segunda-feira, setembro 30

Sem cilindros em V funcionará o GTI de Paulo?

A necessidade de uma resposta 'cabal' é, por estes dias, a necessidade de Paulo Fonseca no FC Porto. A horas de receber o Atlético Madrid os indicadores que vêm sendo dados pela equipa não são, de forma alguma, esclarecedores sobre as hipóteses azuis e brancas, numa fase-de-grupos em que os bons resultados em casa são uma enorme prioridade. Se o poderio colchonero e russo não bastasse já para colocar a Dragão de guarda, às más exibições fora de casa somou-se, nesta passada sexta-feira, uma segunda-parte horrível frente ao Vitória de Guimarães. Os alertas vão sendo dados e os opositores ao sistema de jogo instaurado por Paulo Fonseca vêm na pouca solidez do FC Porto 'fantasmas' que podem atirar os dragões para níveis bem mais humildes em relação à última época.

Já de há muitos anos para cá que o futebol portista se mede pelas competições europeias em que está inserido. Um mau campeonato é por norma significado de fraqueza na Europa e a um bom campeonato é exigido que a equipa se apresente com bom nível pelo Velho Continente a fora. Se nos reportarmos às duas épocas mais próximas, veremos que, com Vítor Pereira na equipa, uma primeira época de várias indefinições não deixou sequer a equipa passar da fase-de-grupos da Liga dos Campeões. A Liga Europa acabou, depois, por também não ser solução confirmando, com a goleada às 'duas-mãos' do Manchester City, a real instabilidade da equipa.Na segunda época do espinhense, as cabeças no lugar e uma equipa "à imagem" do herdeiro de AVB, fizeram com que o 'sonho' voltasse a estar presente. Para mais, faltou à equipa a solidez mostrada no Dragão, pois nos jogos fora (PSG e Málaga) o 'controle' apregoado por Vítor, pura e simplesmente, não apareceu.

E esses são indicadores fundamentais. Primeiro, o de que a equipa será, imediatamente, posta à prova na Champions. E segundo, o de que os jogos fora serão a principal base desse duro-teste.

E a julgar pelas exibições fora-de-portas, ao FC Porto falta-lhe o controle, falta-lhe 'asfixiar' o adversário para que os adeptos azuis se possam sentir 'em casa' nas deslocações da sua equipa. E o responsável? esse é claramente aquele a quem todos irão elogiar se a tendência se inverter, ou aquele a quem todos pedem agora satisfações pela quebra no rendimento geral de uma equipa que ambiciona, sempre, altos voos.

Assim duas legitimidades impõem-se mas também... chocam. A de que o técnico pode, e deve, testar o sistema que o fez subir a pulso no futebol português, e a de que os adeptos têm o direito de querer a equipa a 'atacar com mais um' e de 'defender com mais um' também. Confusos? Passo a explicar:

O triângulo invertido de Vítor Pereira levava a que Moutinho fosse mais um a chegar à área e levava também a que o internacional português fosse mais um, na hora da perda da bola, a pressionar e a não deixar sair o adversário. Isso levava a que a criação de oportunidades do adversário fosse reduzida a números 'nulos'. Lembram-se da recepção ao Málaga? Lembram-se da recepção ao Benfica e ao PSG? O Porto não criava por aí além, mas com o controle, em muito ajudado pelo triângulo invertido, criava sempre mais... que o adversário.

Com Fernando e Defour, com Lucho, sozinho e facilmente anulável, a organização ofensiva reflecte-se na falta de um elemento na chegada à área e na falta de um elemento no momento da perda da bola, tornando assim o 'duplo-pivot' no 'lugar do morto' no fraco GTI que tem sido este FC Porto. Jogue quem lá jogar (esta sexta-feira foi Lucho) ele imediatamente desaparece nas imediações de um Fernando que sempre foi inútil na construção de jogo azul e branca.

O cenário é assim difícil para Paulo Fonseca que, como dissemos acima, tem a tal legitimidade para querer fazer valer o seu sistema. A atenuante é que essa 'experiência' tem tempo limitado. Nenhum sistema se perpetua pelo infinito e, mais, nenhum sobreviverá à falta de resultados. E se bem que esses têm sido até óptimos, ninguém em boa vontade esperará que tanta má exibição não seja castigada com perdas de pontos. E é aqui, como explicámos, que a Champions League entra. Este Atlético não é aquele que Jesualdo trucidou em 2009 e é até mais forte onde este FC Porto é mais fraco.

Tem a palavra Paulo Fonseca. E se o técnico esconde alguma na 'manga', o jogo da terça-feira será o ideal para a mostrar. Sob pena de ser julgado como um.. bluff.

