sexta-feira, setembro 19

De volta...

Mais de dois meses sem escrever um 'post'. Houve férias pelo meio, mas, mais do que isso, um enorme desencanto com tudo o que se passa em redor do futebol, nomeadamente a impunidade dos criminosos. Por isso, a vontade de escrever era nula. Aproveitei para seguir os Jogos Olímpicos, deitando-me mais tarde para ver a Vanessa ou levantando-me mais cedo para assistir à fantástica final do basquetebol entre americanos e espanhóis, com tempo também para seguir entusiasmado o feito do Nélson Évora ou a nova vida (será mesmo?!?) do Di Maria. Quanto ao resto, o habitual: os apitos, o TAS, a Relação do Porto com uma decisão inquietante, as queixinhas, os sumaríssimos, as cotoveladas, os pontapés, as novelas das transferências. Nada que entusiasme.

Porquê então este regresso? Apenas para umas palavras sobre o jogo de ontem. Porque me galvanizou? Claro que não. Pelo contrário, preocupou-me e irritou-me. Perante um adversário violento e com uma sorte inpressionante nos golos que obteve, o Benfica assinou mais uma pálida actuação, com exibições muito fracas de alguns jogadores (Urreta, Carlos Martins, Reyes, Di Maria). Ainda não se percebe muito bem o que vai fazer esta equipa, mas, como sempre, não há tempo, sob pena de, dentro de duas semanas, termos como maior ambição a conquista da Taça de Portugal. E isto no início de... Outubro. Basta um golo para seguir em frente na UEFA? É verdade. Mas também era assim com o Espanhol...

Estou incomodado, inquieto - até com o jogo de Paços de Ferreira -, mas, como sempre, com esperança. De outra forma, nem valia a pena continuar a seguir isto. Quanto aos restantes representantes portugueses na Taça UEFA, o Braga tem a vida garantida, o Marítimo e o V. Guimarães parecem-me de malas aviadas e o V. Setúbal poderá discutir o apuramento na Holanda, apesar do golo sofrido no fim do jogo.

Continuo, pois, por aqui. Mesmo que tenha sido o João o único a sentir a minha falta...

PS - Sempre sublinhei que vejo as coisas de forma parcial, com os meus olhos de benfiquista. Nem pretendo que seja de outro modo. Permitam-me, no entanto, uma opinião que será impopular no universo benfiquista: concordo com as decisões do Conselho de Disciplina da Liga, ao castigar o Luisão e não abrir sumaríssimo em relação ao Cebola, apenas decidindo averiguar melhor a questão. Foi evidente a cotovelada do jogador do meu clube. E com isso não pactuo. Quanto ao Rodriguéz, deu um toque no Nuno Gomes. Até podemos chamar-lhe pontapé ou agressão, mas a qualidade das imagens é insuficiente para uma conclusão que permita, logo à partida, abrir processo sumaríssimo, sugerindo uma punição.

PPS - Impressionantes os malabarismos utilizados pelos jornalistas que acompanharam o FC Porto-Fenerbahce, para não admitirem que o Bruno Alves cometeu falta dentro da área. Seguindo os seus raciocínios, no recente 'clássico' o Katsouranis nada fez ao Lucho González.

Sem comentários: