, há uns anos era apontado como o sucessor de Del Piero mas nunca explodiu. O treinador Conte é um homem da casa. Jogou 15 anos na Juventus e venceu tudo, entre campeonatos, Uefa e Champions. Depois fez um curso de treinador, meteu uma peruca e foi também condenado por fraude desportiva, na época passada, com suspensão de 4 meses por resultados combinados quando treinava o Bari.
Admite Trapattoni como um dos seus gurus tácticos: uma defesa simples e práctica e um meio campo rochoso, para depois injectar veneno no contra-ataque. Esta já não é a Juventus de Platini, Baggio, Del Piero e Zidane, Trezeguet e Ibra. A Velha Senhora viu o seu percurso interrompido em 2006, tendo feito uma operação plástica na segunda divisão quando foi castigada por corrupção. Perdendo também os títulos ganhos nesse e no ano anterior. Através de escutas telefónicas apurou-se que Luciano Moggi e Antonio Giraudo, os dirigentes máximos, pressionavam membros da comissão de arbitragem, árbitros e jornalistas, em troca de muito dinheiro. Embora nunca tenham recebido ninguém em casa.
Moggi foi afastado do futebol e hoje é comentador. Giraudo foi viver para o Bangladesh. Jornalistas perderam a carteira profissional e vendem hoje gelados na feira. Membros da comissão de arbitragem e árbitros dedicam-se hoje ao restauro de móveis ou vendem seguros. Além disso foram, em conjunto, condenados a pagar 5 milhões de euros à Federação por “sujar o nome do futebol italiano” – descrição que faz parte da sentença condenatória.
Outros países tiraram ilações e, se uns copiaram linearmente os modelos éticos e morais de como aplicar a Justiça desportiva, como a Turquia ultimamente, outros foram ainda mais longe, como Portugal, em que membros de clubes apanhados em escutas envoltas em corrupção ganharam primeiro a presidência da Liga e posteriormente chegaram até a presidente da Federação. Depois substituímos “segunda divisão” por “Assembleia da República” e o Mundo aplaudiu de pé.
É uma prova de fogo para o Benfica. Se jogarmos o que temos demonstrado ultimamente temos todas as possibilidades para sublinhar aos italianos quem somos. No sábado a Gazzetta dello Sport publicou um estudo sobre o Benfica e meteram o Artur como titular do onze base, Cardozo como único ponta de lança e André Gomes a ala direito a jogar à frente de... Sálvio.
Uma pequena distração e um tiro de fora da área pode resolver a eliminatória em favor da Juve, e todos nós estamos mais do que fartos de vitórias "Moraes", não é assim, Artur?
Alguns jogadores e até Conte já vieram dizer que os jogos com o Benfica são apenas um pró-forma antes de disputar a final no seu estádio. Por isso, vamos ter de voar alto, e correr muito, para deixar este gajo cansado como se pode ver nesta foto."
* artigo escrito pelo leitor LDP. Obrigado!
Next
Concluído o primeiro e maior objectivo da época, e terminados os merecidos festejos (grandiosos, por todo o mundo), há que descer à terra porque há mais coisas para conquistar.
Antes de mais, penso que o título é justíssimo coisa que, salvas algumas excepções (que confirmam a regra), é amplamente reconhecido.
Mas quinta-feira é outro dia, e há mais uma batalha a travar. Parece-me que os italianos estão a encarar esta eliminatória com alguma sobranceria. pode ser bom para o Benfica. O Benfica já provou que tem futebol suficiente para eliminar a Juventus, mas o colosso italiano não é uma equipa qualquer. Só o melhor Benfica poderá abrir as portas da segunda final da Liga Europa consecutiva. O segredo está na humildade e solidariedade que permitiu alcançar o título nacional. Se eu fosse treinador já tinha afixado as palavras de Pirlo nas paredes do balneário. Pede-se que a Luz encha para carregar os jogadores. Vai ser preciso tudo e mais alguma coisa.
Domingo há mais um jogo duro. É mais do que uma passagem a uma final. O Porto quer recuperar a imagem humilhante que deixou na Luz. O Benfica poderá não apresentar a frescura necessária para levar de vencida o Porto (mais uma vez).