Também na Futebol Portugal Magazine

domingo, setembro 29

O vazio e o Benfica.

No seguimento do post do anterior do Jorge, fui ver o que teria dito Luis Filipe Vieira. Obviamente, não esperava grande coisa e muito menos esperava uma tomada de posição em relação à realidade do Benfica.

Actualmente, o clube da Luz vive uma das suas piores fases. Os adeptos estão divididos, não se consegue colocar toda a gente a remar para o mesmo lado e, obviamente, são cada vez menos os que querem saber. E não há pior para um clube do que adeptos que já não querem saber. Nos tempos de Vale e Azevedo, pelo menos, a malta invadia as AG's, e só descansou quando o tirou de lá.

LFV tem conseguido adormecer os benfiquistas e, pior, tem conseguido levar o nível de exigência para um patamar que não se coaduna com a história gloriosa do clube.

Diz o grande líder:

"Nas primeiras seis jornadas, temos quatro penalties não assinalados a nosso favor e dois golos sofridos em fora-de-jogo." 

Podia ser o início de qualquer coisa, esta frase. Mas, logo de imediato, diz o seguinte:

"Não sei se já há faixas encomendadas por alguém, mas quero relembrar que continuamos a depender de nós".

Então se continuamos a depender de nós é porque até aqui, dependemos sempre de nós, o que não bate muito certo com a primeira frase.

Depois, continua: "Para não ver um fora-de-jogo daqueles, o árbitro ou é cego ou não tem competência. Há outras equipas que por vezes também não são competentes mas têm sempre quem os ajude. E ontem isso ficou claro."

O "outras equipas" tem um só nome, mas LFV parece ser incapaz de o dizer. De resto, chamar cego e incompetente ao árbitro não será, com certeza, um estímulo positivo para a próxima vez que o senhor do apito arbitrar um jogo nosso. Mas isso também é irrelevante, parece.

"Isto compete a quem dirige a arbitragem, olhar para o que se está a passar. Os erros são flagrantes e têm sempre o mesmo destinatário."

Ah, claro. O que vai o Benfica fazer perante tamanho descaramento, tamanhos roubos, que já decidiram o campeonato (pela enésima vez)? Alertar o gajo que manda nos árbitros há não sei quantos anos.

Por fim, mais do mesmo, o contra-senso em menos de três segundos:

"Não podem continuar a brincar com o Benfica. Temos de dizer basta. É gravíssimo o que hoje se voltou a passar. O Benfica é sempre nitidamente prejudicado. Mas temos de continuar unidos porque ainda não perdemos nada".

O que vai o Benfica fazer em relação à arbitragem que tanto tem prejudicado o clube? Vai dizer "basta". Pela centésima vez, com o mesmo resultado de sempre. Nenhum.

Mas há mais: "o Benfica é sempre nitidamente prejudicado" mas se nos mantivermos unidos (quem? Os adeptos? Nós e os árbitros?) tudo vai correr pelo melhor, porque "ainda não perdemos nada".

Isto é claramente um discurso de alguém que não tem um rumo, não tem uma estratégia. É o discurso de alguém que se limita a debitar disparates, sem tomar decisão nenhuma e para quem, com a força e a crença no divino, tudo se resolverá.

Sobre a atitude geral da equipa, que jogou sem empenho, sem garra, sem vontade (e isto é unânime), nem uma palavra (já sei, essas coisas falam-se internamente).

Declarações

Não me revejo nas declarações do presidente do Benfica. Aliás revejo-me em muito pouco nele.
Não é possível no futebol que seja preciso andar a com boquinhas destas para se tirar algum proveito. O futebol devia jogar-se nas 4 linhas...
Não concordo mas é o status que está instituído. 
LFV não é original. Copiou o discurso de outras paragens. Mas eu não quero que os títulos do Benfica cheirem tão mal.
Ele bate o pé, ninguém o ouve e tudo ficará mais ou menos na mesma. 
Haverá sempre a situação do JJ em Guimarães para nos atirar à cara, como se isso compensasse os erros que já nos prejudicaram nestas 6 jornadas 
Se temos a direcção da FPF que temos, o LFV tem a sua quota-parte de culpa. Só um cego no Benfica conseguiria apoiar o Fernando Gomes. E ele apoiou o Fernando Gomes, porque foi esse o nome que a estratégia definiu, se tivesse sido o Adelino Caldeira ou a Antero Henriques, ele também apoiava. Incrível como não se consegue ver o que está a frente dos olhos.
Há pouco tempo o pseudo-melhor árbitro do mundo foi ao Seixal dar uma aula de arbitragem. para ensinar o quê? Como se consegue atingir o topo com uma sucessão infindável de más arbitragens? Mas o shôr presidente do Benfica até elogiou a aula. Toma lá a resposta... O que sentiria um portista se o Bruno Paixão fosse ao Olival dar uma aula de arbitragem, isto partindo do princípio que ele chegava ao portão. O que sentiria um sportinguista de ver o Duarte Gomes em Alcochete? pois é...
Isto para concluir que se há faixas encomendadas uma parte da culpa é do Luis Filipe Vieira, pelas decisões que toma, pelas pessoas que se rodeia, pelas pessoas que apoia.

Pelo menos no discurso, há que tirar o chapéu ao Leonardo Jardim e ao Bruno de Carvalho, mas creio que também não vão demorar a perceber que ser "anjinho" (leia-se coerente) não compensa.

sábado, setembro 28

Só bola (final).

E porque isto ainda agora começou, para mim, fico-me por uma breve análise ao primeiro jogo do dia: Tottenham-Chelsea.

Primeira parte sinal mais para o Tottenham até à meia-hora. O Chelsea reagiu bem ao golo sofrido e dominou até à expulsão de Torres (80'), um bocado forçada. Depois disso o Tottenham teve duas boas oportunidades mas o empate acabou por ser o resultado mais justo.

Pensei que Mourinho não fosse apostar em David Luiz mas o brasileiro está menos espalhafatoso e mais pragmático. Ramires continua a ser grande. O Tottenham surpreendeu-me sem Bale (foi o primeiro jogo que vi com atenção) e é, nesta altura, mais equipa que o Chelsea.

Muito boa a realização do jogo.

Até ao jogo do Benfica vou espreitando os duelos entre PSG-Toulouse, MU-West BA e os campeões europeus contra o Wolfsburg (já a decorrer).

- Vitória do Bayern por 1-0, num jogo pouco entusiasmante. Contudo, os alemães parecem um bloco indestrutível. Seguem lado a lado com o Dortmund e Leverkusen.

- Entretanto já virei para o Manchester e já só têm 25 minutos para dar a volta. Este sim, está entusiasmante. Depois deste vejo a segunda parte do próximo adversário do Benfica, o PSG.

Mesmo com Nani os 90 minutos, o MU foi incapaz de empatar, sequer. A equipa de Manchester parece-me que vai ter dificuldades em renovar o título e arrisco-me mesmo em dizer que não será campeã este ano.

- Já a ver o jogo francês, que está a ser um bocado secante, apesar da superioridade do PSG. Um-zero ao intervalo, golo marcado por um puto que parece ter 15 anos, Marquinhos. Na quarta-feira o Benfica tem de ser uma equipa extremamente compacta e defensivamente perfeita.

- Bem, felizmente mudei para o Marítimo-Paços e não podia estar a correr melhor: 4 golos em 15 minutos. Isto é giro assim, menos para o Costinha.

Incrível jogo com sete golos e o Paços a garantir a primeira vitória. Costinha acabou por ser o último a rir e este foi um jogo muito bem disputado, sim senhor.

- Péssima primeira parte no Estádio da Luz. Cardozo ainda fez o primeiro mas nem assim a equipa começou a jogar futebol. O Belenenses foi sendo cada vez mais perigoso e o empate, conseguido num canto, era previsível. Mais previsível era o Benfica sofrer um golo ilegal, pois o Fredy está escandalosamente fora-de-jogo. É que já nem vale a pena dizer nada.

Segunda parte ainda pior. Não me lembro de uma única oportunidade de golo. O Belenenses até aos 75' jogou futebol, a partir daí fez o que o Benfica faria em Barcelona.

Até quando teremos de gramar com isto? É assustador ver nas bancadas putos novos completamente excitados a 10 minutos do fim quando a equipa não joga um charuto. Estão a festejar o quê exactamente?

A equipa está uma miséria. Há jogadores que nem o golo festejaram. Maxi está uma nódoa e senta o Almeida. Cortez é francamente mau. Markovic nem se vê. Lima, Matic, em sub-rendimento. Atitude competitiva: zero. Safa-se Enzo, Garay, Luisão.

Eu sei que deve ser difícil encarar esta competição com seriedade, mas quando se veste a camisola do Benfica, a postura tem de ser sempre a de máxima exigência, coisa que não existe neste clube.

Bem, para já, a equipa de Paulo Fonseca já ganhou em dois campos. Esperemos por Braga, então.

- Excelente vitória do Sporting em Braga, com alguma sorte à mistura mas, pelo que vi, justa. Com mais um elemento em campo, acho que só faltou maior assertividade e concentração lá na frente - às vezes parecia que não queriam marcar golo. O Braga fez o que pôde e ainda tentou ir lá à frente. Jesualdo perdeu o duelo e Jardim continua a somar pontos. O Sporting está a surpreender, é um facto.

