Depois das revelações mais recentes, em particular as dos últimos dias veiculadas pelo Diário de Notícias, que comprometiam clubes como o Boavista e o FC Porto, o clã Loureiro e Pinto da Costa e amigos, e revelavam clara intenção de prejudicar Benfica e Sporting, eis que o jornal rival, o Público, resolve também entrar em campo. Só que, desta vez, o protagonista é Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica. Atenção! O jornal descobriu que também ele entrava nestes esquemas de influências, escolhas de árbitros, manobras sujas, etc. No fundo, pretendia passar-se a ideia de que também se envolvia em manobras de corrupção. As rádios, as televisões e os 'sites' logo tratam de difundir a novidade, para que, no mínimo, se fique a pensar que "este é igual aos outros" (vejam o título do 'post' anterior, da autoria no nosso amigo leonino Miguel).
Embora desconfiado, por se tratar de um jornal cuja secção de desporto não me merece grande crédito, por defender constantemente os interesses do FC Porto (convém não esquecer que daí surgiram, entre outros, nomes como Manuel Queiroz ou Bruno Prata), fiquei apreensivo e preocupado. No entanto, antes de tirar conclusões, resolvi ler o artigo. Fi-lo na página da 'net' e verifiquei que 'a montanha pariu um rato'. Não ignorando que uma ou outra frase proferida pelo presidente do meu clube pode não indiciar bons propósitos, pouco há a retirar de comprometedor. Escolheu árbitros? Limita-se a dar indicação que uns tantos estão feitos com o FCP, o que não é novidade (aproveito para dar conta do meu regozijo pela retirada desse rei da desonestidade chamado António Costa - hurra!!), e que não lhe dariam garantias. Sublinha que 'é tudo para nos roubar' e lamenta-se por um árbitro ter sido desnomeado à última hora. Refere não ter preferência por ninguém. Que indícios há aqui? Nada. Apenas o facto de ter sido escolhido o árbitro a que Luís Filipe Vieira não se opôs na conversa com o presidente da Liga. (Curiosamente, é o árbitro que vai apitar a estreia do Benfica na Liga. Fica, assim, também passada a mensagem de que "lá está o gajo que ele quis para o tal jogo da Taça de Portugal". Inocente esta coincidência? Claro que não! Amanhã à noite veremos!)
Nas conversas transcritas pelo Público há, pelo contrário, frases que não são nada benévolas para o FC Porto, mas essas não têm importância para o jornal. Afinal, que mal tem referir-se que "Mas qual é o gajo que o Porto não quer?! O Porto quere-os todos, pá! Qualquer um lhe serve!"? Nenhum. Certamente, tal significa que este clube não gosta de meter-se nestas questões...
Para que conste, preferia não ver ninguém do meu clube metido nestas trapalhadas e já tive oportunidade de referir que a presença de algumas pessoas no Benfica (em particular, de uma) me incomoda sobremaneira. Também posso referir que, sem prejuízo de reconhecer mérito a muitas coisas que fez, Luís Filipe Vieira não corresponde ao meu modelo de dirigente. Porém, não posso admitir que queira fazer-se passar mensagens que não correspondem à realidade. Haja rigor!
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