Não deixa de ter alguma piada ver alguns dos que outrora desprezaram este troféu agarrarem-se a ele com unhas e dentes. Até já deixou de ser a taça da cerveja, para se chamar taça da liga.
Por outro lado para outros deixou de ser a tábua de salvação de uma época e passou a ser um troféu desprezível.
Eu atribuo o valor que sempre atribuí: é o troféu menos importante do panorama futebolístico nacional, mas se o Benfica entra na competição só pode ser para o tentar vencer. No Benfica tem que ser assim, sempre! Domingo o jogo tem um condimento especial: é contra o Porto. Mas não hajam ilusões, não se pode comprometer tudo. O JJ deve apostar as fichas todas na Liga Europa e a ter de preterir uma das competições eu abdicaria da taça da liga. Não sei é se é mesmo necessário preterir alguma delas...
Ainda assim, no Porto tem que ser para vencer. Se fosse noutro sítio qualquer contra qualquer outro adversário, também. A genética do Benfica é esta. Andou perdida durante muitos anos, mas tem que ser recuperada. Isso reconquista-se com vitórias e com mentalidade ganhadora.
domingo, abril 20
Tudo a saltar!!!
Digníssimos campeões, obrigado por mais uma jornada Gloriosa. O 33 já chegou e os benfiquistas voltam a sorrir, depois de todo aquele drama da época passada.
Obrigado CAMPEÕES!
Obrigado CAMPEÕES!
sábado, abril 19
Parabéns
Ao Sporting e adeptos por terem alcançado o acesso directo à Champions.
No princípio da época este objectivo era uma quase utopia...
Grande trabalho.
quinta-feira, abril 17
Nas botas de André regressou o (J)amor pela Luz
Pode
falar-se na mais que provável conquista desta edição do campeonato
nacional por parte do Benfica. Pode falar-se em outro 'pé' nas 'meias'
da Liga Europa por parte da equipa de Jorge Jesus. Mas tudo isso será
pouco para outro 'desafio' que andava atravessado na garganta dos
benfiquistas desde que o FC Porto se passeava, a seu bel-prazer, no Estádio
da Luz. Conseguir de novo uma equipa que assuma o seu Amor pela Luz,
que o prove e que o demonstre com futebol, é já umas das grandes
conquistas deste Benfica que levou o seu tempo a construir-se, mas que
agora está em 'ponto-rebuçado' para satisfazer os seus exigentes
apaixonados. Desta vez, nem um FC Porto com uma vantagem de 1 golo, e a
jogar com mais um elemento desde o minuto 27, conseguiu travar um
trabalho que tantos, mas tantos, quiseram travar. Contudo, não se pense
aqui que esses fariam parte de alguma legião externa, pois foram sempre
os próprios adeptos (ou a sua grande maioria) que tentaram travar o
sucesso deste Benfica que se prepara para vencer (pelo menos) a Liga e a
Taça de Portugal.
É assim bem importante para o clube que nasceu na Farmácia Franco manter o seu reduto inviolável por quem, nos últimos anos, nunca lhe mostrou respeito. Uma coragem assinalável por parte do FC Porto, a de chegar à Luz, mostrar o seu futebol e identidade, e trazer para Norte os títulos que fizeram (e certamente continuarão a fazer) as alegrias de adeptos que, hoje por hoje, estão tão mal-habituados como crianças mal-comportadas à espera de uma qualquer recompensa externa. Mas neste dia, quarta-feira dia 16 de abril de 2014, os adeptos benfiquistas sentiram que a sua equipa se pode equiparar àquelas que foram, com um grande futebol diga-se, 'roubar' a Luz ao Benfica na sua própria e, amada, casa. E tendo essa grande 'armada' nada pode evitar que a Sorte sorria a uma equipa exigente, concentrada, equilibrada, e talentosa em todos momentos do jogo.
Que interessa então dizer que Salvio marcou primeiro (17') pois a sua confiança lhe permitiu enviar a 'carambola', que disputou com Alex Sandro, para a baliza? Ou que Varela empatou utilizando a arma que o FC Porto dispõe (talento individual) para fazer mossa nos seus adversários - e que ficou mais evidente depois do Benfica ficar reduzido a 10, aos 27 -? Claro que tudo isto haveria de redundar num resultado que trouxesse à tona a maior capacidade de jogo de um Benfica que 'parece' esperar pelo tempo certo para atacar a sua vítima. Até com menos uma unidade foi evidente que os encarnados poderiam sempre fazer mais mossa do que um FC Porto que dava as suas cartas desde um castelo cheio de incongruências provocadas por uma máxima que em futebol é mais que sagrada: Não ganharás sempre.
Ainda para mais quando há um adversário que, nos últimos anos, sempre se bateu com um nível de excelência só ultrapassado por uma competência azul e branca que este ano nunca existiu. Uma competência que, aliás, não tem cor. E tanto saberá reconhecê-la quem a gabou quando vestida com cores 'Invictas', como quem a viu passear pelas botas de André Gomes quando - depois de Enzo converter uma grande-penalidade que permitiu o 2-1 para os encarnados - o médio provou - com um golo soberbo - que não tem de nascer 10 vezes para substituir Nemanja Matic. Um Amor pela Luz que, aquando desse golo, provou ser exclusivo de equipas de classe mundial. E neste momento, convenhamos, só há uma em território nacional que augure esse epíteto.
Benfica-FC Porto, 3-1 (Salvio 17', Enzo g.p. 59' e André Gomes 80'; Varela 52')
Foto: Carlos Alberto Costa/ zerozero.pt
É assim bem importante para o clube que nasceu na Farmácia Franco manter o seu reduto inviolável por quem, nos últimos anos, nunca lhe mostrou respeito. Uma coragem assinalável por parte do FC Porto, a de chegar à Luz, mostrar o seu futebol e identidade, e trazer para Norte os títulos que fizeram (e certamente continuarão a fazer) as alegrias de adeptos que, hoje por hoje, estão tão mal-habituados como crianças mal-comportadas à espera de uma qualquer recompensa externa. Mas neste dia, quarta-feira dia 16 de abril de 2014, os adeptos benfiquistas sentiram que a sua equipa se pode equiparar àquelas que foram, com um grande futebol diga-se, 'roubar' a Luz ao Benfica na sua própria e, amada, casa. E tendo essa grande 'armada' nada pode evitar que a Sorte sorria a uma equipa exigente, concentrada, equilibrada, e talentosa em todos momentos do jogo.
Que interessa então dizer que Salvio marcou primeiro (17') pois a sua confiança lhe permitiu enviar a 'carambola', que disputou com Alex Sandro, para a baliza? Ou que Varela empatou utilizando a arma que o FC Porto dispõe (talento individual) para fazer mossa nos seus adversários - e que ficou mais evidente depois do Benfica ficar reduzido a 10, aos 27 -? Claro que tudo isto haveria de redundar num resultado que trouxesse à tona a maior capacidade de jogo de um Benfica que 'parece' esperar pelo tempo certo para atacar a sua vítima. Até com menos uma unidade foi evidente que os encarnados poderiam sempre fazer mais mossa do que um FC Porto que dava as suas cartas desde um castelo cheio de incongruências provocadas por uma máxima que em futebol é mais que sagrada: Não ganharás sempre.
Ainda para mais quando há um adversário que, nos últimos anos, sempre se bateu com um nível de excelência só ultrapassado por uma competência azul e branca que este ano nunca existiu. Uma competência que, aliás, não tem cor. E tanto saberá reconhecê-la quem a gabou quando vestida com cores 'Invictas', como quem a viu passear pelas botas de André Gomes quando - depois de Enzo converter uma grande-penalidade que permitiu o 2-1 para os encarnados - o médio provou - com um golo soberbo - que não tem de nascer 10 vezes para substituir Nemanja Matic. Um Amor pela Luz que, aquando desse golo, provou ser exclusivo de equipas de classe mundial. E neste momento, convenhamos, só há uma em território nacional que augure esse epíteto.