- Real Madrid a perder ao intervalo com um golo do ex-Braga. Sinceramente, já tenho forças para ver mais bola hoje. Nunca tinha feito isto de passar um dia inteiro a ver jogos. Estou mais cansado que alguns dos jogadores do Benfica.

Benfica aprova caos financeiro.

A questão do chumbo ou do não chumbo do Relatório e Contas 2012/2013 já é encarada como tendo pouca importância e a prova disso foram os apenas cerca de 500 sócios que se deram ao trabalho de ir votar.

Importante é perceber que o Clube vive na estratosfera financeira e que, agora, não há hipótese de se voltar atrás. O passivo aumenta, os título nem por isso, e os empréstimos (sobre empréstimos) vão começar a sugar o clube, como fizeram aos nossos vizinhos da segunda-circular.

A maioria optou por não perceber/aceitar esta realidade. E amanhã há bola outra vez.

sexta-feira, setembro 27

Líder sem crença, mas com Proença.

O lance do penálti sobre o Quintero é ainda mais hilariante do que o post anterior. Josué, já marcou dois que não deveriam ter existido, sempre a abrir a segunda parte, e ainda vamos apenas na quinta jornada. O FCP continua a jogar muito mal mas acabará por começar a jogar a um nível razoável (é inevitável). É que não perdem pontos a jogar assim, e assim se vão fazendo como equipa.

A entrada a pés juntos do Otamendi valeu apenas um amarelo, quando deveria ter sido vermelho directo (nem sequer se pode dizer que tentou fazer-se à bola, ou disputar o lance).

Proença é, de facto, um árbitro muito competente.

Uma pergunta para quem me saiba responder

O que é que aconteceu nesta jornada para Abdoulaye e Miguel Rosa não jogarem?
 

quinta-feira, setembro 26

Notas soltas

Já há algum tempo que não há um post destes aqui no sector.
Andamos todos a falar do mesmo.
Entretanto, muitas coisas se passaram aqui mas também lá fora. Ora por exemplo:

- Sem falar em Jesus desta vez, acho que há aí mais alguém que anda bastante nervoso. E ainda só empatou um jogo! Eu devo confessar que o Porto para mim começa a ser também dificil de entender. Ano após ano, têm gasto fortunas em contratações. No entanto, o que para mim é uma das falhas naquela equipa (os que acompanham Jackson lá na frente), tem sido constantemente opções low cost ou de recurso (Varela, Licá, Josué ou Kelvin no ano passado). Um pouco o que acontece no Benfica em relação á posicão de lateral esquerdo;

- No meu clube, estranhamente respira-se calma, tranquilidade e confiança. Isto após uma das épocas mais traumáticas de sempre. Os resultados têm ajudado, mas vamos ver o que vai acontecer quando começarmos a perder. Importante este jogo em Braga, para continuar a manter os ânimos em alta.
Entretanto, na enésima entrevista dada por BdC aos meios de comunicação, já se fala por exemplo na possibilidade de conquistar um título nacional para os próximos 4 anos.  Não acho que seja deslumbramento, por agora é apenas algo a que chamo de ambição;

- Mais a sul, destaco as manifestações em Olhão sobre o facto do Olhanense jogar agora no Estádio do Algarve. É no mínimo curioso. Não houveram tais manifestações quando o Olhanense esteve quase a fechar portas ou teve vários meses em atraso. O importante é que se continue a jogar no velhinho Estádio José Arcanjo. Com o orçamento mais baixo da nossa primeira Liga, seria lógico aproveitar uma assistências numa estrutura moderna e construída de propósito para este facto.
Começo a ver aqui algumas similaridades com o caso do Leiria.
E assim, dois estádios do Euro ás moscas...

- Já todos viram os lances de ontem do Elche-Real Madrid. Eu sinceramente devo confessar que já há mais de 5 meses que não via uma coisa assim....e  no final até fiquei aliviado. Afinal de contas, não é apenas no nosso país....

quarta-feira, setembro 25

Sem problema, Paulo

Fica a certeza de que o treinador do FC Porto não lê o sector:

"Acho piada a essa questão do meio-campo. Até ao jogo com o Gil Vicente nunca se questionou; agora que a equipa vem de um empate e temos uma vitória em Viena, que reconheço não foi das mais conseguidas, é que surge...Não ando aos 'esses', trabalho para dar sentido ao que acredito"

A grande campanha de perseguição a JJ

Hoje, dia 25 de Setembro de 2013, passadas mais de 48 horas sobre os incidentes de Guimarães, ainda encontramos na maioria da imprensa nacional (e falo apenas nas primeiras páginas) reprimendas e palavras acusatórias aos atos praticados por JJ em Guimarães, onde se pede basicamente a cabeça do actual treinador do Benfica afim de sanear pelo bem esta situação.
Vamos então á procura dessas palavras.

