O "taberneiro" a quem dedico este título é, obviamente, Jesualdo Ferreira.
Sabem aquela sensação que se tem depois de beber umas 3 minis e se fica com vontade de, pelo menos, embalar outras 3? Se sabem, queiram saber também que desde que o professor se encontra ao leme do FCP, a sensação que tenho com o seu modelo de jogo é exactamente essa.
O Porto, de Jesualdo, consegue momentos extremamente bons, trituradores, diria até, mas alterna-os com momentos de apatia pura, o que me deixa uma sensação de barriga meio-cheia e de frustração por saber que aquela(s) equipa(s) valem mais que aquilo.
O jogo de quarta-feira contra os turcos é o exemplo perfeito dessa tendência "jesualdista" em querer controlar um jogo entregando-o ao adversário, o que, sendo eu amante do futebol e portista, não posso admitir! Na minha óptica, o jogo, com intérpretes do calibre de Lucho, Meireles, Lisandro, Cebola, controla-se com bola e quando muito (em casos de fadiga) sem ela mas com uma organização fechada mas aguerrida. O Porto de Jesualdo em muitas alturas de muitos jogos, simplesmente, desiste de jogar!
Obviamente, que um público que para além de comer pipocas só sabe assobiar e achincalhar, o ruido torna-se incomodativo. Partamos do princípio de que qualquer equipa pode ganhar qualquer jogo, mas só uma grande equipa pode augurar grandes feitos. Vou ficar satisfeito se a minha equipa ganha um jogo mas não demonstra calibre para grandes voos?! Os assobios do Dragão castigam isso mesmo e por mais que Jesualdo apregoe que a equipa é nova e que use termos como "fantástico" a torto e a direito, este Porto não convence e muito por causa da sua intenção de jogo.
Hoje, se este costume do professor estiver certo, o Porto entrou já a ganhar e com os 3 pontos no bolso. No intervalo alguém avisou Jesualdo que o jogo só estava 0-0 e os jogadores passaram a correr e encostaram o Rio-Ave ás cordas. Boa circulação de bola, olhos na baliza, jogadas de insistência, querer, etc. Em suma, o Porto teve na 2ª parte tudo o que uma equipa de futebol deve ter para ganhar o jogo. Minto! falta uma. Bons jogadores, ou pelo menos, jogadores em forma no banco de forma a poder alterar o estilo de jogo da equipa em busca do golo que não aparece. Podiamos ter ganho o jogo, mas de "ses" não vivo eu nem nenhum portista que se preze. Precisamos de ser melhores.
Oiço e leio vários elogios ao portista Fernando. O jovem brasileiro ocupa a posição 6 do esquema de Jesualdo e mais não faz que jogar em dois 3 metros à frente da defesa. Uma verdadeira nulidade, é como descrevo o que este jogador tem feito nos jogos em que foi titular. Para quem tem dúvidas repare na movimentação do "25" portista quando o Porto faz pressiona a defesa adversária e compare-a com o que P. Assunção fazia nos anos que jogou de dragão ao peito. Alguem lhe diga que se ele não encostar e antecipar nenhuma pressão faz sentido. Desde P. Almeida que não via assim ninguém.
Jesualdo, para quando o copo cheio?
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