Benfica-FC Porto, 3-1 (Salvio 17', Enzo g.p. 59' e André Gomes 80'; Varela 52')
Foto: Carlos Alberto Costa/ zerozero.pt
quarta-feira, abril 16
Toca a levantar, Benfica.
O Benfica de hoje foi de uma alma enorme e com isso conquistou merecidamente o lugar na Final da Taça de Portugal. Não foi a sorte que deu ao Benfica mais uma hipótese de redenção total. Foi mesmo uma alma enorme, gigante, poderosa. Que Benfica, hoje!
O FCP nunca foi capaz de ser mais forte e esta época ficou no patamar abaixo, claramente. Pareceu-me que há ali muita coisa grave a acontecer, mas nem quero saber o que será.
Proença não resistiu e quis ser o actor principal. A decisão de expulsar Siqueira entende-se, mas depois, com Quaresma, recusou-se a ser coerente (e o extremo parecia mesmo interessado em sair mais cedo). E foi aí que perdeu mais uma hipótese de passar a ser minimamente respeitado pelos benfiquistas. Na segunda parte controlou bem o jogo, apesar de toda aquela confusão e assinalou um penálti claro sobre Sálvio. Os jogadores acabaram por ajudar porque, no meio das picardias, eram mais o que punham água na fervura do que os que não se controlavam. Não percebi a expulão de Jesus nem a do senhor que não sabe/consegue dizer Benfica.
Alma. Como há muito não via. Jesus ganhou. E finalmente, o Benfica também.
Na Final
Fomos melhores.
Mesmo com 10 e com um Proença manhoso na 1ª parte, conseguimos dar a volta a todas as adversidades. Esforço, abnegação e muito querer.
O adversário, aparte o golo, não criou perigo.
O Golo (a maiúsculas é propositado) do André Gomes é qualquer coisa de fantástico.
Este Porto é claramente mais fraco que este Benfica.
Ao intervalo
14 contra 10 na Luz!
O 1º amarelo ao Siqueira é ridículo.
Depois não mantém o critério e o Quaresma ainda está em campo, depois de fazer duas seguidinhas sobre o Enzo, bem iguais à que deu o 1º amarelo ao Siqueira.
O passatempo preferido do querido é expulsar jogadores do Benfica!
Ainda bem que assim fica mais equilibrado. Já não respiravam.
A continuar assim vai ser preciso expulsar mais um.
As coisas não acontecem por acaso.
O 1º amarelo ao Siqueira é ridículo.
Depois não mantém o critério e o Quaresma ainda está em campo, depois de fazer duas seguidinhas sobre o Enzo, bem iguais à que deu o 1º amarelo ao Siqueira.
O passatempo preferido do querido é expulsar jogadores do Benfica!
Ainda bem que assim fica mais equilibrado. Já não respiravam.
A continuar assim vai ser preciso expulsar mais um.
As coisas não acontecem por acaso.
segunda-feira, abril 14
Rapidinhas...
1 - Perdemos na final da Youth League, mas chegar lá foi histórico. Os "putos" estão de parabéns. É preciso haver sequência daqui a uns anos.
2 - Falta uma vitória para o 33º. Já cheira, mas ainda falta...
3 - Quarta-feira tem que ser para ganhar. Sem poupanças, traumas ou constrangimentos. Excelente oportunidade para mostrarmos que somos realmente os melhores!
4 - Pedro Proença??? Que triste sina...
Já sonhamos com o 33.
1. O Benfica não vacilou e os milhares de adeptos encarnados fizeram a festa, em Aveiro. Em casa emprestada, o Arouca fez o que pôde, especialmente durante a primeira parte: negou-se a jogar futebol, defendeu com 11 atrás da bola e nunca hesitou em usar e abusar das faltas para parar o jogo adversário (e sem amarelos, um luxo!). Cássio também passou os primeiros 45 minutos a simular lesões e a demorar eternidades a cada pontapé de baliza. Que grande equipa é este Arouca e que bom é haver equipas destas no nosso campeonato.
