O FCP fez uma exibição razoável, contra um Bayern desfalcadíssimo. Já aqui o escrevi anteriormente e digo-o novamente: Lopetegui está a levar a equipa no bom caminho, onde as suas ideias de posse têm cada vez mais efectividade na classe que alguns jogadores do plantel possuem.
Oliver é só classe, Brahimi, menos, mas compensando na força e na capacidade de transportar a bola de um lado para o outro, entregando-a sempre com objectividade. E o que dizer de Jackson? Nunca tinh visto um jogador voltar de uma lesão de várias semanas e rubricar uma exibição a um ritmo tão elevado.
Mas voltemos ao jogo. Os alemães revelaram alguma displicência e, mesmo sem metade da equipa titular, este factor deveria ter tido menos peso na exibição. O FCP marcou dois golos de rajada e só aí se viu o Bayern: muito bem na reacção e frieza no golo marcado. Até ao intervalo, o jogo foi muito confuso, dando a sensação que nenhuma das equipas sabia muito bem como encarar o que faltava do jogo.
Na segunda parte, muito mais FCP, perante um Bayern que nunca mais conseguiu dominar o jogo. A pressão alta dos azuis ia dando conta do recado e, numa das duas grandes oportunidades que os portistas tiveram para marcar, Jackson não perdoou, apontando um golo fantástico (reparem bem como controla a bola, o tempo e o espaço, como passa por Neuer, e como mete a bola na baliza).
Até ao fim, o Bayern apenas ameaçou num remate à entrada da área, num lance facilmente defendido por Fabiano.
A vantagem é muito importante e mesmo sem os laterais, é perfeitamente possível que o FCP continue em prova. Vamos ver como se apresenta o Bayern na próxima terça-feira.
Isto foi o que toda a gente, mais ou menos, viu: blogues, jornais, sites, televisões.
Mas numa época em que as referências arbitrais têm sido mais do que muitas, numa época em que todos os lances de uma equipa como a do Benfica são vistos à lupa, não podia deixar passar aquilo que foi uma arbitragem tendenciosa e que em quase todas as decisões beneficou a equipa da casa.
Aqui fica o vídeo com alguns destes lances:
Lance do primeiro golo: falta claríssima de Jackson. Não se compreende como é que um árbitro, um fiscal-de-linha e mais um palerma ao pé da baliza, não vêem a falta do atacante portista, numa situação de 1-para-1, com total visibilidade. Neste mesmo lance, dizem, Neuer deveria ter visto o vermelho directo mas, basta algum bom-senso para perceber que isso seria de uma brutal injustiça para os bávaros. É que nem falta foi do alemão: é claro o toque na bola e o contacto com Jackson é posterior, num lance igual a milhares de outros (ao contrário do que diz o comentador).
Lance na área sobre Muller aos 20': penálti claro por falta de Alex Sandro.
Lance na área sobre Lewandovski: mais uma falta para penálti de Alex Sandro. O portista, primeiro, controla o avançado com o braço e, depois, acaba por derrubá-lo no momento em que cai para o chão. Em momento algum o jogador do Bayern agarra ou empurra o defesa do FCP (ao contrário do que diz o comentador).
Lance na área sobre Quaresma: parece-me um lance sem falta nenhuma mas as imagens não são suficientes para analisar com o rigor mínimo.
Fora-de-jogo de Lewandovski: lance mal invalidado pelo fiscal. O atacante nem sequer está em linha. Fabiano faz uma excelente defesa mas este foi apenas mais uma má decisão que prejudicaria sempre apenas e só o Bayern.
Para rematar: o FCP foi mais do que beneficado neste jogo. Todas as decisões difíceis foram tomadas no mesmo sentido.
#colinho
quinta-feira, abril 16
sábado, abril 11
quarta-feira, abril 8
Sporting na Final da Taça
Ai se aquele golo tivesse sido apontado pelo Benfica... era colinho para cima, para baixo e para os lados. Nem falo da (in)justiça do resultado!
Apesar disso, prefiro ver o Sporting na final da taça. Queiramos ou não sempre se prestigia mais a competição em termos de projecção nacional se tiver a presença de um dos 3 grandes.
Se queremos que o campeonato deixe de ser uma luta a 2 (e eu quero isso), temos que ter um Sporting forte, e essa força adquire-se com títulos. Por isso prefiro que o Sporting vença a Taça de Portugal.
Apesar disso, prefiro ver o Sporting na final da taça. Queiramos ou não sempre se prestigia mais a competição em termos de projecção nacional se tiver a presença de um dos 3 grandes.
Se queremos que o campeonato deixe de ser uma luta a 2 (e eu quero isso), temos que ter um Sporting forte, e essa força adquire-se com títulos. Por isso prefiro que o Sporting vença a Taça de Portugal.
terça-feira, março 24
A síndrome do 1.º lugar
Caros blogueiros, bloguistas e blogantes. Então não é que foi assim que me apresentei por aqui há quase oito anos? Hoje penso - um pouquinho mais que na altura, está visto - e vejo que não me terem afastado do Sector no momento que leram essa linha foi uma bênção. Depois de quase oito anos (porra, quase oito anos), devido ao que me aturaram no Sector, tenho confiança para deixar aqui de novo essa estapafúrdia deixa e rir-me de mim próprio - que é, como sabem, o melhor remédio. Tudo pela experiência aqui adquirida, num espaço que me permitiu criar uma ideologia cobardolas que precisa de milhentas linhas para se explicar. De tal modo, aproveito para dizer que este hiato não vai servir, de forma nenhuma, para abandonar o sectorismo apaixonado que vai na minha alma. Contudo, nada temam(!), esta é uma ausência que vai durar. E nas próximas linhas vão perceber porquê - não seria eu se explicasse tudo em dez linhas (talvez aí merecesse um lugar no online de um qualquer desportivo).
A questão é que passei a escrever mais sobre futebol. Tanto que quando chego a este espaço em branco ele não passa disso. Não há muitas ideias, e explicar que faço o que fazia aqui, mas continuamente, parece-me uma boa desculpa para explicar a minha ausência. Agora, desculpem-me de novo (até porque os leitores não têm que levar com isto) mas esta é uma justificação que os meus excelentes companheiros de equipa merecem saber.
Quanto ao futebol propriamente dito, devo dizer que o tempo é aquele sacana que não deixa escapar uma. Sou o maior fã do tempo, eu. Assim, o que muda em futebol é o tempo e com ele a classificação. Com ela mudam também os argumentos. É que hoje por hoje o Benfica é um justo líder, mas olhando para as consequências dessa tabela mete-me imensa piada a forma como as maiorias reagem ao facto. A mais ligada a mim -a portista - reage à Benfica. A do Benfica, já adivinharam, reage à Porto. A do Sporting é a única que ainda não trocou voltas - mas eu ainda sou do tempo do campeonato 'dos 16 penálties. Isto para dizer que a síndrome do 1.º lugar voltou - como volta todos os anos - em força. Mais um chorrilho de ladrões, gatunos e chupistas que mudando o 1.º classificado só mudaria a cor dos argumentos.
E este é aquele ponto do texto onde as vozes da acusação se começam a querer fazer ouvir. Ecoam pela cabeça de quem o escreve, como pela cabeça de quem o vai ler. Tumultos, muitos tumultos se aproximam quando se diz hoje que o Benfica é um justo líder. Obviamente na cabeça dos benfiquistas, o Benfica é um justo líder porque os erros dos árbitros não justificam que o clube da Luz não o seja. Contudo, se dissermos que o Sporting, o Boavista e o FC Porto (cruzes credo!) também o foram... entorna-se o caldo. E isto era de uma prepotência terrível, estar aqui a justificar a exemplar liderança encarnada e aproveitar para, por lá, incluir mais alguma daquelas que passaram. Especialmente a de quem corrompeu, vilipendiou e conspurcou.
O que eu sei, porque vi com os meus próprios olhos, é que o Benfica foi a equipa mais capaz. Vi-o no Estádio do Dragão (onde se viu pela primeira vez nesta época a tremideira portista), vi-o na Luz com o Guimarães e na Madeira contra o Marítimo. Sim, na Madeira seus gozões (comprem uns móveis de Paços para flutuarem no Ave...). Performances que só há poucas jornadas foram igualadas pelo Porto de Lopetegui, o tal que ainda tem um problema de ansiedade, de dúvida, que não é habitual para aqueles lados. Assim, o hoje por hoje, que justifica que o Benfica seja um justo líder talvez não sirva para justificar que é a melhor equipa. Foi-o sim, em largos períodos. Foi a equipa com mais estofo e, sobretudo, a equipa que menos deixou jogar. Estou convencido que o campeonato se decidirá por aí: pela capacidade de não deixar jogar o adversário. Viram o que aconteceu quando o Benfica - após a entrada de Diego Lopes - deixou jogar o Rio Ave? E viram o que aconteceu quando o Porto - após a saída de Casemiro - deixou jogar o Nacional? E algo impensável no Dragão ou na Luz pode perfeitamente acontecer em qualquer outro lugar e tornar as contas muito mais que as do jogo do título que se prevê para aí. Mas até nessa aprtida certamente se verá a capacidade que o Benfica tem para justificar o título como a do FC Porto para reclamá-lo.
De resto, é com imensa pena que não incluo o Sporting nestas contas. E, desculpem-me, mas não acredito que haja um único sportinguista (daqueles a sério) que ache a sua equipa (esta, a deste ano) capaz de ganhar uma Liga. O Sporting não reclamou essa condição quando deixou jogar a torto e a direito. Até esta jornada Porto e Benfica concediam uma, a duas, chances de golo por jogo. Quantas concedeu, e ainda concede, o Sporting? Marco Silva tem aquele perfil que faz qualquer 'especialista em Mourinhos' dizer que vem aí próxima next big thing, o problema é que ele não faz ideia de como colocar a equipa a defender. Claro que toda a gente pensará: aquilo com Tobias, Oliveiras e Ewertons não vai lá. A esses digo: olhem para o Jardel quando o Benfica controla! ou olhem para o Jardel quando o Benfica se descontrola (como no passado sábado). Há muito a melhorar em Alvalade. O futebol é uma dessas coisas. E esse é ainda mais fraco que o dos dois rivais. Um Sporting que tem tudo para se tornar um exemplo no futebol português (aí vem o romantismo) ao qual só falta uma ideia de topo. Esse era o exemplo que Portugal precisava, mas Leonardo Jardim e Marco Silva (ainda) não estão no patamar de Vítor Pereira e de Jorge Jesus. Mas não esmoreçam... Lopetegui também não.
A questão é que passei a escrever mais sobre futebol. Tanto que quando chego a este espaço em branco ele não passa disso. Não há muitas ideias, e explicar que faço o que fazia aqui, mas continuamente, parece-me uma boa desculpa para explicar a minha ausência. Agora, desculpem-me de novo (até porque os leitores não têm que levar com isto) mas esta é uma justificação que os meus excelentes companheiros de equipa merecem saber.
Quanto ao futebol propriamente dito, devo dizer que o tempo é aquele sacana que não deixa escapar uma. Sou o maior fã do tempo, eu. Assim, o que muda em futebol é o tempo e com ele a classificação. Com ela mudam também os argumentos. É que hoje por hoje o Benfica é um justo líder, mas olhando para as consequências dessa tabela mete-me imensa piada a forma como as maiorias reagem ao facto. A mais ligada a mim -a portista - reage à Benfica. A do Benfica, já adivinharam, reage à Porto. A do Sporting é a única que ainda não trocou voltas - mas eu ainda sou do tempo do campeonato 'dos 16 penálties. Isto para dizer que a síndrome do 1.º lugar voltou - como volta todos os anos - em força. Mais um chorrilho de ladrões, gatunos e chupistas que mudando o 1.º classificado só mudaria a cor dos argumentos.
E este é aquele ponto do texto onde as vozes da acusação se começam a querer fazer ouvir. Ecoam pela cabeça de quem o escreve, como pela cabeça de quem o vai ler. Tumultos, muitos tumultos se aproximam quando se diz hoje que o Benfica é um justo líder. Obviamente na cabeça dos benfiquistas, o Benfica é um justo líder porque os erros dos árbitros não justificam que o clube da Luz não o seja. Contudo, se dissermos que o Sporting, o Boavista e o FC Porto (cruzes credo!) também o foram... entorna-se o caldo. E isto era de uma prepotência terrível, estar aqui a justificar a exemplar liderança encarnada e aproveitar para, por lá, incluir mais alguma daquelas que passaram. Especialmente a de quem corrompeu, vilipendiou e conspurcou.
O que eu sei, porque vi com os meus próprios olhos, é que o Benfica foi a equipa mais capaz. Vi-o no Estádio do Dragão (onde se viu pela primeira vez nesta época a tremideira portista), vi-o na Luz com o Guimarães e na Madeira contra o Marítimo. Sim, na Madeira seus gozões (comprem uns móveis de Paços para flutuarem no Ave...). Performances que só há poucas jornadas foram igualadas pelo Porto de Lopetegui, o tal que ainda tem um problema de ansiedade, de dúvida, que não é habitual para aqueles lados. Assim, o hoje por hoje, que justifica que o Benfica seja um justo líder talvez não sirva para justificar que é a melhor equipa. Foi-o sim, em largos períodos. Foi a equipa com mais estofo e, sobretudo, a equipa que menos deixou jogar. Estou convencido que o campeonato se decidirá por aí: pela capacidade de não deixar jogar o adversário. Viram o que aconteceu quando o Benfica - após a entrada de Diego Lopes - deixou jogar o Rio Ave? E viram o que aconteceu quando o Porto - após a saída de Casemiro - deixou jogar o Nacional? E algo impensável no Dragão ou na Luz pode perfeitamente acontecer em qualquer outro lugar e tornar as contas muito mais que as do jogo do título que se prevê para aí. Mas até nessa aprtida certamente se verá a capacidade que o Benfica tem para justificar o título como a do FC Porto para reclamá-lo.
De resto, é com imensa pena que não incluo o Sporting nestas contas. E, desculpem-me, mas não acredito que haja um único sportinguista (daqueles a sério) que ache a sua equipa (esta, a deste ano) capaz de ganhar uma Liga. O Sporting não reclamou essa condição quando deixou jogar a torto e a direito. Até esta jornada Porto e Benfica concediam uma, a duas, chances de golo por jogo. Quantas concedeu, e ainda concede, o Sporting? Marco Silva tem aquele perfil que faz qualquer 'especialista em Mourinhos' dizer que vem aí próxima next big thing, o problema é que ele não faz ideia de como colocar a equipa a defender. Claro que toda a gente pensará: aquilo com Tobias, Oliveiras e Ewertons não vai lá. A esses digo: olhem para o Jardel quando o Benfica controla! ou olhem para o Jardel quando o Benfica se descontrola (como no passado sábado). Há muito a melhorar em Alvalade. O futebol é uma dessas coisas. E esse é ainda mais fraco que o dos dois rivais. Um Sporting que tem tudo para se tornar um exemplo no futebol português (aí vem o romantismo) ao qual só falta uma ideia de topo. Esse era o exemplo que Portugal precisava, mas Leonardo Jardim e Marco Silva (ainda) não estão no patamar de Vítor Pereira e de Jorge Jesus. Mas não esmoreçam... Lopetegui também não.
sábado, março 21
Rio Ave 2 - Benfica 1
Antes de mais: Marco Ferreira é para mim, de longe, o melhor árbitro português. E voltou a prová-lo hoje. Nada a dizer.
Quando parecia que o Benfica ia ter uma tarde tranquila em Vila do Conde, eis que perde uma boa oportunidade de solidificar a liderança. Uma boa primeira parte, o golo nasce de uma desmarcação fantástica do Pizzi. O Rio Ave com muito azar em duas lesões. O Benfica controlou por completo as operações. Parecia que estava tudo bem encaminhado.
Na segunda parte tudo foi diferente. O Rio Ave entrou com sinal mais. Via-se que vinha com outra intenção. O Benfica voltou a estar por cima, mas parecia que os jogadores sentiam que o jogo estava ganho, pouca garra, passes falhados. Para uma equipa com défice de qualidade como é o Benfica, o fato macaco tem que estar vestido do início ao fim do jogo.
O Rio Ave acreditou sempre e foi melhor na segunda parte, correu mais, foi mais ambicioso na busca pelo resultado e conseguiu-o. Não sei se a vitória é justa, já que o jogo foi dividido. Mas isso interessa pouco. Contam as que entram e o Rio Ave meteu mais. Espero que hoje não tenha marcado o início do fim.
Aguarda-se pelo que vai acontecer na Choupana.
Quando parecia que o Benfica ia ter uma tarde tranquila em Vila do Conde, eis que perde uma boa oportunidade de solidificar a liderança. Uma boa primeira parte, o golo nasce de uma desmarcação fantástica do Pizzi. O Rio Ave com muito azar em duas lesões. O Benfica controlou por completo as operações. Parecia que estava tudo bem encaminhado.
Na segunda parte tudo foi diferente. O Rio Ave entrou com sinal mais. Via-se que vinha com outra intenção. O Benfica voltou a estar por cima, mas parecia que os jogadores sentiam que o jogo estava ganho, pouca garra, passes falhados. Para uma equipa com défice de qualidade como é o Benfica, o fato macaco tem que estar vestido do início ao fim do jogo.
O Rio Ave acreditou sempre e foi melhor na segunda parte, correu mais, foi mais ambicioso na busca pelo resultado e conseguiu-o. Não sei se a vitória é justa, já que o jogo foi dividido. Mas isso interessa pouco. Contam as que entram e o Rio Ave meteu mais. Espero que hoje não tenha marcado o início do fim.
Aguarda-se pelo que vai acontecer na Choupana.
domingo, março 15
Na frente nada de novo.
O Benfica foi o primeiro a entrar em cena... e que cena. Vitória incontestável. Futebol de qualidade que simplesmente meteu o Braga num bolso muito pequenino.
O Braga foi completamente inofensivo. Zero, mas mesmo Zero! A dinâmica do Benfica deve ter apanhado os pupilos do Sérgio Conceição de surpresa. Talvez ainda estivessem a ver o vídeo motivacional ou a pensar no cachet a triplicar oferecido esta semana em caso de vitória. Azar.