Começemos então pelos generalistas. No Público não encontro qualquer referência, no entanto noutro diário generalista de algum prestígio, o DN, lê-se então assim:

"Jorge Jesus - Adeptos passam-no de besta a bestial"
Curioso volta-face, digo eu....

Passemos ao Correio da Manhã um jornal já de menos prestígio digo eu, mais ainda assim com maior tirada a nivel nacional:

"Estão a crucificar Jorge Jesus. Há provas evidentes que não agrediu ninguém" - LFV

Mas ao mesmo tempo conseguimos ler:
"Bruno de Carvalho arrasa Leonardo Jardim!

Epá, ganda contra-ataque...do injustiçado Jesus para o arrasado Jardim.
Fantástico!!! :-)

Mas entremos agora nos desportivos.

- A Bola, com uma foto de Jesus em em grande destaque na primeira página:
"Não agredi ninguém" - Jorge Jesus

- Record, aqui não aparece Jesus mas sim LFV a ocupar quase toda a primeira página.
"Jesus não pode ser castigado" -LFV
"Se exagerei peço desculpa" - JJ

Acho que assim se facilmente se comprova então essa grande campanha que existe contra o Jesus e talvez até contra o Benfica.

Eu só tenho a dizer, andam mal habituados, só pode....
 

terça-feira, setembro 24

Jesus está na berra.

Parece que é ofical: Jesus é arguido. Confesso que tem sido uma espera parecida àquela que antecede o fecho dos mercados de transferências: "Será que vem aquele?", "será que sai o outro?". A angústia é parecida, mas a sensação de calamidade é imensamente maior às saídas no último minuto do Witsel e do Javi.

Passados dois dias, existem algumas conclusões a tirar. Vamos a isso:

1. Ninguém, nem benfiquista, nem sem ser benfiquista, aplaudiu a luta de espadachins perpetrada por Jesus e um ou outro polícia.

2. Mesmo assim, muitos compreendem e até aceitam o comportamento do treinador do Benfica.

3. Alguns, poucos, não perdoam o homem, e aguardam que a sua conduta seja alvo de castigo, porque não se deseja impunidade.

4. Há uma pessoa, Manuel Sérgio, que compara Jesus ao Dom Quixote. A escrita de conteúdos com graça nunca esteve tão em alta, professor.

5. O Benfica arrisca-se a ficar sem treinador, por castigo. No ano passado, no caso Luisão, o mesmo treinador achou imensa graça ao acontecimento e, por inerência, ao castigo de três meses. Será que o brasileiro também se riu no Domingo por pensar que não vai ter de gramar com JJ no banco até ao fim da época?

6. Enquanto alguns benfiquistas olham para tudo isto com tristeza, outros, acham que o importante é comparar uma agressão a um polícia com outras agressões. Comparar a agressão ao polícia com não-agressões é que dá mais trabalho.

7. Quem defende que houve excesso de zelo por parte dos seguranças, com certeza que considera ter havido excessiva benevolência por parte dos mesmos, em relação a Jesus.

8. Aquela máxima que defende que "não há má publicidade", é mentira.

Bendita diferença!!!

"Foi um empate muito mau, não tivemos a atitude que queríamos. Não vale a pena esconder a pior exibição da época com um erro de arbitragem. Temos de interiorizar que temos de fazer mais e melhor. Temos de honrar a camisola e dar tudo o que temos. Não foi isso que aconteceu no último jogo"

Bruno de Carvalho, 23.09.2013

segunda-feira, setembro 23

O meu treinador é arguido, e o teu?

Para quem ainda não percebeu as consequências que o comportamento errático do senhor quatro milhões tem para o Clube Benfica, talvez tudo fique, agora, mais claro.

Temos um treinador que é arguido. Como os outros foram. Não é por motivos parecidos mas isso, a esta hora, é, ou deveria ser, completamente secundário.

Já nada do que vier dali me envergonhará, obviamente. Só quem anda muito distraído não percebe que a coisa vai, ainda, e se deixarem, piorar.

A responsabilidade anda há muito alheada da estrutura do Benfica. Sacode-se sempre a água do capote, copiam-se, mal, os defeitos dos outros e, no fim, o clube tem um museu que promete mais pó nas Taças já conquistadas.

Este comunicado de hoje, é mais uma prova da palermice que reina no Clube. Mas, ao mesmo tempo, é sintomático: o Benfica perdeu os seus valores mais básicos e é, hoje, um clube cuja estrutura dirigente nada de bom tem para ensinar.