2. O jogo foi em Aveiro e os do costume ficaram muito indignados, mesmo quando os seus próprios clubes também já jogaram na mesma situação. É realmente fantástica a incoerência desta gente, de tão descarada que é. E isto quando tudo acontece dentro da Lei, a mesma Lei que serve todos os clubes. E isto quando o Arouca vai voltar a jogar em Aveiro quando receber o Gil Vicente, numa cabal demonstração da veracidade dos seus argumentos. Mas adiante porque isto é um não-assunto.
3. Foi uma grande festa a que se viveu nas bancadas do estádio de Aveiro. Finalmente vi os benfiquistas crentes na conquista do campeonato, e já sem grandes travões nas euforias. Também não vi comportamentos exagerados mas, no fim, estes três pontos tiraram de cima de muitos ombros a pressão que o Sporting insiste em manter.
4. No jogo, grande destaque para Maxi, numa exibição tremenda. Por vezes parecia que era o único que corria. Gaitán, quando decidiu entrar, fez o que tem feito esta época: desequilíbrios, lances de perigo, magia. Markovic, menos exuberante, mas com excelentes momentos. Sem Luisão e Fejsa, Jardel e Almeida não comprometeram. Entrada morna e alguma precipitação com o passar do tempo. A equipa estava um pouco presa e o Arouca destruía apenas. Muito complicado até que, num lance confuso e com alguma sorte, Rodrigo dá a primeira facada na equipa de Pedro Emanuel. Segunda parte, mais do mesmo, com os da casa a revelarem ser zero ofensivamente. Que tristeza. 11 homens a defender mas com menor intensidade, originou alguns espaços defensivos, muito bem aproveitados pelos comendados de Jesus. Gaitán fez o segundo e só não houve goleada porque Cássio deixou o papel de péssimo actor para assumir o papel principal como melhor em campo, com defesas muito boas.
5. Faltam três pontos e nada está ganho. Mas, se a equipa continuar a revelar a qualidade, rigor e concentração (e foco, já agora) que tem tido, o 33 será mesmo encarnado.
2. O jogo foi em Aveiro e os do costume ficaram muito indignados, mesmo quando os seus próprios clubes também já jogaram na mesma situação. É realmente fantástica a incoerência desta gente, de tão descarada que é. E isto quando tudo acontece dentro da Lei, a mesma Lei que serve todos os clubes. E isto quando o Arouca vai voltar a jogar em Aveiro quando receber o Gil Vicente, numa cabal demonstração da veracidade dos seus argumentos. Mas adiante porque isto é um não-assunto.
3. Foi uma grande festa a que se viveu nas bancadas do estádio de Aveiro. Finalmente vi os benfiquistas crentes na conquista do campeonato, e já sem grandes travões nas euforias. Também não vi comportamentos exagerados mas, no fim, estes três pontos tiraram de cima de muitos ombros a pressão que o Sporting insiste em manter.
4. No jogo, grande destaque para Maxi, numa exibição tremenda. Por vezes parecia que era o único que corria. Gaitán, quando decidiu entrar, fez o que tem feito esta época: desequilíbrios, lances de perigo, magia. Markovic, menos exuberante, mas com excelentes momentos. Sem Luisão e Fejsa, Jardel e Almeida não comprometeram. Entrada morna e alguma precipitação com o passar do tempo. A equipa estava um pouco presa e o Arouca destruía apenas. Muito complicado até que, num lance confuso e com alguma sorte, Rodrigo dá a primeira facada na equipa de Pedro Emanuel. Segunda parte, mais do mesmo, com os da casa a revelarem ser zero ofensivamente. Que tristeza. 11 homens a defender mas com menor intensidade, originou alguns espaços defensivos, muito bem aproveitados pelos comendados de Jesus. Gaitán fez o segundo e só não houve goleada porque Cássio deixou o papel de péssimo actor para assumir o papel principal como melhor em campo, com defesas muito boas.
5. Faltam três pontos e nada está ganho. Mas, se a equipa continuar a revelar a qualidade, rigor e concentração (e foco, já agora) que tem tido, o 33 será mesmo encarnado.
domingo, abril 13
Cruzamento para a Champions
Isto porque depois de um ano sabático sem viagens europeias, o leão começa agora a 'ressacar' novos destinos. Depois de terem apanhado (surpreendentemente, diga-se) o mesmo comboio nacional em que FC Porto e Benfica têm viajado nas últimas épocas, as diversas paragens por Portugal e o constante regresso a Alvalade já não provocam o 'thrill' que as deslocações pelo Velho Continente afora certamente dariam. Um trajecto pela Lusitânia em que as pequenas e médias equipas já não dão o 'fix' necessário para produzir adrenalina (dos 7 pontos que o Sporting levava para o Benfica à entrada desta jornada, 6 foram perdidos contra dragões e águias), algo que um golo madrugador como o de Slimani agravou ainda mais. Um argelino que até pode ter deixado o leão com sono mas que continua a dar razão a Leonardo Jardim, em relação à sua titularidade. Porém o jogo necessário ao seu aproveitamento deixa algumas dúvidas. É que o Sporting, para chegar ao seu goleador, joga em largura e cruza, cruza, cruza...
Não que o cruzamento seja uma arma a rejeitar - e o Sporting até o utiliza bem e perigosamente para os seus adversários -, no entanto tanto 'jogo por fora' dará facilidades aos mais que prováveis adversários na prova rainha do futebol europeu. Claro que, até lá, haverá uma pré-época pela frente e saídas e entradas (que, segundo Bruno de Carvalho, serão cirúrgicas), mas a este leão (e ao futebol português) não lhe convém que o Sporting se deixe levar por um engodo em que Benfica e FC Porto caíram nos últimos anos. Na Europa a falta de competitividade da Liga portuguesa paga-se caro e os resultados demasiado fáceis, como o desta noite (sábado), podem dar noções erradas. E é aqui que se chega à segunda-parte de um jogo onde o Gil Vicente decidiu finalmente fazer alguma coisa com a bola (até sem ela, na primeira metade, foi gritante a falta de intensidade). Uma segunda-parte, dizíamos, onde surpreendentemente o leão deu largos minutos de domínio territorial aos gilistas, acusando a falta de jogo interior mencionada acima (e em todas as crónicas desta época em relação a jogos do Sporting).
Carlos Mané não apareceu (porque não é solicitado) e o seu substituto (André Martins, 60') teve igual sorte à de toda a sua época. E para complicar ainda mais, William Carvalho exibiu-se a um nível medíocre (para a sua enorme qualidade) sendo que Adrien decidiu seguir-lhe o exemplo, recuando em demasia para a proximidade do patrão do 'miolo' leonino. Claro que tudo isto teve um fim com a entrada de um jogador a quem se pedem golos, mas que dá à equipa bem mais que isso. Inteligência bem podia ser o nome do meio de Fredy Montero, ele que alia astutos movimentos interiores a uma tomada de decisão excepcional. O colombiano oleou assim a máquina permitindo a Heldon estrear-se a marcar de leão ao peito (10.º golo esta época). Um 2-0 que, com tudo isto, lança uma discussão que será assente em várias dualidades: Golo ou assistência? Jogo interior ou jogo externo? cruzamento ou assistência para diagonal do extremo? Tem a palavra Leonardo Jardim, numa resposta que tem futebol milionário no horizonte.
Sporting-Gil Vicente, 2-0 (Slimani 1' e Heldon 90'+2)
Foto: Lusa
sexta-feira, abril 11
Grita Benfica (mas com moderação!).
Mais uma vitória do Benfica, incontestável, frente a um AZ que, mesmo com alguma qualidade, foi sempre incapaz de ameaçar a soberania encarnada. Tem sido essa, aliás, a grande arma deste Benfica, versão 2014: equipa concentradíssima, altamente rotinada, onde as constantes alterações não retiram a habitual coerência ao futebol praticado, onde todos os jogadores contam e assumem um papel importante.
Para os habituais "maricas" que em cada recital vermelho se limitam a debater se este ou aquele não jogou bem, se este ou aquele não está ao nível geral da equipa um conselho: divirtam-se a ver o Benfica jogar, relaxem e desfrutem das arrancadas do Sálvio, dos golos do Rodrigo, ou da dança entre o samba de Luisão e o tango de Garay. Isto claro, se gostarem de futebol.