O Benfica esteve praticamente irrepreensível e isso notou-se dentro de campo.
Gostei do discurso de Jesus antes do jogo, humilde. E gostei do discurso no fim, de respeito.
Foi mais um colinho, deste vez feito por mais de 60.000 pessoas.
E Artur Soares Dias? manhozão! Discordo da observação de JJ, a não ser que ele estivesse a ser irónico. O árbitro, tal como eu suspeitava tentou equilibrar o jogo. Uma série de faltas marcadas ao contrário, chegando até a interromper um lance de arque do Benfica beneficiando o infractor. No lance da expulsão, já era demais. Tiago Gomes andava a roçar o 2º amarelo há algum tempo, e só não o apanhou antes porque o critério mudava de acordo com as cores da camisola (a cor azul nas camisolas é sempre tramada!). Se o Braga tivesse chegado á área do Benfica e um jogador caísse talvez houvesse um penaltizito... Mas ontem não era dia. O Benfica (adeptos, jogadores e equipa técnica) estava em grande. Não havia nada a fazer. Se alguém comentar, só peço coerência na análise das bolas na mão dos jogadores do Braga, mais nada. À luz do que muito tenho lido por aí, teriam ficado por marcar 2 penaltis contra o Braga. para mim, há um (porque mantenho o meu critério).
Para quem andava a falar em colinhos, convém recordar que o Benfica pela 2ª vez consecutiva é alvo de arbitragens ruinosas, felizmente sem sucesso. Só para constar. Os indignados que continuem a fazer ouvir a sua voz.
PS - Kayembe foi acometido pelo surto Miguel Rosa e Deyverson. Quem tem telhados de vidro...
quarta-feira, março 11
Loucura em Londres!
Muito bem gasto o meu tempo a ver o Chelsea-PSG. Os franceses fizeram uma exibição estupenda, com muita qualidade e o empate final foi justíssimo.
Foi um jogo marcado pela expulsão de Ibrahimovic. O sueco acabou por não fazer falta porque os seus colegas juntaram-se e fizeram algo muito pouco provável. O PSG tem, de facto, muita qualidade individual, de um conjunto de jogadores que são do melhor que existe. Do lado do Chelsea, o habitual "aborrecimento" das equipas de Mourinho. Não tenho acompanhado muito esta época mas a equipa não joga futebol. Leva a bola para a frente.
No outro jogo de hoje, o Bayern cilindrou o Shaktar por 7-0. Pouco haverá a dizer para além do óbvio: os alemães vão estar na final da competição.
Ontem, o FCP despachou o Basileia, com quatro golos fantásticos. De facto, o plantel portista tem grande qualidade, em especial do meio-campo para a frente. E não jogaram Jackson e Oliver, por exemplo. Plantel de luxo que, bem gerido, pode perfeitamente fazer mais figura nesta competição.
Por fim, o Real Madrid que, apesar da derrota, seguiu em frente. O comportamento da equipa merengue é difícil de explicar. Depois de uma metade de época assombrosa, com vitórias e golos atrás de vitórias e golos, os comandados de Ancelotti parecem estar com um bloqueio qualquer.
Para já é isto. Cheira-me que a próxima ronda será épica, com grandes confrontos e grandes jogos.
Foi um jogo marcado pela expulsão de Ibrahimovic. O sueco acabou por não fazer falta porque os seus colegas juntaram-se e fizeram algo muito pouco provável. O PSG tem, de facto, muita qualidade individual, de um conjunto de jogadores que são do melhor que existe. Do lado do Chelsea, o habitual "aborrecimento" das equipas de Mourinho. Não tenho acompanhado muito esta época mas a equipa não joga futebol. Leva a bola para a frente.
No outro jogo de hoje, o Bayern cilindrou o Shaktar por 7-0. Pouco haverá a dizer para além do óbvio: os alemães vão estar na final da competição.
Ontem, o FCP despachou o Basileia, com quatro golos fantásticos. De facto, o plantel portista tem grande qualidade, em especial do meio-campo para a frente. E não jogaram Jackson e Oliver, por exemplo. Plantel de luxo que, bem gerido, pode perfeitamente fazer mais figura nesta competição.
Por fim, o Real Madrid que, apesar da derrota, seguiu em frente. O comportamento da equipa merengue é difícil de explicar. Depois de uma metade de época assombrosa, com vitórias e golos atrás de vitórias e golos, os comandados de Ancelotti parecem estar com um bloqueio qualquer.
Para já é isto. Cheira-me que a próxima ronda será épica, com grandes confrontos e grandes jogos.
domingo, março 8
O Vasco, tentou. O Lima, não deixou.
Uma primeira parte do Benfica pouco conseguida mas que, ainda assim, permitiu três oportunidades claras de golo desperdiçadas. O Arouca marcou cedo (o que é sempre preferível) mas cedo, também, deixou de jogar.
Os encarnados tinham mais bola, jogavam mais, atacavam mais mas, na verdade, não dominavam o jogo porque a equipa não conseguia ser consistente. Ao Arouca bastava ser certinho nas marcações e manter a bola longe da área.
Ao intervalo, confesso, estava preocupado porque não via que a equipa pudesse produzir muito mais. A menos que os jogadores percebessem a importância destes três pontos e fizessem tudo pela conquista dos mesmos.
Felizmente, em 10 minutos, o Benfica deu a volta e acabou por fazer uma excelente segunda parte. Foi o querer e o crer que ganharam a bola no primeiro e no segundo golos. Foi também o querer de Vasco Santos que fez com que esta vitória fosse ainda mais saborosa. O árbitro foi simplesmente vergonhoso e os dois penáltis não assinalados são escabrosos. O Arouca fez 23 faltas e teve 3 amarelos. O Benfica fez 10 faltas e teve 2 amarelos. Que falta de nível.
Pizzi voltou a desiludir-me. Falhou quase sempre. Eliseu continua fora de forma e pouco tem acrescentado ofensivamente (a sua mais-valia). Grande jogo de Jardel, Gaitán, Jonas. Lima, mais uma vez, a ser fundamental, foi o melhor em campo. Maxi e Luisão, a bom nível, como sempre. Sálvio, apenas razoável. Samaris esteve pouco em jogo, assim como Júlio César, que não tocou na bola em 90 minutos. Ola entrou bem e Talisca conseguiu levar um amarelo que o impede de jogar contra o Braga (nem discuto a justiça do amarelo, mas lances daqueles houve 10 para o Arouca).
Uma tarde com Sol e três pontos com algum bom fiutebol. A liderança continua firme mas o FCP não vacila. Mais um teste difícil no próximo fim-de-semana, contra os "guerreiros" (rir muito) do Salvador.
Os encarnados tinham mais bola, jogavam mais, atacavam mais mas, na verdade, não dominavam o jogo porque a equipa não conseguia ser consistente. Ao Arouca bastava ser certinho nas marcações e manter a bola longe da área.
Ao intervalo, confesso, estava preocupado porque não via que a equipa pudesse produzir muito mais. A menos que os jogadores percebessem a importância destes três pontos e fizessem tudo pela conquista dos mesmos.
Felizmente, em 10 minutos, o Benfica deu a volta e acabou por fazer uma excelente segunda parte. Foi o querer e o crer que ganharam a bola no primeiro e no segundo golos. Foi também o querer de Vasco Santos que fez com que esta vitória fosse ainda mais saborosa. O árbitro foi simplesmente vergonhoso e os dois penáltis não assinalados são escabrosos. O Arouca fez 23 faltas e teve 3 amarelos. O Benfica fez 10 faltas e teve 2 amarelos. Que falta de nível.
Pizzi voltou a desiludir-me. Falhou quase sempre. Eliseu continua fora de forma e pouco tem acrescentado ofensivamente (a sua mais-valia). Grande jogo de Jardel, Gaitán, Jonas. Lima, mais uma vez, a ser fundamental, foi o melhor em campo. Maxi e Luisão, a bom nível, como sempre. Sálvio, apenas razoável. Samaris esteve pouco em jogo, assim como Júlio César, que não tocou na bola em 90 minutos. Ola entrou bem e Talisca conseguiu levar um amarelo que o impede de jogar contra o Braga (nem discuto a justiça do amarelo, mas lances daqueles houve 10 para o Arouca).
Uma tarde com Sol e três pontos com algum bom fiutebol. A liderança continua firme mas o FCP não vacila. Mais um teste difícil no próximo fim-de-semana, contra os "guerreiros" (rir muito) do Salvador.
sexta-feira, março 6
A Taça e o Campeonato
Acho piada às críticas que se fazem ao Sporting pelo jogo de ontem. Primeiro porque um empate fora com golos seria sempre um resultado positivo numa eliminatória a duas mãos (formato demasiado penalizador para os pequenos). E ainda mais quando se esteve a perder duas vezes e se chega ao empate em inferioridade numérica. "Ah, mas o Sporting tem obrigação de vencer o Nacional" dizem. Tem obrigação sim, mas de eliminar o adversário ao fim dos dois jogos. O Nacional não é assim tão fraco e está na melhor fase da época. Além disso, estamos a falar de uma meia-final e das quatro equipas presentes, só o Sporting representa os chamados 3 grandes...
Em relação ao campeonato, e ainda na perspectiva do Sporting, por quem devemos torcer no Braga-Porto de hoje? Pelo Braga, obviamente. Isto porque a ambição será sempre chegar ao lugar acima e não olhar para quem nos morde os calcanhares. Por outro lado, o Braga dificilmente fará 6 pontos com Porto e Benfica e a distância entre 3º e 4º será naturalmente aumentada. Isto para dizer que não acredito minimamente na possibilidade do Sporting ficar abaixo do 3º lugar. Também será muito difícil chegar ao 2º e isso depende muito do resultado do jogo de hoje que também é decisivo para as contas do título. Muita pressão para os lados do Dragão...
Em relação ao campeonato, e ainda na perspectiva do Sporting, por quem devemos torcer no Braga-Porto de hoje? Pelo Braga, obviamente. Isto porque a ambição será sempre chegar ao lugar acima e não olhar para quem nos morde os calcanhares. Por outro lado, o Braga dificilmente fará 6 pontos com Porto e Benfica e a distância entre 3º e 4º será naturalmente aumentada. Isto para dizer que não acredito minimamente na possibilidade do Sporting ficar abaixo do 3º lugar. Também será muito difícil chegar ao 2º e isso depende muito do resultado do jogo de hoje que também é decisivo para as contas do título. Muita pressão para os lados do Dragão...
terça-feira, março 3
domingo, março 1
Parabéns, Benfica.
111 anos de história festejados com um seis-zero e quase 50 mil nas bancadas. O Benfica é vermelho, é golo, é glória. E nunca deixa de o ser, mesmo nos jogos de não-vitórias.
Imagino alguém com uns 90 anos de vida e sempre benfiquista. Seria uma boa razão para querer envelhecer rapidamente. Viver o Benfica é bom, ser Benfica é ainda melhor. Mas como será nascer, viver e morrer de encarnado vestido?
Parabéns, Benfica. Que contes muitos e que continues a envelhecer mais do que todos os velhos que passaram as suas vidas a gritar por ti. Parabéns, Benfica.
Imagino alguém com uns 90 anos de vida e sempre benfiquista. Seria uma boa razão para querer envelhecer rapidamente. Viver o Benfica é bom, ser Benfica é ainda melhor. Mas como será nascer, viver e morrer de encarnado vestido?
Parabéns, Benfica. Que contes muitos e que continues a envelhecer mais do que todos os velhos que passaram as suas vidas a gritar por ti. Parabéns, Benfica.
quarta-feira, fevereiro 25
Particularidades do futebol português - Os Andrés
André Simões, jogador profissional, em destaque neste campeonato, talvez não tenha noção de que, hoje em dia, tudo de sabe. Que ele se assuma como fanático do Porto, está no seu direito. Mas um profissional do Moreirense, sem qualquer ligação contratual ao FC Porto, prejudicar o clube que lhe paga por não conseguir controlar o seu anti-benfiquismo primário, já se torna questionável. E para melhorar ainda mais a sua imagem, o festival de estupidez facebookiana de André Simões, permitiu saber que o profissionalão levou um amarelo em Braga, aos 90+2, que o tirou do jogo seguinte com o Porto.
Outra particularidade tem a ver com André André, filho do memorável caceteiro das décadas de 80 e 90. Ficou hoje a saber-se que o jogador está comprometido com o Porto para a próxima época após acordo entre os presidentes de Vitória e Porto em Janeiro. Nada de especial a não ser que o jogador, já em Fevereiro, tenha também completado uma série de cartões amarelos nas vésperas do Porto-Guimarães. E não é que foi mesmo assim?
Outra particularidade tem a ver com André André, filho do memorável caceteiro das décadas de 80 e 90. Ficou hoje a saber-se que o jogador está comprometido com o Porto para a próxima época após acordo entre os presidentes de Vitória e Porto em Janeiro. Nada de especial a não ser que o jogador, já em Fevereiro, tenha também completado uma série de cartões amarelos nas vésperas do Porto-Guimarães. E não é que foi mesmo assim?
terça-feira, fevereiro 24
Moreirense-Benfica: Canta Maria Armanda.
1. Eu vi um sapo.
2. Com um guardanapo.
3. Estava a papar.
4. Um bom jantar.
O golo sofrido deu-me um certo alento porque pensei que fosse o tónico necessário para haver uma reacção da equipa. Na segunda parte, a equipa voltou ligeiramente melhor e, apesar dos donos da casa continuarem incapazes de passar do meio-campo, o relógio não parava.
Por volta do minuto 58, Sálvio cai na área e o árbitro marca canto, que não existiu. Um erro menor (que já tinha cometido na primeira parte, marcando pontapé de baliza para o Moreirense em vez de canto para o Benfica) que tem sido aproveitado até à exaustão pelos do costume. Eu chamo-lhe desespero, já a roçar a demência.
Na minha opinião não existe falta sobre Sálvio. Mesmo que exista contacto, parece-me insuficiente para provocar a queda. O futebol tem contacto e, muitas vezes, não fosse a "relvinha", podia haver menos quedas. Ou seja, para mim, ainda bem que o árbitro não considerou o lance faltoso (como ainda bem que Lima falhou o penálti em Paços).
O empate chegou então numa fase em que a equipa já carregava e tudo ficou mais fácil quando André Simões foi expulso. Se foi bem expulso ou não, nunca saberemos, ao certo. A única coisa que podemos aferir do lance é o comportamento dos dois intervenientes. Eu estou convencido que o jogador foi bem expulso.
Em relação às expulsões dos treinadores, não as percebi bem mas, Jesus, parece-me, continua a ter um comportamento errático que prejudica o clube (este mesmo árbitro já tinha expulsado Jesus na segunda jornada). O que fazer? Sinceramente, não sei. Tudo se desculpou ao longo de seis anos, não creio que será agora que alguém se lembrará de tomar decisões.
Eliseu marcou, entretanto, o segundo, num remate de ressaca, com o pé direito. É verdade que continua a atravessar uma fase menos boa mas, depois de Emerson e Cortez, tenho esta tendência para ver ouro no actual lateral do Benfica. E entretanto, já lá vão 3/4 decisivos.
Já mais perto do final, Jonas voltou aos golos, apesar da exibição cinzenta. O Moreirense foi sempre incapaz de criar perigo mas, diga-se, usou as armas que tem, apresentando um comportamento defensivo (até ao empate), bastante bom.
Agora é vencer o Estoril e esperar que o Sporting vença no Dragão, outra vez.
segunda-feira, fevereiro 23
domingo, fevereiro 15
Benfica seguro, sem deslumbrar.
40 mil na Luz contra o Setúbal, num claro sinal de apoio, e uma vitória mais do que tranquila e justa por 3-0. A equipa não deslumbra mas percebe-se porquê: não dá. Os mecanismos treinados, as transições, estão à vista, mas os intervenientes têm algumas limitações técnicas que impedem que o jogo da equipa seja mais fluído e espectacular.
A comparação com o plantel do ano passado já foi feita demasiadas vezes mas isso não impede, infelizmente, que as saudades de Enzo, Markovic, Garay, Matic ou Rodrigo não existam.
Infelizmente também este jogo valeu apenas três pontos. O FCP venceu pelo que a luta pelo título continua apertada e a equipa da Luz tem de continuar a ser exigente.
Individualmente, destaque para Jardel, com uma excelente cabeçada (a premonição de Matic chegou com uma semana de atraso), Luisão, por estar sempre no sítio certo, Maxi, que está ao seu melhor nível, e Lima, pelos dois golos. Uma palavra positiva também para Artur que esteve sempre sereno e sem falhas.
O restante foi tudo muito mediano. Jonas atravessa uma fase de menos qualidade (desde Paços) e esgota-se um pouco nele a magia da equipa. Ola, apesar de tudo, foi dos que mais bola teve e que mais desequilíbrios provocou. Pizzi, continua a não convencer. É verdade que teve bons apontamentos mas, também, demasiadas falhas, perante um adversário macio e de pouca qualidade individual.
Talisca anda desaparecido e Amorim vai ganhando minutos para poder ser peça importante nos últimos 7/8 jogos do campeonato.
A arbitragem esteve bem nos principais lances, especialmente na marcação (ou não) de foras-de-jogo, onde penso que não falhou nenhum lance, alguns deles bem difíceis. No segundo golo do Benfica fica a dúvida se Ola terá provocado a queda ao setubalense. Não me pareceu nada e não fosse a relvinha macia provavelmente o defesa sadino não teria perdido as forças. "Infelizmente", mais uma vez, o árbitro esteve bem também disciplinarmente, concretamente nos amarelos mostrados a Luisão, Sálvio e Samaris (que fica de fora na próxima jornada).
As próximas jornadas podem ter algum peso. Vamos aguardar pelos desempenhos do FCP (com jogos teoricamente mais complicados). Mas é preciso muita concentração e disponibilidade para os nossos jogos, porque são esses que nos podem dar as maiores alegrias.
