Foi, sem dúvida, uma vitória justa do Benfica. Se a primeira parte foi equilibrada, tanto na posse de bola como nos lances de perigo, o segundo tempo mostrou um Benfica superior. Porquê? Principalmente porque foi uma equipa mais empenhada, mais rápida sobre a bola e, para meu espanto, porque defendeu melhor. O Sporting, ao contrário, nunca soube controlar o jogo como é seu hábito, ocupou mal os espaços e exagerou no passe longo. Como se não bastasse, Paulo Bento não foi feliz nas substituições, ao contrário de Quique. A perder 1-0, tira Postiga (que estava a ser o avançado mais perigoso) e coloca Derlei. Risco zero. Logo após o 2-0, retira o único jogador de meio campo capaz de colocar a bola no chão, serpentear no meio dos adversários e fazer circular a bola (Romagnoli). Aí, acabou completamente o Sporting. Nesse período, só mesmo um lance individual de Djaló deu trabalho a Quim. Voltemos a Djaló. Tinha grande esperança nele para este jogo. Era o jogo ideal para brilhar e teve tudo para o conseguir logo aos 30 segundos. Pouco depois, voltou a isolar-se pelo meio mas o passe de Romagnoli saiu demasiado forte. Era naquele espaço que estava o ouro mas a ineficácia nesses dois lances deu moral aos centrais benfiquistas, principalmente a Sidnei, que partiu para uma grande exibição. Miguel Vítor não foi tão exuberante, mas fez um bom jogo apesar de ter sido facilmente "comido" por Postiga num lance em que Quim fez enorme defesa.
De resto, Abel esteve muito mal e Veloso perdeu-se no fim (de início esteve bem). Liedson regressou esforçado. Neste momento não se pode pedir mais ao 31.
O Benfica, com um dos onzes mais improváveis da sua história, reagiu bem à pressão de ter de ganhar e fez um jogo equilibrado e em crescendo. Provou que tem bons jogadores e vai dar luta.
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