quinta-feira, julho 6

Está a ser bom, mas...

Espero que não se importem que deixe aqui mais umas ideias para discussão relacionadas com o jogo de ontem.

1. O paradoxo de estarmos a perder pela primeira vez quando realizámos a melhor exibição. A nossa 1.ª parte foi muito boa.

2. Cada vez mais, marcar primeiro é importantíssimo. Nos jogos a eliminar só três equipas que marcaram ficaram pelo caminho (Espanha contra a França; México diante da Argentina e esta defronte da Alemanha). Os outros 11 eliminados nem sequer festejaram um golo.

3. A evidência de que é muito complicado marcar golos com Pauleta e Postiga. Que saudades do Nuno Gomes, que, em dia de aniversário, só pôde fazer balões com a pastilha!

4. O inesperado apagamento de Deco. Mesmo sem um Mundial muito exigente - só fez metade dos jogos - mostrou que, tal como aconteceu há dois anos, a época desgastante deixou marcas.

5. Com estas limitações, seria difícil ganhar. Sobretudo, depois de estarmos a perder. A 2.ª parte, tal como a hora contra 10 diante dos ingleses, mostrou a nossa incompatibilidade com a baliza. Já viram há quanto tempo não marcamos um golo?

6. Não, não foi o árbitro. Se ainda hoje sou acusado de faccioso por defender que a mão do Abel Xavier não foi intencional, desta vez o 'penalty' parece-me evidente. E nós escusávamos de passar o jogo a atirar-nos para o chão. Três vezes gritei 'penalty' e três vezes tive de engolir as minhas palavras ao ver a repetição. Ainda que a queda do Cristiano Ronaldo na 1.ª parte possa deixar dúvidas.

7. Os franceses fizeram anti-jogo? Fizeram, sim senhor. E nós não teríamos feito o mesmo em idênticas circunstâncias, esperando que os minutos passassem?

8. Como teria sido bom, para além do mais, derrotar o chauvinismo irritante deles...

9. Fica uma participação que nos orgulha, mas que, ainda que derrotemos a Alemanha, sabe a pouco. Como há dois anos...

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