terça-feira, março 24

Cheira mal, cheira a Lisboa.

Depois de mais um triste episódio do nosso futebol, resta-me apresentar algumas conclusões (única e exclusivamente da minha responsabilidade, não estou a mando do Gabi, nem sou papagaio de LFV).

1. A Taça que o SLB venceu estava bêbeda desde o início. Terminou cheia de espuma e com bocados de tremoço no fundo do copo. Para o ano, é
para manter o molde
?

2. Entre acusações disparatadas regadas com raiva e ódio q.b., os dirigentes dos clubes finalistas ficam ainda mais manchados na dignidade do que o habitual. À direcção do SLB pedia-se reacção imediata, lamentando o erro que mudou a história do jogo, mesmo que focando outros que beneficiaram o adversário, no decorrer do mesmo. No fundo, era uma boa oportunidade para apresentar alguma coerência e, ao mesmo tempo, afastar o clube da incompetência global da arbitragem de Lucílio. É pedir demais, eu sei.

Do lado do SCP, preferiram, também, o caminho mais curto, mais fácil e mais populista. Podiam, e deviam, ter marcado posição firme e concreta - a demissão da Direcção da Liga é um tiro no vazio. Optaram pela demagogia e por colocar tudo no mesmo saco. Serve para quê?

3. Foram 90' pobres, cheios de cacetada, onde às tantas, se tornou impossível ser coerente na avaliação dos lances. O SLB, mais uma vez, foi a habitual nulidade. E aqui reside a minha principal preocupação: só quero ver o SLB a jogar um futebol razoável e não consigo.

4. Quique queima Cardozo como se não houvesse amanhã. Entra lá a dois minutos do fim, pode ser que falhes um dos pénaltis. Aposto que não entrou antes porque o Suazo estava a jogar muito bem e estava fresco.

Ainda no Quique, nem me apeteceu comentar as palavras que proferiu depois da derrota contra o Vitória. Faço-o agora: temos um problema de visão, de percepção ou, simplesmente, de desonestidade intelectual. Não serve.

5. Ainda falta campeonato e acredito que, na próxima jornada, tudo se definirá: Porto e SCP perdem, SLB vence e ainda vamos ser campeões.

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