A comparação com o plantel do ano passado já foi feita demasiadas vezes mas isso não impede, infelizmente, que as saudades de Enzo, Markovic, Garay, Matic ou Rodrigo não existam.
Infelizmente também este jogo valeu apenas três pontos. O FCP venceu pelo que a luta pelo título continua apertada e a equipa da Luz tem de continuar a ser exigente.
Individualmente, destaque para Jardel, com uma excelente cabeçada (a premonição de Matic chegou com uma semana de atraso), Luisão, por estar sempre no sítio certo, Maxi, que está ao seu melhor nível, e Lima, pelos dois golos. Uma palavra positiva também para Artur que esteve sempre sereno e sem falhas.
O restante foi tudo muito mediano. Jonas atravessa uma fase de menos qualidade (desde Paços) e esgota-se um pouco nele a magia da equipa. Ola, apesar de tudo, foi dos que mais bola teve e que mais desequilíbrios provocou. Pizzi, continua a não convencer. É verdade que teve bons apontamentos mas, também, demasiadas falhas, perante um adversário macio e de pouca qualidade individual.
Talisca anda desaparecido e Amorim vai ganhando minutos para poder ser peça importante nos últimos 7/8 jogos do campeonato.
A arbitragem esteve bem nos principais lances, especialmente na marcação (ou não) de foras-de-jogo, onde penso que não falhou nenhum lance, alguns deles bem difíceis. No segundo golo do Benfica fica a dúvida se Ola terá provocado a queda ao setubalense. Não me pareceu nada e não fosse a relvinha macia provavelmente o defesa sadino não teria perdido as forças. "Infelizmente", mais uma vez, o árbitro esteve bem também disciplinarmente, concretamente nos amarelos mostrados a Luisão, Sálvio e Samaris (que fica de fora na próxima jornada).
As próximas jornadas podem ter algum peso. Vamos aguardar pelos desempenhos do FCP (com jogos teoricamente mais complicados). Mas é preciso muita concentração e disponibilidade para os nossos jogos, porque são esses que nos podem dar as maiores alegrias.
sábado, fevereiro 14
Fala Vieira.
Aqui fica novamente o post publicado ontem e apagado novamente pelo J. que insiste no terrorismo pessoal. Lamento pelo blogue, pelo Miguel e pelo Peyroteo, pelos leitores, e por quem já tinha comentado. Até ao dia em que seja convidado a abandonar este blogue pelos seus fundadores, continuarei a bater-me por aquilo que considero serem os meus direitos. O J. ultrapassou todos os limites toleráveis do bom senso e continua a fazê-lo todos os dias - como tem feito nos últimos anos. Não me espanta que nem em blogues da cor do seu clube o desprezem e nem nesses espaços seja bem-vindo. Como é sempre mais fácil apagar do que voltar a escrever, é natural que os meus posts continuem a aparecer e a desaparecer. Outros neste blogue desistiram, outros fizeram ultimatos, quando em desacordo. Eu fico. Não é um nazi de trazer por casa que me vai apagar o pensamento.
Finalmente o presidente do Benfica falou aos benfiquistas e abordou o tema mais quente do dérbi da semana passada. Confesso que não esperava uma declaração tão acertada, coerente e, até, ponderada. Aliás, confesso que pensava que tudo tivesse ficado dito na (mais uma vez) ridícula declaração prestada por João Gabriel.
Há muitos anos que deixei de dar crédito às gentes do futebol, dirigentes à cabeça. Por norma são mal-formados, irritantemente imbecis, sem visão, oportunistas e pouco apaixonados pelo jogo em si. Esta "guerra" que se instalou é apenas mais uma do nosso triste futebol.
Mandam-se "pedradas" de um lado para o outro, ofendem-se memórias, cospem-se argumentos miseráveis e, por fim, e quase já no esquecimento, a bola rola lá para o fim-de-semana. As claques são hoje aquilo que sempre foram: veículos de expressão necessários no contexto global do futebol que, perante a impunidade característica da nossa sociedade, cometem crimes, de vez em quando, ou quando lhes apetece, sem que quase nunca nada lhes aconteça.
Obviamente que chegará o dia em que, novamente, uma desgraça acontecerá. É inevitável e é o principal factor pelo qual deixei de assistir praticamente a jogos ao vivo.
A última vez que fui a Alvalade, por exemplo, foi no Benfica de Trapattoni. Sentadinho na central pensava até que estava a salvo da malta mais selvagem. Puro engano. À minha frente estava uma rapariga com a camisola do Benfica que, perante as ofensas e ameaças constantes feitas por homens de meia idade, foi obrigada a abandonar o local. Eu estive bem, simplesmente porque passei 90 minutos sem me manifestar. Se o fizesse seria certamente agredido. Lembro-me do ambiente extremamente agressivo, dos petardos e do desânimo com que saí de Alvalade.
O problema desta história é que qualquer adepto de um qualquer clube poderá repetir, mais ou menos, as minhas palavras. Em Braga, Guimarães, no Dragão, ou na Luz, por exemplo, é o mesmo estilo, com certeza.
A semana que passou foi pesada para os benfiquistas. Confundidos com o comportamento miserável que uns quantos idiotas decidiram ter, foram na sua globalidade acusados de tudo e mais alguma coisa. Uma simples visita aos principais blogues leoninos, mesmo os mais moderados, deu para perceber que a exaltação foi muita.
Eu sou benfiquista e não me revejo na tarja mostrada no pavilhão da Luz. E não conheço nenhum benfiquista que em momento algum tenha apoiado a mensagem. E mesmo com os anónimos, não vi nenhuma manifestação de apoio à mesma.
Não me importa quem começou. Se foi a t-shirt, se foi o fogo, se foi a invasão de campo da Juve Leo. É tudo a mesma merda. Tudo. Um dia uns. No dia seguinte, os outros. Não se defendam uns, e ataquem os outros. Não se compreendam uns, e condenem os outros.
Bruno de Carvalho tem cometido erros atrás de erros e o corte de relações é apenas mais um. Aquele que um dia até vi como um verdadeiro contra-poder, é hoje mais um disparate constante, sempre disposto a lançar mais uma acha para a fogueira. Como os outros todos. Diferente, só mesmo na cor da camisola.
Finalmente o presidente do Benfica falou aos benfiquistas e abordou o tema mais quente do dérbi da semana passada. Confesso que não esperava uma declaração tão acertada, coerente e, até, ponderada. Aliás, confesso que pensava que tudo tivesse ficado dito na (mais uma vez) ridícula declaração prestada por João Gabriel.
Há muitos anos que deixei de dar crédito às gentes do futebol, dirigentes à cabeça. Por norma são mal-formados, irritantemente imbecis, sem visão, oportunistas e pouco apaixonados pelo jogo em si. Esta "guerra" que se instalou é apenas mais uma do nosso triste futebol.
Mandam-se "pedradas" de um lado para o outro, ofendem-se memórias, cospem-se argumentos miseráveis e, por fim, e quase já no esquecimento, a bola rola lá para o fim-de-semana. As claques são hoje aquilo que sempre foram: veículos de expressão necessários no contexto global do futebol que, perante a impunidade característica da nossa sociedade, cometem crimes, de vez em quando, ou quando lhes apetece, sem que quase nunca nada lhes aconteça.
Obviamente que chegará o dia em que, novamente, uma desgraça acontecerá. É inevitável e é o principal factor pelo qual deixei de assistir praticamente a jogos ao vivo.
A última vez que fui a Alvalade, por exemplo, foi no Benfica de Trapattoni. Sentadinho na central pensava até que estava a salvo da malta mais selvagem. Puro engano. À minha frente estava uma rapariga com a camisola do Benfica que, perante as ofensas e ameaças constantes feitas por homens de meia idade, foi obrigada a abandonar o local. Eu estive bem, simplesmente porque passei 90 minutos sem me manifestar. Se o fizesse seria certamente agredido. Lembro-me do ambiente extremamente agressivo, dos petardos e do desânimo com que saí de Alvalade.
O problema desta história é que qualquer adepto de um qualquer clube poderá repetir, mais ou menos, as minhas palavras. Em Braga, Guimarães, no Dragão, ou na Luz, por exemplo, é o mesmo estilo, com certeza.
A semana que passou foi pesada para os benfiquistas. Confundidos com o comportamento miserável que uns quantos idiotas decidiram ter, foram na sua globalidade acusados de tudo e mais alguma coisa. Uma simples visita aos principais blogues leoninos, mesmo os mais moderados, deu para perceber que a exaltação foi muita.
Eu sou benfiquista e não me revejo na tarja mostrada no pavilhão da Luz. E não conheço nenhum benfiquista que em momento algum tenha apoiado a mensagem. E mesmo com os anónimos, não vi nenhuma manifestação de apoio à mesma.
Não me importa quem começou. Se foi a t-shirt, se foi o fogo, se foi a invasão de campo da Juve Leo. É tudo a mesma merda. Tudo. Um dia uns. No dia seguinte, os outros. Não se defendam uns, e ataquem os outros. Não se compreendam uns, e condenem os outros.
Bruno de Carvalho tem cometido erros atrás de erros e o corte de relações é apenas mais um. Aquele que um dia até vi como um verdadeiro contra-poder, é hoje mais um disparate constante, sempre disposto a lançar mais uma acha para a fogueira. Como os outros todos. Diferente, só mesmo na cor da camisola.
Fala o J.
Tem sido por norma daqui do senhor de costume, utilizar a linguagem que quer para descrever quem quer.
Acho que é o problema dos blogs em geral, onde o pessoal já se habituou a este anonimato/distancia e onde afinal de contas tudo aquilo que se diz e se pensa acaba por cair em saco roto.
Confesso, que por vezes, utilizo um estilo mais agressivo, ou mais provocatório. Afinal de contas, também sofro dos mesmo males de muita gente que quando "veste" a camisola do seu clube. Mas no final do dia, quando me ponho a analisar entre tudo aquilo que digo e o que vejo por ai dizer, pois não creio que seja tão excessivo assim e sobretudo o mais importante, não me ponho por ai a insultar as pessoas.
Agora, as fronteiras entre um estilo mais agressivo e o insulto barato e fácil são facilmente diferenciaveis em pessoas de bom senso. E há coisas que sim, não podem ser toleráveis mesmo depois de termos dado o "desconto" de sempre a quem já conhecemos há muito tempo e já sabemos como é.
Tenho apagado posts sim, depois que se tenha insistir em apagar sucessivamente os meus comentários.
Não é uma pratica que goste, mas não posso apenas deixar que o mesmo de sempre se comporte da mesma maneira de sempre.
Quando se deixar destas práticas, eu serei o primeiro a comentar como sempre o fiz neste espaço.
Até lá, pois jogamos ping pong!Um abraço a todos!
quarta-feira, fevereiro 11
Benfica a caminho da final da Taça da Liga.
Como não vou poder acompanhar todo o jogo, avanço já com o post. Dificilmente o Setúbal dará a volta ao resultado, estando a perder por dois e a jogar com menos um.
A equipa do Benfica fez uma primeira parte suficiente, num onze com muitas alterações. Entrou melhor o Setúbal mas Lizandro evitou o golo certo. Boas exibições de Cristante, Ola e Guedes (e Talisca). Pizzi é medonho de mau e Eliseu mostra-se incapaz de voltar à boa forma após a lesão.
Para terminar, registo para a alarvidade dos comentadores da TVI. Primeiro, sonham com um penálti sobre Suk (inventam "um toque, apesar do coreano ter ainda prosseguido"). E depois não entendem o vermelho mostrado ao defesa sadino. Então um jogador que ganha posição quase na pequena área, prepara-se para rematar apenas com o guarda-redes pela frente, não está em posição de golo iminente? E isso não vale vermelho directo? Elucidem-me, por favor. Já no segundo penálti, sim, justifica-se apenas o amarelo.
A equipa do Benfica fez uma primeira parte suficiente, num onze com muitas alterações. Entrou melhor o Setúbal mas Lizandro evitou o golo certo. Boas exibições de Cristante, Ola e Guedes (e Talisca). Pizzi é medonho de mau e Eliseu mostra-se incapaz de voltar à boa forma após a lesão.
Para terminar, registo para a alarvidade dos comentadores da TVI. Primeiro, sonham com um penálti sobre Suk (inventam "um toque, apesar do coreano ter ainda prosseguido"). E depois não entendem o vermelho mostrado ao defesa sadino. Então um jogador que ganha posição quase na pequena área, prepara-se para rematar apenas com o guarda-redes pela frente, não está em posição de golo iminente? E isso não vale vermelho directo? Elucidem-me, por favor. Já no segundo penálti, sim, justifica-se apenas o amarelo.
domingo, fevereiro 8
Dérbi nulo.
Um dérbi muito pobre de parte a parte, com algum ascendente do Sporting que, perante os seus adeptos, apareceu (e pareceu) mais motivado. O Benfica foi sempre incapaz de construir e pode agradecer aos deuses o empate conseguido no último minutos por Jardel.
Não vale muito a pena falar-se em injustiça mas, na verdade, a vitória assentava melhor ao Sporting. Contudo, na primeira volta, não houve goleada para os encarnados (nem vitória) e ninguém morreu por isso.
Fiquei bastante preocupado com a dificuldade da equipa no processo ofensivo. No Dragão as coisas correram substancialmente melhor nessa fase do jogo e a equipa criou várias jogadas de perigo, deixando sempre o adversário preocupado também em defender.
O Sporting, em termos qualitativos foi igualmente muito fraco. Penso também que, com Slimani disponível, teria ganhado a agressividade atacante que nunca teve com Montero. Mas também podemos falar nas ausências do melhor jogador encarnado (Gaitán) e de César (o nervosismo defensivo de hoje tem um nome: Artur).
A forma como o Benfica conseguiu não perder é a melhor notícia deste final de dia para os benfiquistas. Os jogadores sentiram bem a sorte que tiveram, e o susto pode ter-lhes dado gás para o que falta. Do outro lado ficou provavelmente uma equipa que vai perder algum elãn no campeonato. Vamos ver.
MVP: William Carvalho.
Boa arbitragem.
Liderança de quatro pontos para o FCP que não vai ser pêra doce manter, tal é a qualidade do seu plantel.
Não vale muito a pena falar-se em injustiça mas, na verdade, a vitória assentava melhor ao Sporting. Contudo, na primeira volta, não houve goleada para os encarnados (nem vitória) e ninguém morreu por isso.
Fiquei bastante preocupado com a dificuldade da equipa no processo ofensivo. No Dragão as coisas correram substancialmente melhor nessa fase do jogo e a equipa criou várias jogadas de perigo, deixando sempre o adversário preocupado também em defender.
O Sporting, em termos qualitativos foi igualmente muito fraco. Penso também que, com Slimani disponível, teria ganhado a agressividade atacante que nunca teve com Montero. Mas também podemos falar nas ausências do melhor jogador encarnado (Gaitán) e de César (o nervosismo defensivo de hoje tem um nome: Artur).
A forma como o Benfica conseguiu não perder é a melhor notícia deste final de dia para os benfiquistas. Os jogadores sentiram bem a sorte que tiveram, e o susto pode ter-lhes dado gás para o que falta. Do outro lado ficou provavelmente uma equipa que vai perder algum elãn no campeonato. Vamos ver.
MVP: William Carvalho.
Boa arbitragem.
Liderança de quatro pontos para o FCP que não vai ser pêra doce manter, tal é a qualidade do seu plantel.
segunda-feira, fevereiro 2
Há aqui um padrão.
Enviaram-me isto e penso que não deve haver igual. É mais um fartote do clube do "regime", do "colo" e dos amigos da comunicação social.
1. www.dailymotion.com/video/x15glyq_manipulacao-tvi_sport
2. https://www.youtube.com/watch?v=39kFlvEfKao#t=25
3. http://rutube.ru/video/f9d0feefdc6d867f39c474ae40e74f98/?ref=logo
Qual é o vosso preferido? Para mim é o do Markovic, mas o do jogo com o Gil Vicente, também é engraçado.
Entretanto, mais uma semana sem erros de arbitragem com influência nos resultados, aposto. O Benfica entrou em campo super pressionado como de costume e despachou o Boavista que nunca foi capaz de criar perigo. Maxi esteve em grande e Samaris mostrou muita qualidade. Para a semana há jogo a sério, dos poucos que restam a esta equipa, esta época. Por isso, este foi um bom teste (pena a lesão de Júlio César).
1. www.dailymotion.com/video/x15glyq_manipulacao-tvi_sport
2. https://www.youtube.com/watch?v=39kFlvEfKao#t=25
3. http://rutube.ru/video/f9d0feefdc6d867f39c474ae40e74f98/?ref=logo
Qual é o vosso preferido? Para mim é o do Markovic, mas o do jogo com o Gil Vicente, também é engraçado.
Entretanto, mais uma semana sem erros de arbitragem com influência nos resultados, aposto. O Benfica entrou em campo super pressionado como de costume e despachou o Boavista que nunca foi capaz de criar perigo. Maxi esteve em grande e Samaris mostrou muita qualidade. Para a semana há jogo a sério, dos poucos que restam a esta equipa, esta época. Por isso, este foi um bom teste (pena a lesão de Júlio César).
domingo, janeiro 18
Benfica
O Benfica soma e segue. Entrou no ano novo de pé direito. Dois confrontos à partida de grande dificuldade (Guimarães e Marítimo) que foram superados de forma categórica e sem margem para dúvidas ou suspeitas.
Ao Guimarães foram só 3 (sim, podiam ter sido outros tantos), e hoje no sempre difícil Caldeirão dos Barreiros o Benfica voltou a ser extremamente eficaz e pragmático, mesmo com a contrariedade de ter perdido o seu melhor elemento de forma precoce. Nem Guimarães nem Marítimo conseguiram aparecer nos jogos,. e tudo por força do grande colectivo e espírito de equipa que transpira do jogo do Benfica.
Quando se previa alguma quebra pela saída de Enzo Pérez eis que mais uma vez o Benfica (com muito mérito de JJ) consegue fazer os adeptos esquecer o grande centrocampista. Tem sido um Benfica de alto nível que domina por completo os adversários de princípio a fim dos jogos. A continuar assim vou ter que mudar os meus prognósticos. Mas ainda falta muito caminho.