Mas pronto. Agora que até temos um arguido com Termo de Identidade e Residência a comandar os destinos da nossa equipa de futebol, talvez a coisa resulte. Somos pioneiros, e isso, num país de empreendedores de vão de escada, tem o seu valor.

Aos adeptos que acham normal ou defendem o comportamento de Jesus, só tenho uma coisa a dizer: para a próxima, quando alguém invadir um campo (o que não permitido) e quiser agredir um jogador ou um árbitro ou um jogador, esperemos que JJ não esteja por perto. A arruaça não se combate com arruaça.

Hoje, em vez de discutirmos a difícil vitória frente àqueles que nos levaram a Taça de Portugal, em vez de nos focarmos nos pontos ganhos aos nossos adversários, em vez de podermos denunciar mais uma "caldeirada", vamos ter de gramar com a história do "arguido", do TIR, do ridículo e, como sempre, somos hoje, mais um bocadinho, um clube menos digno.

Tristes.

Paulo Fonseca é um triste. As declarações que teve após o jogo contra o Estoril revelam um treinador pequenino, mesquinho e, mais importante, cheio de cagufa.

O FCP não está habituado a más decisões dos árbitros. E, quando tal acontece, parece que o Benfica é o clube que venceu oito dos últimos dez campeonatos.

A ladaínha é antiga e gasta. Mas a Fonseca tem faltado uma coisa: competência em campo. E é essa incompetência que, depois, o leva a jogar com falsos argumentos, que mais não são do que desculpas de mau perdedor. No meu clube temos lá um assim, por isso, é fácil reconhecer o estilo.

Vilas-Boas e Vitor Pereira tinham alguma classe. Fonseca tem aquele ar um bocado fajuto e, nas bancadas do Estádio do Dragão, metade dos adeptos já não pode com ele, e a outra metade começa agora a apreciar Vitor Pereira. E por isso, Fonseca, começou hoje a disparar palermices. Tudo para arregimentar.

Quem viu o jogo, viu um FCP sem norte, sem chama alguma e a viver das suas individualidades. Na Luz, vemos muito disso, também. Mais uma vez, reconhece-se o estilo.

Mas quem viu o jogo, sabe que o lance do penálti do Otamendi é tão grotesco como o lance sobre o Lima em Guimarães, ou o lance do Rio Ave em Alvalade. O problema é que o argentino já devia era estar na rua, quando derrubou um estorilista que seguia isolado para a baliza.

Não, o FCP não foi prejudicado porque o Jesus pressionou os árbitros. Aliás, o FCP nem sequer se pode queixar do penálti cometido por um jogador que já deveria estar a tomar duche. Para além disso, Jesus não tem essa competência, também. Infelizmente para nós, não bastam umas palavras óbvias para derrotar um sistema com 30 anos, que nem com as evidências ainda mais óbvias tornadas públicas se deixou ir abaixo.

Quem dera ao futebol português que fosse assim tão simples.

Em Guimarães, uma equipa da casa muito competente, sempre no caminho da bola, sem que isso tenha significado anti-jogo. Contudo, os locais não tiveram uma única oportunidade de golo clara. O Benfica, com um meio-campo de três homens, pouco fez também, e em 45 minutos, apenas Siqueira poderia ter feito o golo.

Com Markovic a perder fulgor encostado à linha (quando se chegou ao meio, desequilibrou na jogada de Siqueira) e Djuricic ainda à procura da equipa, Cardozo esteve sempre desacompanhado. Mas, como quase sempre, o paraguaio continua a malhar forte e feio no Guimarães, ajudando assim o Benfica a conquistar três pontos preciosos.

Estão, para já, despachados três campos de nível alto de dificuldade (sobram dois, no Dragão, e em Braga), o que, com cinco jornadas, é relativamente bom.

Contudo, a equipa tem de render mais, pois passa demasiado tempo a jogar sem grande nexo. Temos de ser mais competitivos, mais exigentes. Mas com Jesus, isso parece sempre muito complicado.

Sobre as cenas finais, não tenho mais palavras. Não sei se procurou ser engraçado, mas depois ninguém se admira se voltarem a acontecer cenas como as de Enzo e Cardozo. Termino como comecei: Jesus é um triste.

Amoras de Lucho não chegaram para encher barriga em casa alheia


Dragão visitante e dragão visitado. Nesta dualidade vive o FC Porto de Paulo Fonseca que, até este domingo, não tinha ainda perdido pontos para a Liga portuguesa mas que já havia dado sinais de fraqueza (admitidos pelo próprio técnico dos azuis e brancos antes da visita à Amoreira) nas deslocações a Setúbal e a Paços de Ferreira.
Sinais esses que foram, ainda esta semana, mais claros na visita ao Prater. O FC Porto tornou a ganhar o seu encontro, pelo pé de Lucho, mas perdeu claramente no capítulo da atitude para os rivais austríacos. E esse era um problema que na Amoreira teria que ser resolvido, pois pela frente os dragões iriam ter uma equipa que deixa o medo de lado quando entra em campo e que, na passada quinta-feira para a Liga Europa, caiu de pé ante o Sevilha.



