Que me desculpe o Miguel [desculpem o próprio e o Luís o erro de identidade entretanto corrigido], mas não resisto a acrescentar ao que escreveu na forma de post.
Concordo com a ideia da concorrência desleal, mas numa perspectiva diferente. O estado português, nesta como noutras áreas, impede deslealmente a concorrência das empresas e agentes portugueses no seu próprio mercado.
Nada de extraordinário, contudo, que o futebol perca a já reduzida capacidade de atracção e que, mais do que nunca no passado, o campeonato luso seja incapaz de manter os seus talentos, pois é o que já sucede nos mais variados sectores.
Os mais competentes e brilhantes técnicos, quadros e académicos têm, neste momento, o caminho traçado: o estrangeiro.
É uma simpática forma de desertificação - ou, para ser mais exacto, "desqualificação" -, à qual há muito assistimos impassíveis.
Claro que o futebol tem sido um dos principais embaixadores de Portugal nos últimos dez anos, com uma taxa de sucesso invulgar que gerou negócio e riqueza para o país numa proporção infinitamente superior aos custos ou investimentos institucionais.
Mas, como em Portugal se prefere que todos sejam pobres e se convive muito mal com o sucesso alheio, ainda e sempre em nome da "igualdade", vamos tratar de impedir que a actividade prossiga no bom caminho.
Mal por mal, preferia que uma actividade fosse privilegiada, desde que mantivesse a sua produtividade. Para mim, mais vale um sector competitivo do que nenhum... Mas eu sou estúpido, portanto...
Assim, acabe-se com os privilégios em sectores específicos, calem-se os malandros que se queixam do que pagam.
Isto tem de ser igual para todos! Ou quase... (os bancos não têm nada a ver com isto nem têm pornográficos regimes de excepção no plano fiscal... sssssshhhhiuuuuu...)
PS – Pensar que isto se reflecte, de alguma forma, nos futebolistas ditos privilegiados é, no mínimo, ingénuo. Os contratos são, e continuarão a ser, negociados em valores líquidos, pelo que só os clubes serão atingidos pelo fim do regime de excepção.
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