sexta-feira, outubro 26

E o circo continua...

Realizou-se ontem a Gala da Confederação do Desporto de Portugal, que consistia basicamente na entrega dos prémios dos melhores do ano, de acordo com a votação do público. Na categoria de melhor equipa, tínhamos uma de surf, campeã da Europa, outra de vela, igualmente campeã da Europa, e outra de corta-mato feminino, para não variar campeã europeia. Curiosamente, nenhuma ganhou. Certamente, os outros dois nomeados eram campeões do mundo. Não. Afinal, não! Estava lá a selecção nacional de basquetebol, que cometeu a proeza de se classificar para a fase final do Europeu, mas não passou do 9.º lugar e só conseguiu duas vitórias. Os portugueses não são burros. Nunca iriam dar a vitória a estes, face ao currículo apresentado pelos candidatos anteriores. Falta, então, o quinto candidato: a selecção nacional de râguebi, que participou no bem mais mediático Mundial. Assim, já se compreende. Foi campeã? Não. Mas chegou à final... Também não? Meias-finais? Quartos-de-final? Nada disso... Mas certamente ganhou vários jogos... Não? Perdeu todos?!? E só um não foi por margem larga? Está bem, mas ninguém canta o hino como eles...

PS - Na eleição para o melhor treinador, o mediático Tomaz Morais derrotou o treinador de um campeão do mundo de atletismo, o de vários medalhados em Taças do Mundo e Campeonatos da Europa de canoagem, o da vice-campeã mundial de judo e um treinador de futebol que tem ganho umas coisas lá por África. Faz todo o sentido. Só não consigo entender como teve o Nélson Évora, mero campeão mundial, mais votos do que o torso nu do galã Cristiano Ronaldo.

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