É impressionante como 90% dos jogos do Benfica começam sem que haja um benfiquista que duvide da vitória. Parece que é um dado adquirido, o que não deixa de ser curioso. O melhor é que este optimismo todo tem a ver, não com a arrogância que normalmente afecta alguns, mas antes com a atitude da equipa, que parece apostada em jogar à bola, mais do que nunca. Muito bem.
A época está a ser muito boa mas ainda é cedo para balanços. Falta ganhar (ou perder muita coisa) e, para já, apenas estou convencido que seremos campeões. A Taça de Portugal é já para a semana e será um duro teste para a equipa. Em relação à Liga Europa, as coisas estão complicadas, com a presença do actual campeão italiano, a Juventus (um clube que adoro), o Sevilha e o Valência, equipas com um ritmo competitivo bastante elevado. Mas são estes jogos que valem realmente a pena e, ao mesmo tempo, são estes adversários que valorizam ainda mais a nossa caminhada europeia (em comparação com Lyon e Basileia, por exemplo).
Para Domingo, frente ao Arouca, tem de ser para ganhar. É isso que todos os benfiquistas esperam da sua equipa. Por mim, o Sporting que vença o seu jogo e que ajude o Benfica a focar-se contra o Arouca e, depois, contra o FCP. Festejos até às tantas, juntamente com a natural descompressão com a conquista do título, pode não dar bom resultado.
Um ano depois, os benfiquistas voltam a sonhar. Um ano depois daquele pesadelo, os benfiquistas ainda se escondem, naturalmente. A euforia está bastante contida, o que não deixa de ser um contrasenso: o futebol é muito mais bonito com a euforia dos seus adeptos, com as cores dos cachecóis agitados e o barulho das buzinas. Mas é o que temos, por agora.
Para os habituais "maricas" que em cada recital vermelho se limitam a debater se este ou aquele não jogou bem, se este ou aquele não está ao nível geral da equipa um conselho: divirtam-se a ver o Benfica jogar, relaxem e desfrutem das arrancadas do Sálvio, dos golos do Rodrigo, ou da dança entre o samba de Luisão e o tango de Garay. Isto claro, se gostarem de futebol.
É impressionante como 90% dos jogos do Benfica começam sem que haja um benfiquista que duvide da vitória. Parece que é um dado adquirido, o que não deixa de ser curioso. O melhor é que este optimismo todo tem a ver, não com a arrogância que normalmente afecta alguns, mas antes com a atitude da equipa, que parece apostada em jogar à bola, mais do que nunca. Muito bem.
A época está a ser muito boa mas ainda é cedo para balanços. Falta ganhar (ou perder muita coisa) e, para já, apenas estou convencido que seremos campeões. A Taça de Portugal é já para a semana e será um duro teste para a equipa. Em relação à Liga Europa, as coisas estão complicadas, com a presença do actual campeão italiano, a Juventus (um clube que adoro), o Sevilha e o Valência, equipas com um ritmo competitivo bastante elevado. Mas são estes jogos que valem realmente a pena e, ao mesmo tempo, são estes adversários que valorizam ainda mais a nossa caminhada europeia (em comparação com Lyon e Basileia, por exemplo).
Para Domingo, frente ao Arouca, tem de ser para ganhar. É isso que todos os benfiquistas esperam da sua equipa. Por mim, o Sporting que vença o seu jogo e que ajude o Benfica a focar-se contra o Arouca e, depois, contra o FCP. Festejos até às tantas, juntamente com a natural descompressão com a conquista do título, pode não dar bom resultado.
Um ano depois, os benfiquistas voltam a sonhar. Um ano depois daquele pesadelo, os benfiquistas ainda se escondem, naturalmente. A euforia está bastante contida, o que não deixa de ser um contrasenso: o futebol é muito mais bonito com a euforia dos seus adeptos, com as cores dos cachecóis agitados e o barulho das buzinas. Mas é o que temos, por agora.
Subscrever:
Mensagens (Atom)