domingo, março 22

Erros invisíveis

Mais uma noite que envergonha, embaraça e deixa derrotado qualquer adepto de futebol em Portugal.

A Final da Taça da Liga deveria ser uma festa mas a qualidade dos nossos intervenientes deixa muito a desejar. Um jogo num belo estádio, num ambiente magnífico acaba com medalhas pelo chão e acusações pessoais infundadas para garantir que outro objectivo não seja beliscado.

A facilidade com que se diz "roubo" em Portugal é gritante. "Roubo, roubalheira e mais roubos" por uma noite vergonhosa a dentro, em rádios, televisões a nossa má educação a imperar.

Temos jogadores que pedem efusivamente penaltyes que não existem, temos árbitros que os marcam, temos outros jogadores que dão peitadas no árbitro e temos treinadores que fazem sinal com a mão de "gamanço". Temos dirigentes que antes do jogo pressionam o árbitro, temos outros que o acusam de "ladrão" depois. Qual taça qual quê? para isto? fiquem em casa meus senhores!

O Sporting merecia ganhar, um pouco à imagem do Benfica no Dragão. O Sporting marca e não se vislumbrava grande arte no Benfica para empatar, mas isto (para vocês rapaziada efusiva) não quer dizer que acontecesse e que o Benfica não marcasse. Isto porque o maior erro que eu vi dentro de campo não foi do Sr. do apito. O maior erro é estar a ganhar 1-0, frente a uma equipa que tem como ponto mais forte as bolas paradas, e controlar o jogo à base de paulada. Foram pelo menos 5 (não posso precisar mas andará lá perto) os livres de que o Benfica beneficiou. E agora, pela lógica de quem também diz que o Benfica não marcaria senão fosse o não penalty de boca tapada, eu também posso dizer que o Benfica nesses livres poderia ter empatado, ter marco o segundo e porque não o terceiro? Não marcou, é certo, mas para mim foi o maior erro da noite. Chamem-me ingénuo se assim o entenderem.

A taça é do Benfica, parabéns à equipa e a alguns dos seus adeptos que merecem, assim como compreendo a indignação de alguns adeptos do Sporting. Aos outros, podem ter oportunidade de festejar quando o discurso vergonhoso de alguém treinador, dirigente desportivo ou presidente vos valer um penalty duvidoso.

"Quem não chora não mama" e "Não se dá ponto sem nó" são os ditados do nosso futebol e sim, incluo o meu clube na festa.

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