PS - O jogo no lodaçal de Penafiel devia ser um case-study sobre erros de arbitragem. Mas há quem imagine linhas e tire pontos de fuga para ilidir o óbvio. Há coisas que nada pode fazer esconder. Limpinho, limpinho... E não se esqueçam de continuar a dizer que é o Benfica que é levado ao colo.
domingo, janeiro 4
A bola rola em 2015.
O geral
2014 foi um ano em cheio para o universo benfiquista. Vitórias, golos, troféus. Não menos importante, uma equipa com classe que limpou quase tudo, à excepção da Liga Europa, competição que viria a perder apenas na final, perante um Sevilha escandalosamente beneficiado por uma arbitragem dantesca.
Não conheço nenhum benfiquista que não tenha ficado com aquele jogo (e tudo o que o antecedeu) atravessado. Pior do que perder, foi perder naquelas circunstâncias.
A época passada foi das melhores de sempre e teve já alguma continuidade com a conquista da Supertaça. O grande objectivo, o campeonato, continua perfeitamente alcançável, depois de mais um falhanço na Europa dos grandes e na Taça de Portugal.
Plantel delapidado
Basta ver o jogo de hoje para se perceber que o onze actual não tem qualquer comparação com o da época passada. Garay, Enzo, Markovic, Rodrigo, foram-se embora e Amorim, Fejsa, Sulejmani, Sálvio, Luisão, Eliseu ou Sílvio têm tido pouca ou nenhuma utilização.
A comparação com a época passada é inevitável mas, também, injusta. Jesus fará um milagre, se for campeão, este ano. Os factos são evidentes e nem vale a pena procurar mais justificações. A qualidade do futebol apresentado anda longe do que foi visto num passado recente mas, convenhamos, este é, precisamente, o plantel com menos condições para brilhar. O que tem sido feito até aqui é um trabalho que está dentro do expectável, pelo menos para um adepto minimamente atento.
As arbitragens
Sempre que o Benfica vai na frente é pelo colo. Se perde o campeonato nas últimas jornadas, deixa de haver colo para haver incompetência própria. Dá sempre jeito. Esta época não foge à regra, claro. Confundem-se erros que sempre existiram (e vão continuar a existir), com influências e poder corrupto e nunca por acaso. É o trabalho dos adversários que, incapazes de fazer melhor dentro do campo, jogam outras cartas que ajudem, pelo menos, a diminuir a justiça do líder.
Não me custa admitir que o Benfica já foi beneficiado esta época. Custa-me, sim, que essas situações aconteçam. E aconteceram em duas ocasiões: contra o Nacional (um fora-de-jogo mal assinalado) e contra o Gil Vicente. O resto é apenas barulho e berreiro. Desde o golo invalidado ao Boavista (era o que mais faltava não assinalar aquele fora-de-jogo), passando por um miserável fora-de-jogo mal tirado em Setúbal, num jogo que terminou em 5-0, com uns sadinos incapazes de fazer uma única jogada de perigo. Há também um segundo golo em Coimbra marcado em fora-de-jogo, num jogo que terminou 2-0 e com uma Académica que, sem exageros, não teve uma única oportunidade de perigo (não é de golo, sequer). E em nenhum jogo se viu arbitragens tendenciosas. Já me esquecia: adorei a gritaria por haver um fora-de-jogo bem assinalado no jogo com o Rio Ave. Patetas, pá.
Entretanto, os adversários também jogam com erros que os beneficiam e não se passa nada. Já sabemos: se foram beneficiados num lance, é porque houve outro, com certeza, que os prejudicou (não consegui ler ainda nenhum sportinguista ou portista a admitir um benefício).
Os adversários
O FCP continua à procura de uma identidade mas, sempre que aquilo engata, dificilmente se pára. Gosto de ver o Brahimi ou o Oliver, mas continuo a admirar principalmente o Jackson. Que jogador. Estão lançados na Liga dos Campeões mas tenho sérias dúvidas que consigam fazer um brilharete (passar dos Quartos seria excelente). No campeonato continuam na luta e com o que falta, só podem estar optimistas.
O Sporting tem feito uma época "estranha". Eu considero-a positiva até ao momento pois a análise que faço prende-se mais com as circunstâncias do que propriamente com os resultados. Na Liga dos Campeões, não fosse o roubo na Alemanha teriam seguido em frente, contra todas as expectativas e, na Taça, estão em excelente posição para chegar ao Jamor. Isto depois de eliminarem o FCP, no Dragão, sem espinhas.
No campeonato mora a dúvida mas, mesmo aí, penso que Marco Silva tem feito um bom trabalho. A equipa apresenta um futebol interessante, em alguns jogos, mas apresenta falhas (mais individuais do que colectivas) que têm custado pontos (o Benfica, por exemplo, tem tido alguma sorte em certos momentos).
O que falta
Muita coisa. Esta campeonato é enooooooorme, com jogos que nunca mais acaba e muita cacetada para dar e levar. Considero que o Sporting não será capaz de lutar pelo título (são muitos pontos para Benfica e FCP) pelo que a luta está a dois, com ligeiro ascendente para o Benfica, mas apenas pela vantagem conseguida até agora.
Jesus tem uma árdua tarefa pela frente e, caso a equipa estabilize (ou seja, caso todos recuperem e voltem a jogar a um nível razoável), é possível manter o primeiro lugar. Já Lopetegui poderá investir mais na Liga dos Campeões se a distância se mantiver até lá mas, verdade seja dita, tem opções para fazer uma boa campanha na Europa e lutar até ao fim pelo campeonato.
Impossível ignorar
A rábula Marco Silva/Bruno de Carvalho/José Eduardo ainda vai escrever muitas linhas mas, para já, e pelo pouco que se sabe em concreto, uma coisa é inegável: José Eduardo fez acusações gravíssimas e que têm de acabar em algum lado (de preferência num Tribunal). Seja por serem verdadeiras, ou por serem falsas.
Penafiel-Benfica
Só tinha visto um jogo do Penafiel (contra o Sporting) e esperava um adversário menos do que modesto. Sem qualidade individual (um ou outro mais esforçado), e sempre incapaz de conduzir a bola. O Benfica, mesmo com imensas ausências (sem os crónicos lesionados, fora Luisão, Sálvio e Samaris - e com Enzo já a brilhar em Valência), foi sempre superior. Sem fazer um jogo deslumbrante, os encarnados foram uma equipa coesa, concentrada e lutadora, com algumas boas iniciativas atacantes. Gostei de Gaitán, o verdadeiro desequilibrador, de Lima e de Ola. O resto foi tudo muito "razoavelzinho" apenas.
O campeonato começa agora. Para a semana recebemos o Guimarães e depois vamos à Madeira (Marítimo) e a Paços. Nove pontos importantíssimos, aos quais teremos de juntar mais três (recepção ao Boavista) antes de visitarmos Alvalade (num dos dois ou três jogos grandes que vamos ter ainda esta época).
2014 foi um ano em cheio para o universo benfiquista. Vitórias, golos, troféus. Não menos importante, uma equipa com classe que limpou quase tudo, à excepção da Liga Europa, competição que viria a perder apenas na final, perante um Sevilha escandalosamente beneficiado por uma arbitragem dantesca.
Não conheço nenhum benfiquista que não tenha ficado com aquele jogo (e tudo o que o antecedeu) atravessado. Pior do que perder, foi perder naquelas circunstâncias.
A época passada foi das melhores de sempre e teve já alguma continuidade com a conquista da Supertaça. O grande objectivo, o campeonato, continua perfeitamente alcançável, depois de mais um falhanço na Europa dos grandes e na Taça de Portugal.
Plantel delapidado
Basta ver o jogo de hoje para se perceber que o onze actual não tem qualquer comparação com o da época passada. Garay, Enzo, Markovic, Rodrigo, foram-se embora e Amorim, Fejsa, Sulejmani, Sálvio, Luisão, Eliseu ou Sílvio têm tido pouca ou nenhuma utilização.
A comparação com a época passada é inevitável mas, também, injusta. Jesus fará um milagre, se for campeão, este ano. Os factos são evidentes e nem vale a pena procurar mais justificações. A qualidade do futebol apresentado anda longe do que foi visto num passado recente mas, convenhamos, este é, precisamente, o plantel com menos condições para brilhar. O que tem sido feito até aqui é um trabalho que está dentro do expectável, pelo menos para um adepto minimamente atento.
As arbitragens
Sempre que o Benfica vai na frente é pelo colo. Se perde o campeonato nas últimas jornadas, deixa de haver colo para haver incompetência própria. Dá sempre jeito. Esta época não foge à regra, claro. Confundem-se erros que sempre existiram (e vão continuar a existir), com influências e poder corrupto e nunca por acaso. É o trabalho dos adversários que, incapazes de fazer melhor dentro do campo, jogam outras cartas que ajudem, pelo menos, a diminuir a justiça do líder.
Não me custa admitir que o Benfica já foi beneficiado esta época. Custa-me, sim, que essas situações aconteçam. E aconteceram em duas ocasiões: contra o Nacional (um fora-de-jogo mal assinalado) e contra o Gil Vicente. O resto é apenas barulho e berreiro. Desde o golo invalidado ao Boavista (era o que mais faltava não assinalar aquele fora-de-jogo), passando por um miserável fora-de-jogo mal tirado em Setúbal, num jogo que terminou em 5-0, com uns sadinos incapazes de fazer uma única jogada de perigo. Há também um segundo golo em Coimbra marcado em fora-de-jogo, num jogo que terminou 2-0 e com uma Académica que, sem exageros, não teve uma única oportunidade de perigo (não é de golo, sequer). E em nenhum jogo se viu arbitragens tendenciosas. Já me esquecia: adorei a gritaria por haver um fora-de-jogo bem assinalado no jogo com o Rio Ave. Patetas, pá.
Entretanto, os adversários também jogam com erros que os beneficiam e não se passa nada. Já sabemos: se foram beneficiados num lance, é porque houve outro, com certeza, que os prejudicou (não consegui ler ainda nenhum sportinguista ou portista a admitir um benefício).
Os adversários
O FCP continua à procura de uma identidade mas, sempre que aquilo engata, dificilmente se pára. Gosto de ver o Brahimi ou o Oliver, mas continuo a admirar principalmente o Jackson. Que jogador. Estão lançados na Liga dos Campeões mas tenho sérias dúvidas que consigam fazer um brilharete (passar dos Quartos seria excelente). No campeonato continuam na luta e com o que falta, só podem estar optimistas.
O Sporting tem feito uma época "estranha". Eu considero-a positiva até ao momento pois a análise que faço prende-se mais com as circunstâncias do que propriamente com os resultados. Na Liga dos Campeões, não fosse o roubo na Alemanha teriam seguido em frente, contra todas as expectativas e, na Taça, estão em excelente posição para chegar ao Jamor. Isto depois de eliminarem o FCP, no Dragão, sem espinhas.
No campeonato mora a dúvida mas, mesmo aí, penso que Marco Silva tem feito um bom trabalho. A equipa apresenta um futebol interessante, em alguns jogos, mas apresenta falhas (mais individuais do que colectivas) que têm custado pontos (o Benfica, por exemplo, tem tido alguma sorte em certos momentos).
O que falta
Muita coisa. Esta campeonato é enooooooorme, com jogos que nunca mais acaba e muita cacetada para dar e levar. Considero que o Sporting não será capaz de lutar pelo título (são muitos pontos para Benfica e FCP) pelo que a luta está a dois, com ligeiro ascendente para o Benfica, mas apenas pela vantagem conseguida até agora.
Jesus tem uma árdua tarefa pela frente e, caso a equipa estabilize (ou seja, caso todos recuperem e voltem a jogar a um nível razoável), é possível manter o primeiro lugar. Já Lopetegui poderá investir mais na Liga dos Campeões se a distância se mantiver até lá mas, verdade seja dita, tem opções para fazer uma boa campanha na Europa e lutar até ao fim pelo campeonato.
Impossível ignorar
A rábula Marco Silva/Bruno de Carvalho/José Eduardo ainda vai escrever muitas linhas mas, para já, e pelo pouco que se sabe em concreto, uma coisa é inegável: José Eduardo fez acusações gravíssimas e que têm de acabar em algum lado (de preferência num Tribunal). Seja por serem verdadeiras, ou por serem falsas.
Penafiel-Benfica
Só tinha visto um jogo do Penafiel (contra o Sporting) e esperava um adversário menos do que modesto. Sem qualidade individual (um ou outro mais esforçado), e sempre incapaz de conduzir a bola. O Benfica, mesmo com imensas ausências (sem os crónicos lesionados, fora Luisão, Sálvio e Samaris - e com Enzo já a brilhar em Valência), foi sempre superior. Sem fazer um jogo deslumbrante, os encarnados foram uma equipa coesa, concentrada e lutadora, com algumas boas iniciativas atacantes. Gostei de Gaitán, o verdadeiro desequilibrador, de Lima e de Ola. O resto foi tudo muito "razoavelzinho" apenas.
O campeonato começa agora. Para a semana recebemos o Guimarães e depois vamos à Madeira (Marítimo) e a Paços. Nove pontos importantíssimos, aos quais teremos de juntar mais três (recepção ao Boavista) antes de visitarmos Alvalade (num dos dois ou três jogos grandes que vamos ter ainda esta época).
quarta-feira, dezembro 24
segunda-feira, dezembro 22
Benfica
Depois da vitória no Dragão, o Benfica voltou àquilo que era: uma equipa vulgaríssima.
Os dois últimos jogos vêm colocar em crise a tese de que no Dragão a vitória se deveu à estratégia táctica de JJ.
O plantel é muito curto e há ali jogadores cuja presença não se compreende em face das ambições que tinha no início da temporada. Vai ser curto para chegar em primeiro ao fim da época. E com a saída de Enzo...
Entretanto Enzo, como de costume, vai sair abaixo da cláusula de rescisão.
São já 3 foices, ou, nas palavras de JJ, três tiros no porta aviões: Champions, Liga Europa, Taça de Portugal.
Relativamente ao jogo de ontem, é triste e custoso, mas não posso deixar de registar que começam a ser casos a mais. Não gosto. Nunca gostei de ver vitórias assim.O golo é precedido de fora-de-jogo inequívoco. Não é no limite, e também aqui não vale o argumento sobejamente usado por outros em tempos recentes, dos movimentos contrários de defesa e avançado. É um erro pouco compreensível.
Começa a fartar falar de futebol nestas circunstâncias.
sexta-feira, dezembro 19
Segundo fracasso da época para o Benfica.
A eliminação de hoje só pode ter deixado todos os benfiquistas frustrados. A equipa fez uma boa exibição, com muitas ausências importantes, num plantel que, assim, fica ao nível de um Braga competente e com alguma qualidade individual.
Muitas ocasiões de golo e uma brilhante exibição do guarda-redes bracarense, mais dois erros infantis da defesa encarnada, foram a receita do jogo de hoje.
Mas uma coisa é certa, o Benfica está fora da festa da Taça de Portugal. Depois da eliminação europeia, este falhanço deixa a equipa apenas com o campeonato pela frente, competição que deverá oferecer apenas mais 3 ou 4 jogos com adversários de qualidade (na Taça sempre poderia haver mais um encontro com o SCP). Uma época estranha.
A comparação que alguns fazem entre este jogo e o do passado Domingo (invertendo a lógica da sorte do jogo) não faz qualquer sentido. O Benfica de hoje foi muito mais superior ao Braga do que o FCP aos encarnados.
Já se sabia que esta época as coisas seriam bem mais complicadas na medida em que a qualidade deste plantel é bem inferior à do plantel do ano passado. E sem contar com Luisão, Sílvio, Eliseu, Fejsa, Amorim, Enzo, Sálvio e Samaris, as opções principais são as de hoje: Almeida a lateral direito, centrais Jardel e César, Cristante (bom jogo, contudo), Pizzi (muito mal), Ola, Derlei, ou Tiago. Pode não ser mau, mas equilibra bem com um Braga e depois a bola é redonda.
Bom jogo, com uma arbitragem que me pareceu positiva.
Muitas ocasiões de golo e uma brilhante exibição do guarda-redes bracarense, mais dois erros infantis da defesa encarnada, foram a receita do jogo de hoje.
Mas uma coisa é certa, o Benfica está fora da festa da Taça de Portugal. Depois da eliminação europeia, este falhanço deixa a equipa apenas com o campeonato pela frente, competição que deverá oferecer apenas mais 3 ou 4 jogos com adversários de qualidade (na Taça sempre poderia haver mais um encontro com o SCP). Uma época estranha.
A comparação que alguns fazem entre este jogo e o do passado Domingo (invertendo a lógica da sorte do jogo) não faz qualquer sentido. O Benfica de hoje foi muito mais superior ao Braga do que o FCP aos encarnados.
Já se sabia que esta época as coisas seriam bem mais complicadas na medida em que a qualidade deste plantel é bem inferior à do plantel do ano passado. E sem contar com Luisão, Sílvio, Eliseu, Fejsa, Amorim, Enzo, Sálvio e Samaris, as opções principais são as de hoje: Almeida a lateral direito, centrais Jardel e César, Cristante (bom jogo, contudo), Pizzi (muito mal), Ola, Derlei, ou Tiago. Pode não ser mau, mas equilibra bem com um Braga e depois a bola é redonda.
Bom jogo, com uma arbitragem que me pareceu positiva.
domingo, dezembro 14
Benfica ganha em toda a linha.

Jesus, finalmente, de pé no Dragão. Jogo muito parecido com o de há dois anos mas com o factor sorte a pender para o lado dos encarnados. O Benfica quis um resultado e jogou para isso.
Destaque óbvio para Lima, também. O brasileiro merece mais do que ninguém estes dois golos e, quem sabe, alguns benfiquistas vão passar a lavar a boca antes de se referirem ao ponta-de-lança.
Talisca, mais um bom jogo. Enzo, soberbo, e Samaris talvez no seu melhor jogo. Almeida sempre presente, Maxi, como o vinho do Porto, dupla de centrais impecável. Júlio César tem muita qualidade e acima de tudo dá segurança à equipa.