E, desta feita, nem as fantásticas pinceladas do Comandante Lucho salvaram os dragões de um problema que trouxe, pela primeira vez esta época, consequências pontuais. O argentino é a placa giratória para os golos e assistiu Licá e Jackson para o sucesso, mas ao Estoril nunca a desvantagem impediu de procurar melhor sorte. E, como se sabe, quem a procura...


Luís Leal, Sebá e Evandro estiveram em grande plano. Os primeiros dois fizeram a cabeça em água a Mangala e a Otamendi e o terceiro ajudou a revelar com perda de pontos a inutilidade do duplo-pivot no meio-campo portista. Defour foi mostrado de novo aos adeptos por Paulo Fonseca mas os mesmos terão de puxar pela cabeça para encontrar acções valorosas do belga numa partida sempre muito dividida e sem o controle absoluto - imagem de marca de épocas recentes.


Neste espaço deixado pelos dragões os canarinhos encontraram espaço para beneficiar de uma má decisão do árbitro para empatarem por duas vezes a partida. Depois do golo do ex-estorilista Licá, Evandro cobrou um penálti - assinalado por falta fora da área - e, já na segunda metade e depois do golo de Jackson, Luís Leal fez o golo que coroou uma das melhores exibições de uma partida que fez Paulo Fonseca, na flash-interview dada à Sport-TV, dar os parabéns a... Jorge Jesus.


O técnico portista enviou 'farpas' ao homólogo encarnado sobre a pressão exercida sobre os árbitros e garantiu que a estratégia do técnico encarnado encontrou sucesso nesta deslocação dos dragões à Amoreira, e também na recepção do Sporting ao Rio Ave. Estão abertas as hostilidades entre dois rivais que, curiosamente, com algumas manobras de diversão vão escapando neste fim-de-semana por entre a 'chuva' das críticas às exibições das suas equipas.

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sábado, setembro 21

Um empate justo, no primeiro jogo do nosso "campeonato".

Este jogo com o Rio Ave serviu, quanto a mim, para colocar melhor esta equipa no lugar onde tem e deve estar.

"Não vamos passar da pior época de sempre, para a melhor" são as palavras que BdC repetiu por mais que uma vez. E depois dos dois primeiros jogos onde o Sporting deslumbrou, um terceiro jogo contra o Benfica que o Sporting igualou e uma vitória regular no Algarve, este jogo contra o Rio Ave mostrou que na verdade o Sporting é já uma equipa esticada lá na frente e ainda imatura lá atrás.

Para mim, o objectivo será sempre ficar à frente do Estoril, Rio Ave, de um qualquer Paços que possa por aí aparecer e principalmente do Braga (que já está à nossa frente).

Garantir o terceiro lugar é assim a nossa grande prioridade e será nisso que os dirigentes, e a equipa técnica se deviam concentrar.

De realçar, a postura de LJ no final do jogo. Às vezes não são precisos apenas resultados para ser Grande!

quinta-feira, setembro 19

As contas dos outros vistas aos olhos dos mesmos

Diz hoje a Bola á 17h40 em letras de destaque....
"Passivo aumenta para 440.5Milhões"

Ás 18h21 a mesma noticia muda de titulo e o destaque é um bocadinho diferente:
"Época 2012/2013 gerou maiores proveitos de sempre"

Ás vezes, como dizia alguém, mais vale cair em graça, do que ser engraçado!!!
 

quarta-feira, setembro 18

Estrelinha de Lucho 'abençoa' novamente o Prater


A máxima "nunca regresses a um sítio onde foste feliz", não é definitivamente válida para a história do FC Porto com Viena. E se da história vivem os museus, o estádio Ernst Happel já merece uma secção na mais recente obra do Dragão. É que de lá para a Invicta os azuis e brancos sempre regressaram com boas histórias para contar e o novo capítulo, desta quarta-feira, não teve desfecho diferente.

O resultado final é o que fica para o 'antiquário', mas entre o início deste Áustria Viena-FC Porto e o apito final do árbitro escocês Chris Thompson, as semelhanças com outros episódios portistas no Prater nem foram assim tantas.

