A propósito dos comentários ao post anterior…
Há que avaliar o sucesso alcançado em função das reais capacidades dos participantes nessa modalidade, da expressão da mesma modalidade e do que os feitos, independentemente do nível que atingiram, representam para essa modalidade e para o país. Senão corremos o risco de dizer que a nossa representação no hóquei em patins foi superior à do râguebi.
Podemos ter conquistado títulos no triatlo, no chinquilho ou, até, nas corridas de clássicos de Fórmula 1, mas eu também sou um dos melhores do mundo a fazer triplas de 7, sobretudo quando estou a jogar ao 19 (soft tip darts) e ainda estou à espera de uma condecoração do Presidente da República.
Destacas, Glorioso, e bem, a excelente participação da selecção nacional de basquetebol no Europeu, mas esqueces-te que o sistema de competição era bem diferente. Se, no râguebi, tivéssemos tido a oportunidade de defrontar selecções de diversos níveis também teríamos coleccionado algumas vitórias. E, atenção, não quero com isto retirar qualquer mérito a outra histórica expressão de sucesso.
Fundamental é que, através do esforço desenvolvido ao longo da qualificação, foi alcançado um feito inédito para o desporto português e, na fase final do Mundial, quando se esperavam uma série de confrontos penosos e razoavelmente humilhantes, a selecção nacional de râguebi efectuou exibições excelentes que, pela primeira vez, colocaram o nome de Portugal entre a elite deste desporto. Não sou eu quem o diz, mas sim as principais publicações da especialidade.
Alcançar o apuramento foi um feito histórico, mas as exibições de Portugal em França foram, por si, sucessos notáveis, mesmo se não foi possível conquistar uma vitória.
Em termos relativos foi, sem dúvida, um ano que merece elogios e prémios.
Dito isto, também me parece que o título mundial de Nélson Évora, o primeiro numa especialidade como o triplo-salto – menor, mas relevante -, deveria ter outra expressão e maior reconhecimento.
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