segunda-feira, setembro 23

Amoras de Lucho não chegaram para encher barriga em casa alheia


Dragão visitante e dragão visitado. Nesta dualidade vive o FC Porto de Paulo Fonseca que, até este domingo, não tinha ainda perdido pontos para a Liga portuguesa mas que já havia dado sinais de fraqueza (admitidos pelo próprio técnico dos azuis e brancos antes da visita à Amoreira) nas deslocações a Setúbal e a Paços de Ferreira.
Sinais esses que foram, ainda esta semana, mais claros na visita ao Prater. O FC Porto tornou a ganhar o seu encontro, pelo pé de Lucho, mas perdeu claramente no capítulo da atitude para os rivais austríacos. E esse era um problema que na Amoreira teria que ser resolvido, pois pela frente os dragões iriam ter uma equipa que deixa o medo de lado quando entra em campo e que, na passada quinta-feira para a Liga Europa, caiu de pé ante o Sevilha.



E, desta feita, nem as fantásticas pinceladas do Comandante Lucho salvaram os dragões de um problema que trouxe, pela primeira vez esta época, consequências pontuais. O argentino é a placa giratória para os golos e assistiu Licá e Jackson para o sucesso, mas ao Estoril nunca a desvantagem impediu de procurar melhor sorte. E, como se sabe, quem a procura...


Luís Leal, Sebá e Evandro estiveram em grande plano. Os primeiros dois fizeram a cabeça em água a Mangala e a Otamendi e o terceiro ajudou a revelar com perda de pontos a inutilidade do duplo-pivot no meio-campo portista. Defour foi mostrado de novo aos adeptos por Paulo Fonseca mas os mesmos terão de puxar pela cabeça para encontrar acções valorosas do belga numa partida sempre muito dividida e sem o controle absoluto - imagem de marca de épocas recentes.


Neste espaço deixado pelos dragões os canarinhos encontraram espaço para beneficiar de uma má decisão do árbitro para empatarem por duas vezes a partida. Depois do golo do ex-estorilista Licá, Evandro cobrou um penálti - assinalado por falta fora da área - e, já na segunda metade e depois do golo de Jackson, Luís Leal fez o golo que coroou uma das melhores exibições de uma partida que fez Paulo Fonseca, na flash-interview dada à Sport-TV, dar os parabéns a... Jorge Jesus.


O técnico portista enviou 'farpas' ao homólogo encarnado sobre a pressão exercida sobre os árbitros e garantiu que a estratégia do técnico encarnado encontrou sucesso nesta deslocação dos dragões à Amoreira, e também na recepção do Sporting ao Rio Ave. Estão abertas as hostilidades entre dois rivais que, curiosamente, com algumas manobras de diversão vão escapando neste fim-de-semana por entre a 'chuva' das críticas às exibições das suas equipas.

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3 comentários:

rbn disse...

Os 3 ditos grandes não jogaram a ponta dum corno nesta jornada e tiveram sorte.
O Benfica teve a sorte de fazer um golo caído dos céus.
O FCP e o Sporting tiveram a sorte de não saírem derrotados dos seus jogos.
Sou portista, reconheço isto e todos que viram os jogos deviam reconhecer, mas como estamos em Portugal, a arbitragem vai ser o prato quente deste fim de semana, deixando o jogo jogado em 2º plano.
Portistas e sportinguistas vão se queixar dos respectivos penaltys, contra marcado e a favor não marcado, e que a expulsão de Addy foi forçada, injusta, um escandalo.
Benfiquistas vão dizer que Addy foi muito bem expulso, que o penalty no estoril foi cristalino e que assim como Xistra, à primeira vista não marcavam o penalty contra o Rio Ave.
Ou seja, o costume.
Na próxima jornada, caso o fraquíssimo Belenenses faça um surpresa na Luz e o FCP e o SCP vençam com penalty inexistente, é ao contrário.
E siga o baile.

jamsilva disse...

Espero que seja aquela parte da época em que se faz gestao fisica do plantel para que chegue fresquinho a fevereuro/março que é qd tudo se decide.

O fcp neste momento joga mal.

Marco Morais disse...

Os bons sistemas e as boas ideias disfarçam a condição física. Acho que é mais por aí este problema do Porto.