Ao FC Porto faltou agressividade para segurar o ímpeto dos austríacos e o solitário golo de Lucho, aos 55', disfarça com 3 pontos as dificuldades que os portistas sentiram para os conquistar. O Áustria Viena apresentou-se aguerrido, bem organizado e chegou quase sempre primeiro à bola. E nas raras ocasiões em que a equipa de Nenad Bjelica não conseguia recuperar o esférico, rapidamente se organizava para tapar todas as linhas por onde o FC Porto queria escrever mais uma vitória na Liga dos Campeões.

De facto, o 'lado B' da experiência portista na Champions foi a falta de intensidade, e os bem menos rodados austríacos estiveram sempre por cima, nesse capítulo. Daí que ao intervalo não fosse difícil adivinhar que todo e qualquer portista esperasse melhorias, tal a fraca produção atacante da equipa numa primeira metade onde Jackson não se viu, onde Danilo subiu pela linha apenas uma vez e onde Josué raramente acertou um passe.

E essas (melhorias) até existiram, mas não se pense que surgiram drasticamente. Surgiram sim paralelamente à perdida de energia do Áustria Viena no meio-campo. Lucho e Josué agradeciam o espaço e podiam respirar melhor. E até Danilo pôde subir para procurar a tabela com Lucho, deixar El Comandante subir até à área - uma das suas especialidades - e entregar de novo para o capitão dos dragões silenciar um Prater que até aí estava totalmente extasiado com a exibição - e esforço - dos violetas.

O FC Porto regressou ao 'passo de caracol', talvez esperando que o adversário tropeçasse na sua carapaça, e a partir do 0-1 a acutilância ofensiva saiu de vez do dicionário austríaco-português que os dragões levavam na bagagem. E enquanto tentavam descobrir como se domina um jogo em Viena, muito podem os portistas agradecer à estrelinha do Prater e ao poste que evitou que Stankovic empatasse a partida - logo a seguir ao golo de Lucho.

Querer adormecer o jogo a todo o custo era agora missão única e para isso foram chamados ao banco Izmaylov, Herrera e Quintero. O FC Porto acabou com cinco centro-campistas e a segurar uma bola que o Áustria queria, a todo o custo, introduzir na baliza de Helton. Mas com a bola no pé, a história de sempre foi por fim escrita - ainda que com contornos que não impedem o pensamento de resvalar para as exibições fora de casa do FC Porto nesta época. Fora do Dragão o FC Porto vai contabilizando vitórias bem mais descoloradas do que no seu habitat natural e nem todos os estádios desta Liga dos Campeões são o 'abençoado' Ernst-Happel.


Foto: UEFA

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Tácticas de bastidor....Cassamá e Sambú no FCP!!!

Não quero estragar a emoção do Marco no reencontro de hoje com aquele estádio. Mas hoje também há outras noticias que não deveriam passar desapercebidas.

Sinceramente, nem sei quem são estes jogadores e muito provavelmente nunca irei saber.
Mas isso nem me interessa muito, pois para mim esta notícia serve apenas para relembrar-nos o que teria sido do Bruma caso a CAP tivesse decidido ao contrário.

É só mais um exemplo daquilo que teremos que enfrentar e que teremos que fazer para voltar a por o Sporting no topo do futebol nacional

Só Benfica.

Por manifesta falta de tempo, já deixei passar a oportunidade de escrever sobre o jogo entre Sporting e Benfica. O resultado foi justo e o golo ilegal não foi suficiente para apagar aquilo que foi um dérbi bem disputado.

Como não vi o jogo contra o Paços de Ferreira (nem os golos, sequer), resta-me fazer a crónica sobre o jogo de ontem.

Os belgas vinham cheios de coragem mas, na Luz, são raras as equipas que se ficam a rir. Especialmente se forem equipas do nível do Anderlecht, que até procuram a vitória, jogando aberto, mas sem fazerem ideia de como lá chegar.

O trio do meio-campo benfiquista não deu qualquer hipótese até rebentar. A destruir e a construir, deu cabo da organização belga e os golos chegaram com naturalidade.

Na segunda parte a equipa da casa baixou um pouco de produção mas os belgas nunca foram uma ameaça. Acho que esta equipa está um ou dois patamares abaixo do nosso. É aquela equipa que podemos encontrar numa Liga Europa ali pelos oitavos ou quartos (que passamos sem grandes dificuldades).

Por outro lado, o Benfica continua igual a si próprio e o jogo de ontem foi apenas mais um igual a tantos outros. Grande fulgor, verticalidade, lances individuais e um guarda-redes que já ninguém entende como pode ser titular. Contudo, não seria admissível perder pontos ontem, frente a um adversário insípido.

O sonho de vermos o Benfica chegar à final da Liga dos Campeões não passa de uma enorme ilusão, para não lhe chamar outra coisa.