Com os empates do Sporting e Guimarães, esta foi uma fantástica jornada para o Benfica.
Que belo Natal. Mas falta muito, ainda.
sábado, dezembro 13
Simples! vencerá o menos teimoso
Se
já vem apelidado de Jogo do Ano é porque dispensa apresentações. Mas
será bem assim ou valerá a pena compreender as razões que fazem do
Porto-Benfica de domingo o jogo que marcará a época? É que se excluirmos
o chavão que reza que o próximo jogo é o mais importante, que outros
argumentos levarão a que os próximos jogos - ou pelo menos a jornada 14,
jogada ainda em dezembro - não sejam tão ou mais importantes que o
Clássico? Vai outro chavão? São três pontos, não? Mas, conclusões
semânticas à parte, qualquer confronto entre águias e dragões vale, por
estas alturas, mentalmente o seu peso em 'ouro'. Isto porque qualquer
deslize invalidará na opinião pública e própria aquilo que 'se andou a
fazer' até 14 de dezembro. Uma vitória implicará uma saída em ombros.
Uma derrota implicará uma saída envergonhada e difícil de digerir. Isto,
nem que as equipas estejam bastante próximas uma da outra em termos de
qualidade.
Já assim foi no clássico do título em 2013. Dois dos melhores conjuntos portugueses da década decidiram o trabalho de uma época nos detalhes. Já nos princípios de 2014, a diferença dos encarnados para a concorrência foi tão desnivelada que qualquer encontro imediato só serviu para confirmar uma ideia que se tornou patente em todos os outros jogos: o Benfica era demasiado superior à concorrência e tratou de o provar na Luz não dando hipóteses a FC Porto e Sporting. Daí que os clássicos sejam 'utilizados' para se aferir a supremacia de uma equipa em detrimento da outra. No Dragão não será diferente, quando pelo seu relvado águias e dragões mostrarem as suas valências e incapacidades.
Mas, então, o que será que esta nova edição trará diferente? Bem, desde logo, o regresso do 'melhor Benfica' ao anfiteatro do FC Porto será uma realidade. Se na passada época Jesus protegeu sempre o seu 'onze de gala' nas idas ao Dragão, desta vez Gaitán e Enzo não se poderão esconder. Já lá não estão Oblak, Garay e Markovic, mas estarão lá, certamente, Talisca e Jonas, no confronto que também marcará o regresso de Jesus a uma indefinição ideológica. É que se lembrarmos que até com segundas-linhas o Benfica deu, na passada terça-feira, uma lição de como bem defender frente ao Bayer Leverkusen, não será de duvidar que o controle defensivo será uma das valências que se vislumbrarão nos encarnados. Porém, será a arte de bem defender suficiente para triunfar no Dragão?
Mesmo que não se saiba, tudo parece apontar para que organização defensiva seja um momento-chave no plano de JJ. O empate ser um resultado que mantém distâncias parece também confirmar a hipótese. E se, quisermos ir ainda mais longe, a pouca capacidade dos azuis e brancos para jogarem 'entre-linhas' - no interior do bloco adversário - parece manter o timoneiro encarnado bem confortável em relação a passar a maior parte do jogo sem bola. Contudo, também assim foi em maio de 2013 e a ideia acabou por ver-se traída no último suspiro portista. E assim sendo, outra questão essencial (se Jesus apostar mesmo numa dinâmica mais conservadora) acabará por ser mesmo se este FC Porto tem a capacidade para contornar a boa organização do campeão nacional.
Sabe-se que o Porto de Vítor Pereira tinha. Mas sabe-se também que esse é um Porto que já faz parte do passado e que só no Museu pode ser revisitado. No entanto, uma espreitadela aos processos dos bi-campeões (não incluímos aqui a época de AVB pelo facto do modelo ser diferente) sugerem que o futebol actual, de Lopetegui, é bem distinto do 'Porto VP'. Desde logo pelos processos defensivos e, desde logo também, pelo facto dos processos ofensivos não permitirem que a defensiva seja tão organizada. Sim, o futebol é como um todo. E neste caso a hiperbolizada largura do 'Lopi Team' não deixa a equipa encurtar o campo ao adversário e com isso proteger a sua linha defensiva das transições adversárias. Não é um FC Porto incompetente nesse aspecto, mas também não é um 'Porto 5 estrelas' como aquele que dançava entre todos os momentos do jogo com uma confiança notável. Daí que seja pertinente afiançar que quanto mais a estratégia de Jesus visar recuperações 'altas' (mais perto da baliza de Fabiano) mais o Dragão pode sofrer, da mesma maneira que quanto mais Lopetegui visar o jogo-interior mais hipóteses terá o FC Porto de destapar caminhos até à baliza de Júlio César. Duas teimosias de cada timoneiro com o futebol a oferecer hipótese de redenção. Ainda dizem que ele é injusto...
Já assim foi no clássico do título em 2013. Dois dos melhores conjuntos portugueses da década decidiram o trabalho de uma época nos detalhes. Já nos princípios de 2014, a diferença dos encarnados para a concorrência foi tão desnivelada que qualquer encontro imediato só serviu para confirmar uma ideia que se tornou patente em todos os outros jogos: o Benfica era demasiado superior à concorrência e tratou de o provar na Luz não dando hipóteses a FC Porto e Sporting. Daí que os clássicos sejam 'utilizados' para se aferir a supremacia de uma equipa em detrimento da outra. No Dragão não será diferente, quando pelo seu relvado águias e dragões mostrarem as suas valências e incapacidades.
Mas, então, o que será que esta nova edição trará diferente? Bem, desde logo, o regresso do 'melhor Benfica' ao anfiteatro do FC Porto será uma realidade. Se na passada época Jesus protegeu sempre o seu 'onze de gala' nas idas ao Dragão, desta vez Gaitán e Enzo não se poderão esconder. Já lá não estão Oblak, Garay e Markovic, mas estarão lá, certamente, Talisca e Jonas, no confronto que também marcará o regresso de Jesus a uma indefinição ideológica. É que se lembrarmos que até com segundas-linhas o Benfica deu, na passada terça-feira, uma lição de como bem defender frente ao Bayer Leverkusen, não será de duvidar que o controle defensivo será uma das valências que se vislumbrarão nos encarnados. Porém, será a arte de bem defender suficiente para triunfar no Dragão?
Mesmo que não se saiba, tudo parece apontar para que organização defensiva seja um momento-chave no plano de JJ. O empate ser um resultado que mantém distâncias parece também confirmar a hipótese. E se, quisermos ir ainda mais longe, a pouca capacidade dos azuis e brancos para jogarem 'entre-linhas' - no interior do bloco adversário - parece manter o timoneiro encarnado bem confortável em relação a passar a maior parte do jogo sem bola. Contudo, também assim foi em maio de 2013 e a ideia acabou por ver-se traída no último suspiro portista. E assim sendo, outra questão essencial (se Jesus apostar mesmo numa dinâmica mais conservadora) acabará por ser mesmo se este FC Porto tem a capacidade para contornar a boa organização do campeão nacional.
Sabe-se que o Porto de Vítor Pereira tinha. Mas sabe-se também que esse é um Porto que já faz parte do passado e que só no Museu pode ser revisitado. No entanto, uma espreitadela aos processos dos bi-campeões (não incluímos aqui a época de AVB pelo facto do modelo ser diferente) sugerem que o futebol actual, de Lopetegui, é bem distinto do 'Porto VP'. Desde logo pelos processos defensivos e, desde logo também, pelo facto dos processos ofensivos não permitirem que a defensiva seja tão organizada. Sim, o futebol é como um todo. E neste caso a hiperbolizada largura do 'Lopi Team' não deixa a equipa encurtar o campo ao adversário e com isso proteger a sua linha defensiva das transições adversárias. Não é um FC Porto incompetente nesse aspecto, mas também não é um 'Porto 5 estrelas' como aquele que dançava entre todos os momentos do jogo com uma confiança notável. Daí que seja pertinente afiançar que quanto mais a estratégia de Jesus visar recuperações 'altas' (mais perto da baliza de Fabiano) mais o Dragão pode sofrer, da mesma maneira que quanto mais Lopetegui visar o jogo-interior mais hipóteses terá o FC Porto de destapar caminhos até à baliza de Júlio César. Duas teimosias de cada timoneiro com o futebol a oferecer hipótese de redenção. Ainda dizem que ele é injusto...
domingo, dezembro 7
Benfica 3 - Belenenses 0
Não me apetece falar do jogo.
O "caso" Miguel Rosa e Deyverson tirou-me toda a vontade. Qualquer análise fica inquinada por isto.
Da mesma forma que num passado não muito distante me insurgi contra lesões fantasma de alguns jogadores emprestados, não posso, por coerência, estar de acordo e muito menos fingir, que isto não aconteceu. Não é por mudar a cor da camisola que a opinião deve mudar.
Uma ver-go-nha!
quinta-feira, dezembro 4
Bola de ouro
Mais um ano, mais uma polémica.
Um troféu outrora bastante prestigiado parece estar a cair mas malhas do clientelismo.
Não escondo que gostaria, por sentido patriótico, que Ronaldo vencesse a bola de ouro. E talvez por causa disso estou mesmo convicto que foi o melhor de 2014.
O ano passado Blatter foi um palhaço. Este ano Platini tenta novamente mover a sua influência. Triste. Se é inegável que qualquer um deles tem direito à opinião, também é inegável que quem ocupa determinados cargos deveria usar de uma certa reserva. Ficava melhor darem a sua opinião depois de tudo decidido.
Esta semana soube-se quem eram os 3 finalistas, mas, curiosamente ou não, há umas semanas, Neuer já dava a entender que faria parte do trio, ao dizer que não poderia ganhar a bola de outro porque não posava em cuecas, numa clara indirecta a CR7. Será que ele já sabia que ia fazer parte do trio? hummm...
Porque é que este ano deve ganhar um alemão e em 2010 não ganhou um espanhol e ninguém veio para a comunicação social barafustar? É porque em 2010 a coisa estava clara para o Messi? mesmo depois da Espanha ter ganho um Euro e um Mundial? Mas será que sempre que CR7 está na pole-position há sempre uma polémica para ensombrar a vitória? O ano passado era Ribery, este ano tem que ser um alemão...
Se CR7 e Messi são inequívocos, porquê Neuer e não, por exemplo Thomas Muller? será que o guarda-redes deu mais nas vistas que o médio/avançado? Quem lançou Neuer na corrida? Os votos? ahahah, alguém se lembra daqueles treinadores que disseram que votaram em Mourinho e os votos apareceram noutro treinador? Houve investigação? nein...
domingo, novembro 30
Académica - Benfica 2
O Benfica entrou muito forte e logo aos 8' na sequência de um lance bem executado por Enzo e Gaitán, chegou ao golo com naturalidade.
Durante a primeira parte podia ter feito mais um ou dois golos que só não surgiram por azar ou falta de discernimento na hora de rematar.
Há um fora de jogo do Luisão no lance do 2º golo. Se tivesse sido em bola corrida, admitia. De bola parada não é admissível um erro destes.
Na segunda parte a toada foi mais morna, mas sempre com o Benfica a controlar. O Benfica marcou o ritmo do jogo e conseguiu controlar o adversário em todos os momentos. A Académica não teve qualquer oportunidade de golo.
Pese embora tudo isto, há que ter em conta que jogamos contra uma das mais fracas equipas do campeonato, e como tal não é motivo para embandeirar em arco, bem pelo contrário. O Benfica continua a demonstrar que é substancialmente mais fraco que na época passada e que perdeu muita, mas mesmo muita qualidade.
Samaris ainda está deslocado, falha passes, intercepções, ainda não atinou com o ritmo de jogo, enfim, ainda não tem condições para se afirmar.
Luisão continua absolutamente inqualificável no passe. Hoje dei-me ao trabalho de reparar mais nele, e se no passe longo é incrivelmente mau, no passo curto é exímio a colocar os colegas em situações de perigo, para não falar da força com que faz os passes.
Gaitán tem carregado a equipa. Jonas é muito bom. Talisca hoje não esteve em Coimbra. Vão valendo os resultados...
Há um fora de jogo do Luisão no lance do 2º golo. Se tivesse sido em bola corrida, admitia. De bola parada não é admissível um erro destes.
Na segunda parte a toada foi mais morna, mas sempre com o Benfica a controlar. O Benfica marcou o ritmo do jogo e conseguiu controlar o adversário em todos os momentos. A Académica não teve qualquer oportunidade de golo.
Pese embora tudo isto, há que ter em conta que jogamos contra uma das mais fracas equipas do campeonato, e como tal não é motivo para embandeirar em arco, bem pelo contrário. O Benfica continua a demonstrar que é substancialmente mais fraco que na época passada e que perdeu muita, mas mesmo muita qualidade.
Samaris ainda está deslocado, falha passes, intercepções, ainda não atinou com o ritmo de jogo, enfim, ainda não tem condições para se afirmar.
Luisão continua absolutamente inqualificável no passe. Hoje dei-me ao trabalho de reparar mais nele, e se no passe longo é incrivelmente mau, no passo curto é exímio a colocar os colegas em situações de perigo, para não falar da força com que faz os passes.
Gaitán tem carregado a equipa. Jonas é muito bom. Talisca hoje não esteve em Coimbra. Vão valendo os resultados...
sexta-feira, novembro 28
Portugueses na Europa do futebol.
A prestação das equipas portuguesas, não está a ser muito positiva mas, confesso, poderá não ser tão má como temia.
Entre o mau e o péssimo, fica o Rio Ave. Zero vitórias, apenas um pontinho e o afastamento à quarta jornada. A inexperiência não explicará tudo e os vila-condenses até estão a fazer um campeonato interessante (sétimo lugar).
No medíocre está o Benfica. O grupo era equilibrado e tinha um Leverkusen que será a terceira melhor equipa germânica da actualidade (e um bom colectivo e individualidades). O Zenit é um clube que, basicamente, tem alguns dos melhores jogadores que passaram pelo Benfica nos últimos anos. Colectivamente não são fortes como os alemães mas, quem tem Garay, Javi, Witsel, Arshavin, Malafeyev, Fayzulin e Hulk é sempre um adversário poderoso. O Mónaco, mesmo sem James e Falcao, continua a ter um plantel cheio de qualidade.
Contudo, em campo, o Benfica foi sempre uma equipa sem qualidade de Champions. O jogo na Rússia foi apenas razoável e terá sido o melhor. Falta qualidade individual alternativa a Lima, Sálvio, Enzo e Luisão. No ano passado, lembro-me de alguns bancos simplesmente fantásticos. Este ano, a coisa é muito diferente.
Se a culpa é de Jesus? O treinador do Benfica continuará a ser o mesmo teimoso de sempre, a cometer os mesmo erros de sempre. Mas continuará também a ser o mais indicado para trabalhar com a falta de critério da direcção do clube. Um outro treinador, provavelmente, seria incapaz de, sequer, liderar o campeonato.
Jesus adapta-se bem às inconveniências e o seu trabalho tem de ser avaliado também por isso. Até ao fim da época não faz sentido contestar grande coisa.
De razoável, até bom: Estoril. Com o jogo de ontem bem encaminhado, os canarinhos somarão a segunda vitória, mantendo possível o apuramento. Muito difícil, mesmo assim, mas se chegar à última jornada com essa possibilidade, significa que alguma coisa foi bem feita.
Dentro do bom, está o Sporting: não tivesse o Maribor marcado aquele golo no último minuto do primeiro jogo e o clube de Alvalade poderia estar já nos oitavos. O acesso à Liga Europa não é uma surpresa, por si só. Mas o comportamento geral da equipa foi algo surpreendente, com uma razoável exibição frente ao poderoso Chelsea, e duas muito boas contra os alemães do Shalke 04. Na última jornada, bastará um empate ao Sporting, mas o Shalke terá sempre de vencer o seu jogo, o que não é líquido.
E há o muito bom: o FCP. Lopetegui tem enfrentado alguma resistência dentro do clube e os adeptos estão no limbo. Contudo, na maior prova de clubes do mundo, o FCP deu cartas, marcando 15 golos em cinco jogos e cedendo apenas um empate, fora, contra a segunda melhor equipa do grupo.
Entre o mau e o péssimo, fica o Rio Ave. Zero vitórias, apenas um pontinho e o afastamento à quarta jornada. A inexperiência não explicará tudo e os vila-condenses até estão a fazer um campeonato interessante (sétimo lugar).
No medíocre está o Benfica. O grupo era equilibrado e tinha um Leverkusen que será a terceira melhor equipa germânica da actualidade (e um bom colectivo e individualidades). O Zenit é um clube que, basicamente, tem alguns dos melhores jogadores que passaram pelo Benfica nos últimos anos. Colectivamente não são fortes como os alemães mas, quem tem Garay, Javi, Witsel, Arshavin, Malafeyev, Fayzulin e Hulk é sempre um adversário poderoso. O Mónaco, mesmo sem James e Falcao, continua a ter um plantel cheio de qualidade.
Contudo, em campo, o Benfica foi sempre uma equipa sem qualidade de Champions. O jogo na Rússia foi apenas razoável e terá sido o melhor. Falta qualidade individual alternativa a Lima, Sálvio, Enzo e Luisão. No ano passado, lembro-me de alguns bancos simplesmente fantásticos. Este ano, a coisa é muito diferente.
Se a culpa é de Jesus? O treinador do Benfica continuará a ser o mesmo teimoso de sempre, a cometer os mesmo erros de sempre. Mas continuará também a ser o mais indicado para trabalhar com a falta de critério da direcção do clube. Um outro treinador, provavelmente, seria incapaz de, sequer, liderar o campeonato.
Jesus adapta-se bem às inconveniências e o seu trabalho tem de ser avaliado também por isso. Até ao fim da época não faz sentido contestar grande coisa.
De razoável, até bom: Estoril. Com o jogo de ontem bem encaminhado, os canarinhos somarão a segunda vitória, mantendo possível o apuramento. Muito difícil, mesmo assim, mas se chegar à última jornada com essa possibilidade, significa que alguma coisa foi bem feita.
