quinta-feira, março 19

Sair da letargia

Ponto prévio: tenho saudades das tardes em que se via um jogo no antigo pavilhão ou na Nave, seguido de jogo de futebol no estádio, seguido às vezes de jogo dos miudos. Não fui a muitos, é verdade, mas adorava o ambiente que se vivia.

Acontece porém que estamos numa situação muito complicada para reavivar o eclectismo "as we knew it".

1) Já não há jogos de futebol à tarde que sirvam de âncora para a malta ir ver antes as modalidades;
2) Muito dificilmente teremos um pavilhão colado ao estádio. A "cidade desportiva" de que tanto ouvíamos falar está fora do horizonte;
3) Não acredito que seja possível ter modalidades auto-suficientes e sustentáveis a longo prazo - sem depender de um qualquer mecenas ou "engenheiro".
4) Muitos sportinguistas são como eu: apesar da atitude favorável, o comportamento real não acompanha o sentimento. Ou seja, gostam e querem, mas não vão lá.

Cada argumento ou estudo contra o reavivar do eclectismo é uma faca espetada no coração. Sinto saudades de poder acompanhar o Sporting nas várias modalidades, nem que fosse apenas pela televisão ou pelos jornais. Acredito que um grande clube não é só um clube de futebol. A implantação nacional e o fervor clubístico pelo Sporting - que factualmente tem vindo a decair nos ultimos anos - também passa pelas modalidades. Também passa pela rivalidade nas modalidades.

Um candidato que apresente um projecto credível para reactivar o eclectismo vai conseguir falar directamente ao coração dos sportinguistas. O que pode ser um trunfo importante. Haverá coragem e soluções?

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