Dentro do bom, está o Sporting: não tivesse o Maribor marcado aquele golo no último minuto do primeiro jogo e o clube de Alvalade poderia estar já nos oitavos. O acesso à Liga Europa não é uma surpresa, por si só. Mas o comportamento geral da equipa foi algo surpreendente, com uma razoável exibição frente ao poderoso Chelsea, e duas muito boas contra os alemães do Shalke 04. Na última jornada, bastará um empate ao Sporting, mas o Shalke terá sempre de vencer o seu jogo, o que não é líquido.
E há o muito bom: o FCP. Lopetegui tem enfrentado alguma resistência dentro do clube e os adeptos estão no limbo. Contudo, na maior prova de clubes do mundo, o FCP deu cartas, marcando 15 golos em cinco jogos e cedendo apenas um empate, fora, contra a segunda melhor equipa do grupo.
quarta-feira, novembro 26
Benfica out.
Não há volta a dar. O Benfica de Jorge Jesus marca passo na Europa dos grandes e todas as desculpas que se arranjem valem zero. É preciso, contudo, reconhecer que este Benfica acabou por ser o mais óbvio. Falta qualidade individual, quando comparado com os adversários.
A época vai no início, e convém não desmoralizar apenas porque não cumprimos este objectivo. A época passada deixou o mundo benfiquista em êxtase mas há que descer à terra.
Continuo a considerar que o campeonato é o mais importante objectivo da equipa e aquele que não pode mesmo fugir.
Já agora, deixem-se de Liga Europa, por favor. E metam o Jonas.
Entretanto, parabéns ao Sporting pela boa prestação europeia. O grupo não se compara com o do Benfica mas já fomos de vela com os Shalkes e Maribors desta vida.
A época vai no início, e convém não desmoralizar apenas porque não cumprimos este objectivo. A época passada deixou o mundo benfiquista em êxtase mas há que descer à terra.
Continuo a considerar que o campeonato é o mais importante objectivo da equipa e aquele que não pode mesmo fugir.
Já agora, deixem-se de Liga Europa, por favor. E metam o Jonas.
Entretanto, parabéns ao Sporting pela boa prestação europeia. O grupo não se compara com o do Benfica mas já fomos de vela com os Shalkes e Maribors desta vida.
segunda-feira, novembro 10
Curtas antes de nova paragem do campeonato.
1. Vi apenas os primeiros 45 minutos do jogo e penso que a exibição do Benfica foi q.b., apesar de tudo. Jogar na Choupana é sempre difícil mas a equipa, como na época passada, reagiu muito bem a um golo sofrido nos primeiros instantes do jogo. Na verdade, não fossem alguns falhanços claros, os encarnados podiam ter chegado ao intervalo com dois ou três golos de vantagem.
Na segunda parte, pelas alterações feitas, deduz-se que Jesus quis defender os três pontos. Não sei se o conseguiu com tranquilidade mas pelo que li o Nacional teve algumas oportunidades. A mais clara delas todas terá sido o lance erradamente invalidado por fora-de-jogo. Lance rápido mas inadmissível de se falhar. Benefício claro para o Benfica neste lance que terá sido o único em 90 minutos.
2. Sporting a perder pontos e duas teorias (ou três, até). "Fomos roubados", "não jogamos um chavo" ou "não jogamos um charuto e fomos roubados". Se as queixas de Marco Silva se referem ao lance anulado a Montero, não as entendo. Slimani faz-se claramente ao lance, com interferência no mesmo. Foi uma boa decisão, parece-me. Os sportinguistas devem estar preocupados com os maus resultados, mas continuo a achar que a Liga dos Campeões é o foco de muitos dos jogadores e esse é o principal motivo da falta de empenho que tantos adeptos não têm visto em campo.
3. Na Amoreira o FCP voltou a perder pontos e desta vez até teve muita sorte em levar um para cima - penálti claro por assinalar contra. Que o plantel está cheio de qualidade, ninguém duvida. Só aquele Brahimi, mais o Jackson, quase que chegam. Mas o futebol apresentado continua demasiado confuso, com laterais pouco activos e muito afunilamento das jogadas e alguma cerimónia na hora de rematar à baliza.
Queremos mais esclarecimentos sobre os "apertos" dados ao jogador do Estoril no túnel. Mesmo que tenham sido iguais às agressões do além do Cardozo em Braga há uns anos, ou seja, inexistentes, já deve dar para alguém ser castigado.
Na segunda parte, pelas alterações feitas, deduz-se que Jesus quis defender os três pontos. Não sei se o conseguiu com tranquilidade mas pelo que li o Nacional teve algumas oportunidades. A mais clara delas todas terá sido o lance erradamente invalidado por fora-de-jogo. Lance rápido mas inadmissível de se falhar. Benefício claro para o Benfica neste lance que terá sido o único em 90 minutos.
2. Sporting a perder pontos e duas teorias (ou três, até). "Fomos roubados", "não jogamos um chavo" ou "não jogamos um charuto e fomos roubados". Se as queixas de Marco Silva se referem ao lance anulado a Montero, não as entendo. Slimani faz-se claramente ao lance, com interferência no mesmo. Foi uma boa decisão, parece-me. Os sportinguistas devem estar preocupados com os maus resultados, mas continuo a achar que a Liga dos Campeões é o foco de muitos dos jogadores e esse é o principal motivo da falta de empenho que tantos adeptos não têm visto em campo.
3. Na Amoreira o FCP voltou a perder pontos e desta vez até teve muita sorte em levar um para cima - penálti claro por assinalar contra. Que o plantel está cheio de qualidade, ninguém duvida. Só aquele Brahimi, mais o Jackson, quase que chegam. Mas o futebol apresentado continua demasiado confuso, com laterais pouco activos e muito afunilamento das jogadas e alguma cerimónia na hora de rematar à baliza.
Queremos mais esclarecimentos sobre os "apertos" dados ao jogador do Estoril no túnel. Mesmo que tenham sido iguais às agressões do além do Cardozo em Braga há uns anos, ou seja, inexistentes, já deve dar para alguém ser castigado.
quinta-feira, novembro 6
20 anos é muito tempo.
Na capa do Record podemos ver hoje a exaltação por um excelente triunfo leonino conquistado frente a uma equipa alemã. Não sei se foi brilhante como o título garrafal afirma. Mas isso não interessa.
O que interessa é haver algum controlo emocional de quem escreve nas redacções. Todos temos clubes da nossa preferência e, até por esse motivo, no desempenho das suas funções, devem os jornalistas ter cuidados redobrados na informação que prestam - caso contrário vai parecer que a emoção lhes toldou a razão e que se estão a comportar como um simples adepto.
Diz assim na capa de hoje do jornal Record: "Há 20 anos que uma equipa portuguesa não marcava 4 golos a um adversário alemão". Numa realidade paralela, certamente.
Na nossa realidade, Benfica e FCP são equipas portuguesas e o Hamburger SV e o Hertha BSC, alemãs. Também na nossa realidade, o Benfica em 2010 derrotou os alemães por 4-0, e os portistas, em 2006, venceram por 4-1. Bem sei que até o Postiga marcou um golo, mas o jogo aconteceu mesmo.
Vibrem com as vitórias, mas escondam os cachecóis.
O que interessa é haver algum controlo emocional de quem escreve nas redacções. Todos temos clubes da nossa preferência e, até por esse motivo, no desempenho das suas funções, devem os jornalistas ter cuidados redobrados na informação que prestam - caso contrário vai parecer que a emoção lhes toldou a razão e que se estão a comportar como um simples adepto.
Diz assim na capa de hoje do jornal Record: "Há 20 anos que uma equipa portuguesa não marcava 4 golos a um adversário alemão". Numa realidade paralela, certamente.
Na nossa realidade, Benfica e FCP são equipas portuguesas e o Hamburger SV e o Hertha BSC, alemãs. Também na nossa realidade, o Benfica em 2010 derrotou os alemães por 4-0, e os portistas, em 2006, venceram por 4-1. Bem sei que até o Postiga marcou um golo, mas o jogo aconteceu mesmo.
Vibrem com as vitórias, mas escondam os cachecóis.
Doutrina de 'Lopi' silencia Catedral
Ficaria bem em qualquer filme: A cerimónia decorre em silêncio, apática até, e, de repente, ouve-se um estrondo. A porta que protegia os crentes do temporal abre-se, a água entra pelo chão mas as pessoas parecem, ainda, não se importar. Chama-lhes a atenção uma sombra: - É ele?! perguntam os mais desatentos. - Claro que é ele! afirmam os experientes. - Queriam que fosse quem?! isto está marcado desde o fim de agosto, exclama Ernesto Valverdo enquanto, de soslaio, se escapa. Julen Lopetegui é o homem de quem todos falam. Ele, e o seu exército de dragões, entram pela Catedral de San Mamés adentro. Julen, só pára no púlpito, de onde Valverde já tinha fugido. A partir daí o segue-se um monólogo. Um estranho monólogo, sem reacção por parte de um povo que fica estranhamente apático. Nota-se-lhes uma certa faísca nos olhos, uma vontade, pelo menos, mas o corpo, a boca principalmente, não tem reacção. Lopetegui fala à esquerda, fala à direita, exclama para o ar e para o chão. Mais forte em tudo, a sua ideia retirou os opositores da Catedral e ficou livre para conquistá-la. Um discurso imponente mas superiormente ajudado por vários disparos de fogo dos dragões que o acompanhavam. Dois deles (Jackson e Brahimi) acabaram por ser decisivos para a conquista de Bilbao. Seguem-se agora ucranianos e bielorrussos, antes do aguardado prato principal: os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
Esta é, claro, a versão cinematográfica de um reencontro (Athletic- Porto) que trouxe novamente ao de cima uma das melhores facetas do 'Lopi Team'. Fora de casa, como no início da época frente ao Lille, os dragões já haviam mostrado uma maturidade competitiva que lhes permitia sonhar com o triunfo em qualquer lugar. E mesmo com as indecisões seguintes (Guimarães e Alvalade) as réplicas não foram de todo criticadas como haviam sido os desempenhos caseiros frente a Boavista e Sporting - este último para a Taça de Portugal. Uma virtude que terá de ser enaltecida, visto que essa vontade, coragem e sobretudo capacidade (muitos o querem, poucos o conseguem) em muitas épocas de Europa não acompanha os portistas. Recorde-se por exemplo a época gloriosa de Vítor Pereira, a segunda, onde em Paris e em Málaga o dragão nunca se conseguiu impor. Mas, adiante, com esta facilidade ninguém sonharia. Daí que o Athletic, o rival que mais assustava no Grupo H, tenha passado imediatamente de 'coco' a... brinde.
Isto porque o Porto tem essa capacidade, é verdade. Isso e jogadores que colam o pé à bola. Alguns deles, até, fazem mais do que isso. De tal modo que acabou por ser delicioso ver Jackson e Brahimi, segurarem, rodarem, caírem, levantarem-se e começaren tudo de novo até que o mais importante se deu. Se durante toda a primeira-parte a constante e habitual mudança de flanco dos portistas deu cabo dos rins de uns bascos que se posicionavam para pressionar (campo curto) mas sem vontade de o fazer (nunca se terá visto em casa um Athletic tão insosso), deixando todo o outro lado destapado para as investidas do dragão. Foi assim que o argelino atraía para a ala esquerda, foi assim que Óliver virava o jogo, que Danilo aparecia e cruzava e que Jackson falhava à beira do golo. E o jogo até nem corria de feição ao colombiano. A confirmá-lo esteve, pela enésima vez, uma grande penalidade ganha por uma simulação de Danilo. O engano do árbitro da partida deu oportunidade ao Cha Cha Cha de demonstrar de novo porque um penálti não é uma boa notícia para o FC Porto.
Tudo isto numa primeira metade onde os dragões foram bastante superiores e onde o mesmo Jackson, e Martins Indi na mesma bola, tiveram oportunidade para desfeitear Iraizoz, assim como Brahimi e Maicon assustaram a Catedral, e de que maneira, depois de dois livres frontais. Estava lançada a primeira cartada de um FC Porto que esperou, no segundo tempo, pela resposta. Valverde já se habituou à boa maneira 'basca' de fazer duas alteraçoes ao intervalo. Claro que resta-lhe agora aprender que o truque (de lançar Muniain e Iraola, dando a posição '10' a De Marcos) não resulta sempre. Ainda assim os bascos subiram, um pouco, as linhas e conseguiram maior presença no meio-campo portista. Isto até Brahimi se lembrar de Arouca e fazer do último terço dos bascos uma entrada para a auto-estrada antes de servir Jackson no primeiro golo. Definitivamente a noite era dos portistas. O sistema funcionava de novo e os fantasmas passavam para o outro lado. E qual FC Porto intranquilo e inseguro, o Athletic até acabou por oferecer o segundo golo a quem mais o mereceu: atraso de Laporte para Iraizoz (GR), pé furado, recepção falhada, e Brahimi livre para encostar. É verdade! é oficial: A maldição ficou no País Basco e Valverde é o novo Lopetegui.
Esta é, claro, a versão cinematográfica de um reencontro (Athletic- Porto) que trouxe novamente ao de cima uma das melhores facetas do 'Lopi Team'. Fora de casa, como no início da época frente ao Lille, os dragões já haviam mostrado uma maturidade competitiva que lhes permitia sonhar com o triunfo em qualquer lugar. E mesmo com as indecisões seguintes (Guimarães e Alvalade) as réplicas não foram de todo criticadas como haviam sido os desempenhos caseiros frente a Boavista e Sporting - este último para a Taça de Portugal. Uma virtude que terá de ser enaltecida, visto que essa vontade, coragem e sobretudo capacidade (muitos o querem, poucos o conseguem) em muitas épocas de Europa não acompanha os portistas. Recorde-se por exemplo a época gloriosa de Vítor Pereira, a segunda, onde em Paris e em Málaga o dragão nunca se conseguiu impor. Mas, adiante, com esta facilidade ninguém sonharia. Daí que o Athletic, o rival que mais assustava no Grupo H, tenha passado imediatamente de 'coco' a... brinde.
Isto porque o Porto tem essa capacidade, é verdade. Isso e jogadores que colam o pé à bola. Alguns deles, até, fazem mais do que isso. De tal modo que acabou por ser delicioso ver Jackson e Brahimi, segurarem, rodarem, caírem, levantarem-se e começaren tudo de novo até que o mais importante se deu. Se durante toda a primeira-parte a constante e habitual mudança de flanco dos portistas deu cabo dos rins de uns bascos que se posicionavam para pressionar (campo curto) mas sem vontade de o fazer (nunca se terá visto em casa um Athletic tão insosso), deixando todo o outro lado destapado para as investidas do dragão. Foi assim que o argelino atraía para a ala esquerda, foi assim que Óliver virava o jogo, que Danilo aparecia e cruzava e que Jackson falhava à beira do golo. E o jogo até nem corria de feição ao colombiano. A confirmá-lo esteve, pela enésima vez, uma grande penalidade ganha por uma simulação de Danilo. O engano do árbitro da partida deu oportunidade ao Cha Cha Cha de demonstrar de novo porque um penálti não é uma boa notícia para o FC Porto.
Tudo isto numa primeira metade onde os dragões foram bastante superiores e onde o mesmo Jackson, e Martins Indi na mesma bola, tiveram oportunidade para desfeitear Iraizoz, assim como Brahimi e Maicon assustaram a Catedral, e de que maneira, depois de dois livres frontais. Estava lançada a primeira cartada de um FC Porto que esperou, no segundo tempo, pela resposta. Valverde já se habituou à boa maneira 'basca' de fazer duas alteraçoes ao intervalo. Claro que resta-lhe agora aprender que o truque (de lançar Muniain e Iraola, dando a posição '10' a De Marcos) não resulta sempre. Ainda assim os bascos subiram, um pouco, as linhas e conseguiram maior presença no meio-campo portista. Isto até Brahimi se lembrar de Arouca e fazer do último terço dos bascos uma entrada para a auto-estrada antes de servir Jackson no primeiro golo. Definitivamente a noite era dos portistas. O sistema funcionava de novo e os fantasmas passavam para o outro lado. E qual FC Porto intranquilo e inseguro, o Athletic até acabou por oferecer o segundo golo a quem mais o mereceu: atraso de Laporte para Iraizoz (GR), pé furado, recepção falhada, e Brahimi livre para encostar. É verdade! é oficial: A maldição ficou no País Basco e Valverde é o novo Lopetegui.
terça-feira, novembro 4
Liga dos Campeões: Benfica 1 Mónaco 0.
Talisca é já um verdadeiro achado e continua a facturar a um ritmo impressionante. Há-de chegar a hora em que as pernas vão falhar, um momento menos bom, dificuldades. Mas o brasileiro continua a demonstrar muita qualidade, mesmo numa equipa pouco coesa e onde os processos defensivos e ofensivos não estão ainda bem definidos.
O jogo foi muito complicado, especialmente na segunda parte, onde o Mónaco foi superior. Contudo, na primeira parte o Benfica podia ter marcado dois ou três e acabou por cima do adversário. A vitória foi justa e merecida mas um empate era perfeitamente aceitável.
Os jogadores deram mais uma demonstração de entrega e, apesar de nunca ser suficiente, ajuda-os a estar mais perto do sucesso. Maxi esteve fantástico, Júlio César seguro e eficaz, Almeida com dificuldades (completamente deslocado da sua posição), Luisão sempre no sítio certo, Jardel com muita entrega apesar das limitações a nível de passe e de resolução eficaz de algumas jogadas, Enzo, pouco contundente, Samaris a fazer 35 minutos muito bons, assim como Gaitán. Sálvio demasiado ansioso mas quase sempre perigoso, Derlei lutador, gostei, mas precisa de jogar mais. Lima: não merece um único assobio, mas isso sou eu que vejo no brasileiro um verdadeiro profissional, super dedicado e empenhado.
Tudo em aberto na Liga dos Campeões mas tudo demasiado complicado, também. O jogo de hoje favoreceu as individualidades mas na Rússia o Benfica tem de se chegar à frente e conquistar os três pontos.
O jogo foi muito complicado, especialmente na segunda parte, onde o Mónaco foi superior. Contudo, na primeira parte o Benfica podia ter marcado dois ou três e acabou por cima do adversário. A vitória foi justa e merecida mas um empate era perfeitamente aceitável.
Os jogadores deram mais uma demonstração de entrega e, apesar de nunca ser suficiente, ajuda-os a estar mais perto do sucesso. Maxi esteve fantástico, Júlio César seguro e eficaz, Almeida com dificuldades (completamente deslocado da sua posição), Luisão sempre no sítio certo, Jardel com muita entrega apesar das limitações a nível de passe e de resolução eficaz de algumas jogadas, Enzo, pouco contundente, Samaris a fazer 35 minutos muito bons, assim como Gaitán. Sálvio demasiado ansioso mas quase sempre perigoso, Derlei lutador, gostei, mas precisa de jogar mais. Lima: não merece um único assobio, mas isso sou eu que vejo no brasileiro um verdadeiro profissional, super dedicado e empenhado.
Tudo em aberto na Liga dos Campeões mas tudo demasiado complicado, também. O jogo de hoje favoreceu as individualidades mas na Rússia o Benfica tem de se chegar à frente e conquistar os três pontos.
segunda-feira, novembro 3
domingo, novembro 2
Curtas.
Benfica
Ainda nem sequer vi o golo de Talisca mas aposto que mais uma vez o brasileiro deixou bem patente a importância que já tem na equipa de Jesus. E mesmo depois de treinador e presidente adversários terem defendido que o tal lance do ataque do Rio Ave foi bem anulado, já me fartei de rir com a teoria da linha torta, por não estar paralela à linha da grande área encarnada. Chama-se perspectiva e bastava que se dominasse um pouco do conceito "ponto de fuga" para se perceber que não valem todos os argumentos para se ganhar uma discussão, principalmente se forem uma demonstração de ignorância e estupidez.
Pelo que li, não é unânime que o Benfica esteja a jogar bem. É algo preocupante a aparente fragilidade defensiva mas, depois de Garay, haveria sempre lugar a um enorme vazio, de qualidade, de seriedade, de classe e de sobriedade. O meio-campo continua também pouco consistente mas, já se percebeu, muito tem contribuído para isso a "ausência" de Enzo.
Até Dezembro é importante que a equipa se mantenha na frente. Com mais ou menos qualidade, o que importa é vencer os jogos e esperar que os principais adversários percam pontos.
Sporting
Também não vi nada deste jogo mas pelo que li faltou tudo à equipa de Marco Silva. O Sporting está naquele patamar muito perigoso: tão depressa joga bem e ganha, como logo a seguir perde e não mostra nada. Eu penso que é natural, dada a pouca qualidade de alguns dos jogadores. Nani não vai ser sempre decisivo (apesar de estar a ser o melhor a par de Talisca e talvez Jackson) e do banco nunca sairá nada de muito consistente. Com a LC a bombar, a cabeça de alguns, dispersa-se, as pernas de outros, faltam.
Facadas
A impunidade que existe em alguns recintos do país é o mais assustador. Já todos nos habituámos à violência praticada em Guimarães e isso é o pior. As melhoras para as vítimas de um ataque cobarde (onde andam os punhos?, os mano-a-mano?, isso das navalhas é para maricas) e que sabemos que voltará a repetir-se, num estádio perto de si. Triste.
Nolito
Sempre aqui defendi o espanhol. Defini-o vezes sem conta como sendo um dos jogadores mais inteligentes que já vi jogar. Jesus nunca foi à bola com o extremo e, mal pôde, despachou-o. Nem com os golos, nem com as assistências, nem sequer com a clara qualidade técnica e táctica que emprestava à equipa, o espanhol caíu no goto de JJ. O que fez em Barcelona (e o que tem feito), além de absolutamente delicioso, serviu apenas para os benfiquistas suspirarem de saudades.
Ainda nem sequer vi o golo de Talisca mas aposto que mais uma vez o brasileiro deixou bem patente a importância que já tem na equipa de Jesus. E mesmo depois de treinador e presidente adversários terem defendido que o tal lance do ataque do Rio Ave foi bem anulado, já me fartei de rir com a teoria da linha torta, por não estar paralela à linha da grande área encarnada. Chama-se perspectiva e bastava que se dominasse um pouco do conceito "ponto de fuga" para se perceber que não valem todos os argumentos para se ganhar uma discussão, principalmente se forem uma demonstração de ignorância e estupidez.
Pelo que li, não é unânime que o Benfica esteja a jogar bem. É algo preocupante a aparente fragilidade defensiva mas, depois de Garay, haveria sempre lugar a um enorme vazio, de qualidade, de seriedade, de classe e de sobriedade. O meio-campo continua também pouco consistente mas, já se percebeu, muito tem contribuído para isso a "ausência" de Enzo.
Até Dezembro é importante que a equipa se mantenha na frente. Com mais ou menos qualidade, o que importa é vencer os jogos e esperar que os principais adversários percam pontos.
Sporting
Também não vi nada deste jogo mas pelo que li faltou tudo à equipa de Marco Silva. O Sporting está naquele patamar muito perigoso: tão depressa joga bem e ganha, como logo a seguir perde e não mostra nada. Eu penso que é natural, dada a pouca qualidade de alguns dos jogadores. Nani não vai ser sempre decisivo (apesar de estar a ser o melhor a par de Talisca e talvez Jackson) e do banco nunca sairá nada de muito consistente. Com a LC a bombar, a cabeça de alguns, dispersa-se, as pernas de outros, faltam.
Facadas
A impunidade que existe em alguns recintos do país é o mais assustador. Já todos nos habituámos à violência praticada em Guimarães e isso é o pior. As melhoras para as vítimas de um ataque cobarde (onde andam os punhos?, os mano-a-mano?, isso das navalhas é para maricas) e que sabemos que voltará a repetir-se, num estádio perto de si. Triste.
Nolito
Sempre aqui defendi o espanhol. Defini-o vezes sem conta como sendo um dos jogadores mais inteligentes que já vi jogar. Jesus nunca foi à bola com o extremo e, mal pôde, despachou-o. Nem com os golos, nem com as assistências, nem sequer com a clara qualidade técnica e táctica que emprestava à equipa, o espanhol caíu no goto de JJ. O que fez em Barcelona (e o que tem feito), além de absolutamente delicioso, serviu apenas para os benfiquistas suspirarem de saudades.
segunda-feira, outubro 27
Jornada 8
O primeiro candidato ao título a entrar em acção foi o Porto, em Arouca. Jogo sem grande história, apesar do início prometedor dos homens da casa. Mas assim que o Porto abriu o marcador (com sorte, diga-se), foi um passeio. Estes 5-0, que correspondem também a uma aproximação ao líder, vão acalmar as hostes portistas.
A caminho do passeio parecia ir também o Sporting. 3-0 ao intervalo levaram a um excesso de confiança que poderia ter custado muito caro. Felizmente a equipa recuperou do desnorte que se instalou no início do segundo tempo e Montero tranquilizou os sportinguistas com um golo absolutamente fenomenal. Nani continua estonteante e João Mário cresce de jogo para jogo.
Para o fim ficou o jogo de maior cartaz da jornada, Braga-Benfica, que é normalmente um jogo quezilento e este não fugiu à regra. A arbitragem de Marco Ferreira foi bastante fraca, permitiu lances muito duros (Micael pateta) e falhou na grande área. Por exemplo, o lance de Lisandro e Pardo. Dois erros na mesma jogada. Fora-de-jogo de Pardo e, na sequência, falta claríssima de Lisandro sobre o colombiano. Penalty. Ainda pior foi a placagem a Gaitán já nos descontos. No meio disto tudo, quase nos esquecemos dos 3 belos golos que fizeram o conveniente resultado de 2-1 para os bracarenses, este ano com melhores argumentos. Vai ser muito difícil passar na Pedreira...
domingo, outubro 26
quinta-feira, outubro 23
Portugal na Europa.
Que explicação poderá ter tamanho falhanço das nossas equipas nas competições europeias? Na Liga Europa penso que em seis jogos apenas uma vitória, contra cinco derrotas (Estoril e Rio Ave), na Liga dos Campeões, Benfica e Sporting, juntos, com dois pontos. Apenas o FCP se tem destacado mas, mesmo os portistas não parecem muito convencidos.
A questão da fraca competitividade do nosso campeonato é antiga e se antes considerava que estaria no Top5, neste momento é mais para o fundo do Top10.
Entretanto, a conversa da limitação de estrangeiros (extra-comunitários) no futebol português pode afundar ainda mais esta realidade. Ou temos aqui qualidade nacional em quantidades suficientes?
Adenda: teorias para todos os gostos, aqui.
Adenda: teorias para todos os gostos, aqui.
Benfica faz o primeiro ponto na LC ao fim de três jogos.
No fim do jogo ficou a sensação que o Benfica podia ter feito mais. Mas a questão é: temos para mais? Queremos mais?
Continuo sem entender a falta de motivação aparente das equipas de Jesus na maior prova de clubes do mundo. Bem sabemos que a pouca competitividade do nosso campeonato é um factor que não podemos ignorar mas, até por aí, faria mais sentido os jogadores aparecerem motivados para jogar estes jogos.
Como já escrevi anteriormente, o plantel deste Benfica é curto para grandes andanças (esqueçam a época passada) e ontem viu-se. As alternativas são poucas e de qualidade duvidosa. Não seria muito mau se Sálvio, Enzo e Lima estivessem em forma, contudo, não é isso que se tem visto.
O extremo nunca mais foi o mesmo depois da grave lesão que teve. É normal, e são muitos os casos de jogadores que não voltam a atingir o nível demonstrado antes das lesões. O argentino parece que está sempre a querer mostrar serviço, como se estivesse a convencer-se a si próprio que as suas qualidades permaneceram intactas. O resultado tem sido um jogador excessivamente individualista, com imensas perdas de bola. Obviamente que a vertigem e a loucura de Sálvio são as características que fazem dele um excelente jogador, contudo, quando as coisas não correm bem, a qualidade do seu futebol diminui bastante. Talvez seja uma questão de se insistir na sua utilização, até porque não temos melhor. Desde que ninguém se ponha com paneleirices de querer transformar o Sálvio num Markovic, acredito no argentino e acredito que vai melhorar o seu rendimento ao longo da época.
Em relação a Enzo, apesar de nunca jogar mal, falta ali qualquer coisa e é bem capaz de ser descanso, simplesmente. Companhia, também, mas Samaris ainda não serve, Cristante é uma incógnita e Almeida não é aposta de Jesus (apesar de dar conta do recado) na posição.
Lima, ontem, fez mais um jogo cheio de entrega mas com pouca objectividade. Não é, nem nunca será, um homem de muitos golos (compará-lo neste campo a Cardozo é apenas idiota). Precisa de companhia mas, na Europa, Jonas ficou de fora e Talisca nem sempre joga lá perto.
O jogo de ontem exigia mais e os primeiros 30 minutos foram fracos. A equipa fez depois um jogo razoável até à expulsão mas sempre a parecer que no fundo, estava satisfeita com o empate. Na Luz é para ganhar a este modesto Mónaco e baralhar ainda mais as contas do grupo e as probabilidades.
Domingo há jogo em Braga e as coisas podem complicar-se. Costuma ser assim com as equipas europeias. Contudo, vencer na Pedreira seria um passo muito importante na reconquista do título. Vamos ver como reage a equipa.
E o que dizer das capas dos desportivos depois do jogo do Sporting, na Alemanha? Hilariantes, estes rapazes. Depois da roubalheira a que todos assistimos na derrota do Benfica frente ao Sevilha, entre "heróis" e "maldições" nas primeiras páginas, poderíamos agora rir com estes "roubos" e "roubados". Muito bom.
Continuo sem entender a falta de motivação aparente das equipas de Jesus na maior prova de clubes do mundo. Bem sabemos que a pouca competitividade do nosso campeonato é um factor que não podemos ignorar mas, até por aí, faria mais sentido os jogadores aparecerem motivados para jogar estes jogos.
Como já escrevi anteriormente, o plantel deste Benfica é curto para grandes andanças (esqueçam a época passada) e ontem viu-se. As alternativas são poucas e de qualidade duvidosa. Não seria muito mau se Sálvio, Enzo e Lima estivessem em forma, contudo, não é isso que se tem visto.
O extremo nunca mais foi o mesmo depois da grave lesão que teve. É normal, e são muitos os casos de jogadores que não voltam a atingir o nível demonstrado antes das lesões. O argentino parece que está sempre a querer mostrar serviço, como se estivesse a convencer-se a si próprio que as suas qualidades permaneceram intactas. O resultado tem sido um jogador excessivamente individualista, com imensas perdas de bola. Obviamente que a vertigem e a loucura de Sálvio são as características que fazem dele um excelente jogador, contudo, quando as coisas não correm bem, a qualidade do seu futebol diminui bastante. Talvez seja uma questão de se insistir na sua utilização, até porque não temos melhor. Desde que ninguém se ponha com paneleirices de querer transformar o Sálvio num Markovic, acredito no argentino e acredito que vai melhorar o seu rendimento ao longo da época.
Em relação a Enzo, apesar de nunca jogar mal, falta ali qualquer coisa e é bem capaz de ser descanso, simplesmente. Companhia, também, mas Samaris ainda não serve, Cristante é uma incógnita e Almeida não é aposta de Jesus (apesar de dar conta do recado) na posição.
Lima, ontem, fez mais um jogo cheio de entrega mas com pouca objectividade. Não é, nem nunca será, um homem de muitos golos (compará-lo neste campo a Cardozo é apenas idiota). Precisa de companhia mas, na Europa, Jonas ficou de fora e Talisca nem sempre joga lá perto.
O jogo de ontem exigia mais e os primeiros 30 minutos foram fracos. A equipa fez depois um jogo razoável até à expulsão mas sempre a parecer que no fundo, estava satisfeita com o empate. Na Luz é para ganhar a este modesto Mónaco e baralhar ainda mais as contas do grupo e as probabilidades.
Domingo há jogo em Braga e as coisas podem complicar-se. Costuma ser assim com as equipas europeias. Contudo, vencer na Pedreira seria um passo muito importante na reconquista do título. Vamos ver como reage a equipa.
E o que dizer das capas dos desportivos depois do jogo do Sporting, na Alemanha? Hilariantes, estes rapazes. Depois da roubalheira a que todos assistimos na derrota do Benfica frente ao Sevilha, entre "heróis" e "maldições" nas primeiras páginas, poderíamos agora rir com estes "roubos" e "roubados". Muito bom.
quarta-feira, outubro 22
Curtas à moda antiga.
Parece que a maioria dos elementos do SectorB32 escolheram mal a altura para se ausentarem. Com tanta coisa a acontecer, muitos posts ficaram por escrever. Mas a vida é mesmo assim e com tantas obrigações, sobra pouco tempo para nos dedicarmos à bola.
1. Campeonato nacional
Benfica líder isolado no campeonato. Não o esperava, confesso, mas, ao mesmo tempo, acaba por ser normal, dadas as alterações técnicas dos rivais. A equipa perdeu qualidade, especialmente com as saídas de Markovic e Garay, muito difíceis de substituir, não estivessemos a falar de dois jogadores muito acima da média.
Talisca tem ajudado a equipa a vencer e tem sido, para já, a grande novidade dos reforços benfiquistas. Jonas entrou agora e deu show, não só com os golos que marcou mas, especialmente, com a qualidade do seu futebol. Lima não é o homem-golo que o Benfica precisa, embora continue a considerá-lo indispensável na manobra atacante da equipa.
Na baliza Júlio César não tem sido opção e Artur continua a revelar fragilidades que nos vão custar pontos (o que nem sequer será uma novidade). Maxi está em forma e tem faltado mais Enzo que, parece, tem estado algo desacompanhado. Samaris começou bem mas tem tido algumas dificuldades.
O Sporting tem surpreendido. Marco Silva é um bom treinador e Nani é um acrescento de qualidade fantástico. Sempre gostei do extremo formado em Alvalade e as suas exibições não me surpreendem minimamente. Comparo-o, aliás, a Simão Sabrosa quando este esteve no Benfica: o melhor do plantel, de muito longe, e uma capacidade ímpar de resolver jogos, com golos, assistências e muita qualidade.
Com William Carvalho a subir de forma - tem estado uns furos abaixo do que fez na época passada - este Sporting tem dado mostras de ser capaz de vemcer uma competição, já esta época. Contudo, o plantel é muito curto e os jogos europeus vão continuar a fazer mossa (lesões, cansaço, derrotas). Janeiro tem de haver reforços, caso ainda exista Europa.
Mais a norte, um aparente desnorte. Lopetegui está com dificuldades em impôr o seu estilo de jogo, seja ele qual for. O plantel tem muita qualidade individual mas o espanhol parece baralhado e algo desacompanhado pela estrutura. O FCP vem de uma época muito má, os adeptos estão sem paciência e o treinador portista tem dado o peito às balas, gastando energias.
Jackson continua cheio de classe e Quaresma insiste em quebrar as regras: ainda ontem, numa jogada que pedia logo ali um passe para um companheiro, o extremo pegou na bola, meteu a cabeça no chão e fez... golo.
2. Liga dos Campeões
Uma boa participação, uma má e uma assim-assim. O FCP lidera o grupo que é, também, o mais fraco dos três. Ali é tudo a BATE(r) no mesmo (14 golos sofridos em três jogos), menos o Bilbao, o que acaba por atestar a fragilidade destas duas equipas. Já o Shakhtar não mostrou ser superior aos portistas. Em primeiro ou em segundo, o FCP segue em frente.
O Sporting tem apenas um ponto, num empate consentido no último segundo do primeiro jogo, contra a equipa mais fraca do grupo. Inexperiência ou falta da qualidade individual? Contra um super Chelsea liderado pelo já insuportável Mourinho, os sportinguistas viram a sua equipa responder com qualidade mas sem evitar a derrota. E houve palminhas e tudo, numa repetição do que aconteceu na Luz contra o Zenit. Com a derrota na Alemanha, as contas ficaram mais difíceis mas, seguramente, o terceiro lugar vai acontecer. O segundo é perfeitamente possível, ainda.
E o que dizer da participação do Benfica? Nada de novo, com certeza. Jesus já nos habituou a tristes figuras mas, saliento, esta época, as coisas dificilmente poderiam correr muito melhor. O jogo com o Zenit foi cheio de peripécias e na Alemanha, de equívocos. Contudo, o plantel é inferior ao do ano passado e nota-se bem a diferença de qualidade das opções. Hoje é contra o Mónaco e só a vitória interessa. Ainda está tudo em aberto e no fim, espera-se, pelo menos, que deixemos uma boa imagem e nada de Liga Europa, obrigado.
3. A Liga da vergonha
O que dizer da presença de Ruben Amorim num evento sobre a arbitragem onde esteve presente o líder dos Super Dragões? O Benfica que conheci há dezenas de anos já não existe mesmo e é lamentável que não se dê ao respeito. Já nem falo dos apertos de mão do presidente. É preciso ter muito estômago para assistir a estas cenas. Do lado de quem as pratica, basta serem iguais a si próprios.
1. Campeonato nacional
Benfica líder isolado no campeonato. Não o esperava, confesso, mas, ao mesmo tempo, acaba por ser normal, dadas as alterações técnicas dos rivais. A equipa perdeu qualidade, especialmente com as saídas de Markovic e Garay, muito difíceis de substituir, não estivessemos a falar de dois jogadores muito acima da média.
Talisca tem ajudado a equipa a vencer e tem sido, para já, a grande novidade dos reforços benfiquistas. Jonas entrou agora e deu show, não só com os golos que marcou mas, especialmente, com a qualidade do seu futebol. Lima não é o homem-golo que o Benfica precisa, embora continue a considerá-lo indispensável na manobra atacante da equipa.
Na baliza Júlio César não tem sido opção e Artur continua a revelar fragilidades que nos vão custar pontos (o que nem sequer será uma novidade). Maxi está em forma e tem faltado mais Enzo que, parece, tem estado algo desacompanhado. Samaris começou bem mas tem tido algumas dificuldades.
O Sporting tem surpreendido. Marco Silva é um bom treinador e Nani é um acrescento de qualidade fantástico. Sempre gostei do extremo formado em Alvalade e as suas exibições não me surpreendem minimamente. Comparo-o, aliás, a Simão Sabrosa quando este esteve no Benfica: o melhor do plantel, de muito longe, e uma capacidade ímpar de resolver jogos, com golos, assistências e muita qualidade.
Com William Carvalho a subir de forma - tem estado uns furos abaixo do que fez na época passada - este Sporting tem dado mostras de ser capaz de vemcer uma competição, já esta época. Contudo, o plantel é muito curto e os jogos europeus vão continuar a fazer mossa (lesões, cansaço, derrotas). Janeiro tem de haver reforços, caso ainda exista Europa.
Mais a norte, um aparente desnorte. Lopetegui está com dificuldades em impôr o seu estilo de jogo, seja ele qual for. O plantel tem muita qualidade individual mas o espanhol parece baralhado e algo desacompanhado pela estrutura. O FCP vem de uma época muito má, os adeptos estão sem paciência e o treinador portista tem dado o peito às balas, gastando energias.
Jackson continua cheio de classe e Quaresma insiste em quebrar as regras: ainda ontem, numa jogada que pedia logo ali um passe para um companheiro, o extremo pegou na bola, meteu a cabeça no chão e fez... golo.
2. Liga dos Campeões
Uma boa participação, uma má e uma assim-assim. O FCP lidera o grupo que é, também, o mais fraco dos três. Ali é tudo a BATE(r) no mesmo (14 golos sofridos em três jogos), menos o Bilbao, o que acaba por atestar a fragilidade destas duas equipas. Já o Shakhtar não mostrou ser superior aos portistas. Em primeiro ou em segundo, o FCP segue em frente.
O Sporting tem apenas um ponto, num empate consentido no último segundo do primeiro jogo, contra a equipa mais fraca do grupo. Inexperiência ou falta da qualidade individual? Contra um super Chelsea liderado pelo já insuportável Mourinho, os sportinguistas viram a sua equipa responder com qualidade mas sem evitar a derrota. E houve palminhas e tudo, numa repetição do que aconteceu na Luz contra o Zenit. Com a derrota na Alemanha, as contas ficaram mais difíceis mas, seguramente, o terceiro lugar vai acontecer. O segundo é perfeitamente possível, ainda.
E o que dizer da participação do Benfica? Nada de novo, com certeza. Jesus já nos habituou a tristes figuras mas, saliento, esta época, as coisas dificilmente poderiam correr muito melhor. O jogo com o Zenit foi cheio de peripécias e na Alemanha, de equívocos. Contudo, o plantel é inferior ao do ano passado e nota-se bem a diferença de qualidade das opções. Hoje é contra o Mónaco e só a vitória interessa. Ainda está tudo em aberto e no fim, espera-se, pelo menos, que deixemos uma boa imagem e nada de Liga Europa, obrigado.
3. A Liga da vergonha
O que dizer da presença de Ruben Amorim num evento sobre a arbitragem onde esteve presente o líder dos Super Dragões? O Benfica que conheci há dezenas de anos já não existe mesmo e é lamentável que não se dê ao respeito. Já nem falo dos apertos de mão do presidente. É preciso ter muito estômago para assistir a estas cenas. Do lado de quem as pratica, basta serem iguais a si próprios.
segunda-feira, outubro 20
À noite no Museu
Ainda o clássico, claro! Uma partida que
trocou as voltas ao FC Porto, no seu próprio estádio, jamais se
esgotaria tão cedo nos dias vindouros. Até porque quem teve o condão de
abanar a normalidade tinha o estranho habito
de não o fazer, de não conseguir soltar-se das suas próprias amarras,
há vários anos. O Sporting, com Marco Silva, foi, por exemplo, aquilo
que o FC Porto de André Villas-Boas, e de Vítor Pereira, foram na Luz.
Mas para que o excelente feito leonino não se esgote em comparações com o
rival, enaltecer a identidade e coragem do plano do leão é extremamente
necessário até porque é por aí que o futebol português tem de ir. Ele
que é tão pródigo em alterações quando defronta os seus adamastores.
Assim, haver quem lembre que identidades não se mudam, "ao sabor do
vento", só é bom para o 'todo' do futebol luso. Foi assim, desculpem de
novo, que o FC Porto chegou ao êxito e foi assim que o Benfica, mantendo
Jesus, se equiparou andando ombro a ombro com o rival. Com Marco Silva a
evoluir o trabalho de Jardim (e com Bruno de Carvalho a reclamar os
louros a cada intervenção) o Sporting tem tudo para tornar estas contas
ainda mais interessantes - isto, se conseguir que a sua defesa controle (bem) melhor a profundidade.
A três seria melhor, é verdade. Mas, para isso, o FC Porto tem de transcender a síndrome que já o assola há praticamente um ano. E de Fonseca a Lopetegui, passando por Luís Castro, a falta de identidade do dragão é bem visível. Assume, assim, importante carga a lição de Marco Silva no Estádio do Dragão. Terá Pinto da Costa deixado fugir o melhor treinador para o Sporting? Logo ele que esteve ali, tão perto, quando deu a primeira dose a Paulo Fonseca. Claro que a resposta à pergunta dependerá de Lopetegui e de como o basco entender o momento. E não nos parecendo que Lopi deixe de pensar em futebol e que faça algo 'só porque sim', resta explicar que o seu plano esbarrou em Patrício e, depois disso, num 'miolo' muito mais forte que o portista (já desde o ano passado). A ideia era preencher o sector em que o Sporting é, visivelmente, mais fraco: a defesa. Adrián ainda confundiu algumas vezes, Quintero outras, mas sem rotina não há finalização decente. Depois Nani, que embala o leão como poucos se lembram, forçou o resto.
Assim, se Lopetegui entender que tudo isto não passou de um pesadelo e que a solução continuará a passar por dar ao carrossel até dias melhores chegarem, é provável que PC tenha de intervir. Uma visita, mais exaustiva, ao Museu não seria má ideia. Lá Lopetegui encontraria as bases de Mourinho (uma a duas alterações no 'onze', exceptuando as forçadas), as de André Villas-Boas (duas a três alterações no 'onze') e as de Vítor Pereira na segunda época (uma alteração no 'onze' exceptuando as forçadas). Já na primeira época do espinhense [Vítor Pereira] o sabor do vento também enjoou o Dragão. Meio-campo por definir, 'onze' por criar e, claro, erros que custaram vitórias e tranquilidade à equipa. Isto até Lucho...
Onde Lopetegui encontrará o seu Lucho, não sabemos. O que se sabe é que o basco se tem dado, sim, ao luxo de desperdiçar médios para a ala (provavelmente desviaria El Comandante para uma delas) e oportunidades para consolidar uma equipa que tem imensas soluções para, depois, se enquadrarem. E ao mínimo deslize, no Dragão, os corações apertam e visão tolda ao ponto de as saídas de bola não distinguirem colegas de adversários. Lopetegui quer subir ao céu, dando primeiro três voltas ao Mundo para escolher a melhor roupa. E o tempo urge...
A três seria melhor, é verdade. Mas, para isso, o FC Porto tem de transcender a síndrome que já o assola há praticamente um ano. E de Fonseca a Lopetegui, passando por Luís Castro, a falta de identidade do dragão é bem visível. Assume, assim, importante carga a lição de Marco Silva no Estádio do Dragão. Terá Pinto da Costa deixado fugir o melhor treinador para o Sporting? Logo ele que esteve ali, tão perto, quando deu a primeira dose a Paulo Fonseca. Claro que a resposta à pergunta dependerá de Lopetegui e de como o basco entender o momento. E não nos parecendo que Lopi deixe de pensar em futebol e que faça algo 'só porque sim', resta explicar que o seu plano esbarrou em Patrício e, depois disso, num 'miolo' muito mais forte que o portista (já desde o ano passado). A ideia era preencher o sector em que o Sporting é, visivelmente, mais fraco: a defesa. Adrián ainda confundiu algumas vezes, Quintero outras, mas sem rotina não há finalização decente. Depois Nani, que embala o leão como poucos se lembram, forçou o resto.
Assim, se Lopetegui entender que tudo isto não passou de um pesadelo e que a solução continuará a passar por dar ao carrossel até dias melhores chegarem, é provável que PC tenha de intervir. Uma visita, mais exaustiva, ao Museu não seria má ideia. Lá Lopetegui encontraria as bases de Mourinho (uma a duas alterações no 'onze', exceptuando as forçadas), as de André Villas-Boas (duas a três alterações no 'onze') e as de Vítor Pereira na segunda época (uma alteração no 'onze' exceptuando as forçadas). Já na primeira época do espinhense [Vítor Pereira] o sabor do vento também enjoou o Dragão. Meio-campo por definir, 'onze' por criar e, claro, erros que custaram vitórias e tranquilidade à equipa. Isto até Lucho...
Onde Lopetegui encontrará o seu Lucho, não sabemos. O que se sabe é que o basco se tem dado, sim, ao luxo de desperdiçar médios para a ala (provavelmente desviaria El Comandante para uma delas) e oportunidades para consolidar uma equipa que tem imensas soluções para, depois, se enquadrarem. E ao mínimo deslize, no Dragão, os corações apertam e visão tolda ao ponto de as saídas de bola não distinguirem colegas de adversários. Lopetegui quer subir ao céu, dando primeiro três voltas ao Mundo para escolher a melhor roupa. E o tempo urge...
domingo, outubro 19
Taça de Portugal
Porto 1 - Sporting 3
Vi praticamente todo o jogo, e vi dois conjuntos completamente diferentes.
De um lado, o Porto que nesta altura é uma amálgama de jogadores, alguns deles de qualidade superior, mas está longe de ser uma equipa em todas as dimensões do conceito. Não há rotinas, não há estabilidade, não há entendimento entre os jogadores. Os dias de ilusão de Lopetegui se ainda não chegaram ao fim, esse fim está muito próximo. A maior crítica que se faz é de falta de estabilidade no 11. Parece-me que há algo mais, nomeadamente alguma falta de capacidade do treinador para tão altos vôos.
Do outro lado, o Sporting é uma equipa muito bem organizada, homogénea e compacta, superiormente orientada por Marco Silva. Não tem os talentos individuais do porto é é de longe, nesta altura muito mais equipa.
Tudo isto resultou num Sporting superior desde o início, impedindo o Porto de trocar a bola mais atrás e sair a jogar de forma controlada. E amarrando assim o Porto, parece que os azuis não dispõem de outras soluções. Mesmo depois da quebra física (a partir dos 70 minutos) o Porto, ainda que dispondo de oportunidades, não teve o discernimento para chegar ao golo.
A vitória é inteiramente justa e merecida por parte da equipa que foi claramente superior dentro das 4 linhas.
O penalti é forçado por Jackson e Maurício foi "anjinho". O lance na mão de Jonathan eu não sancionaria como penalti, já que, além de involuntário, a bola não vai para a baliza. Mas se o árbitro marcasse não seria escândalo já que neste particular a falta de critério dá azo a todo o tipo de interpretações.
Bruno de Carvalho teve um discurso incisivo antes do jogo. Jogou o mesmo tipo de jogo de Pinto da Costa. É arriscado jogar assim contra o Porto, na medida em que os azuis e brancos se "alimentam" deste tipo de polémicas para se tornarem guerreiros e "comerem a relva" se for caso disso. Ontem não funcionou para o Porto e também neste capítulo o Sporting venceu claramente.
Covilhã 2 - Benfica 3
Exibição paupérrima do Benfica. As 2ª escolhas não justificam nada. Os milhões de Cristante, de Bebé,de Pizzi e de César, para não citar outros, deveriam ser suficientes para uma vitória mais desafogada. O Covilhã bateu-se bem enquanto teve pernas. O desnorte de JJ no fim é indiciador das dificuldades inesperadas deste jogo. Quase que havia taça...
Salvou-se Jonas!
domingo, outubro 5
quarta-feira, outubro 1
Leverkusen 3 - Benfica 1
Fica provado que o Benfica é uma equipa para consumo interno.
É a equipa mais fraca da Champions nesta altura. Até o Ludogorets faz melhor figura.
O 3-1 acaba por ser um bom resultado para o Benfica. Podiam ter sido muitos mais...
Talvez o melhor seja ficar mesmo em último lugar. Focar os jogadores para o Liga Portuguesa.
Lviv ou Rviv? Jackson explica!

Claro que estando tão nivelado e concentrado numa racha de empates, o FC Porto deve estar, sim, preocupado com os seus erros próprios. Sabe-se que, na maioria das vezes, no fim dá igual que o Mundo esteja contra si. Factor esse que é, até, decisivo para a reacção interior que é tão bem conhecida do Dragão. Mas, adiante, ler os quatro empates seguidos dos azuis e brancos como alguma praga dos deuses é pura demagogia ou, se quisermos, estupidez. Isso e passar um jogo todo sem perceber que o mesmo estava a ser dividido, e partido, porque um elemento do 'miolo' portista teimava em oferecer controle - leia-se a bola - ao Shakhtar. De facto, tem sido por essa zona que o 'Lopi Team' tem desperdiçado o seu enorme potencial. Potencial esse que esteve - e tem estado - à vista de todos quando consegue ressuscitar um jogo que estava perdido por culpa própria. E se desta vez foram os inquestionáveis a errar (Brahimi, Óliver e até Maicon que soube agarrar esse estatuto... à força), mais uma vez passaram despercebidas as 'brancas' de Herrera na tomada de decisão. Isto em Portugal! porque em Lviv... Lucescu de certeza que agradeceu, quando viu a sua equipa agarrar-se a um jogo, e a dividi-lo, com uma equipa que lhe estava a ser (e é) superior.
Assim se dividiu um jogo que, a toque e toque - quase sempre para o lado, é verdade -, se encaminhava para a baliza de Pyatov. Não fosse a incapacidade de Herrera para jogar um tipo de jogo que se quer intuitivo, de decisão rápida e, claro, acertada, e o FC Porto teria controlado um adversário que teria, aí, aparência de Europa League. Contudo, ao invés, as constantes más decisões do mexicano fizeram sempre com o que o jogo se dividisse, perdendo-se a oportunidade de a 'posse' portista controlar a fúria ucrâ... perdão, brasileira. Nos highlights ficarão, ainda assim, a enorme capacidade do modelo portista colocar os avançados no 'um para um' com os seus adversários. Daí resultaram várias jogadas perigosas, inclusive a que redundaria no penálti assinalado depois da queda de Brahimi na área. Por aí, nos resumos, se encontrarão também o inclassificável erro de Óliver (que esteve mais uma vez excelente nos outros capítulos) e a incapacidade de Maicon para segurar uma bola que acabaria nas redes de Fabiano.
Mas valeu ao FC Porto que Jackson, afinal, estava bem para 25 minutos. Ao seu nível, o colombiano foi a linha de passe que permitiu aos portistas saírem do habitual 'vai para dentro e chuta' de Quintero (entrou aos 65', pelo excelente Marcano). Foi, de facto, um milagre que um jogo tão fraco de ideias (assim que o Shakhtar fechou - depois do 0-1) pudesse ter ganho na Arena Lviv (outro) penálti, assim como ter conseguido fazer chegar a bola a um Jackson que, na área, é letal. Em suma: o dragão tem uma capacidade individual impressionante, que nunca será aproveitada com 1) um trivote; 2) com Herrera em campo; 3) sem um meio-campo definido que proporcione jogo-interior. É que, falando em culpa, talvez fosse melhor a Lopetegui repensar o seu conceito 'baralha e torna e dar', pois mesmo havendo já muitas coisas boas no colectivo que lhe podem ser imputadas, a ideia de uma visita à 'videoteca' portista nunca poderá ser considerada como má. É que isso de forçar conceitos em 'casas alheias', não tem por costume dar bons resultados.
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