Depois de uma semana em que jogou na Champions League, contra uma equipa de sonho e realizando uma fantástica exibição, eis que o Sporting desce à Terra. Voltou ao futebolzinho cá do burgo, em que defronta equipas pequeninas e medíocres que lutam até à exaustão pelo mísero pontinho e que volta e meia acabam por sair com a lotaria na mão.
A derrota, que algum dia teria que acontecer, serve como castigo para uma equipa que deu uma parte de avanço. Derrota que Polga, Tonel e Djaló (está mais que encontrado o parceiro de Liedson) não mereciam e que acabou por ser injusta - se é que se pode falar de "justiça" em futebol - face ao que ambas as equipas produziram na totalidade do jogo, sobretudo o Sporting da 2ª parte, em que massacrou mas não teve eficácia para concretizar.
Já agora, Paulo Bento fez uma excelente leitura do jogo na conferência de imprensa, mas a frase que marcou foi mesmo esta: "Com as mãos é andebol... basquetebol... voleibol.... Futebol é com os pés e cabeça..."
1 comentário:
O Sporting viveu uma autêntica noite de trevas em Alvalade e sofreu a primeira derrota da temporada frente a uma equipa que marcou um golo com a mão à beira do intervalo e estacionou um autocarro de jogadores defensivos em frente à sua baliza durante toda a segunda parte.
Entrevados andaram o árbitro João Ferreira e o seu assistente do lado do ataque pacense, pois não viram um artista brasileiro chamado Ronny a empurrar a bola com a mão para dentro da baliza de Ricardo e, assim, decidir o jogo. Entrevados andaram igualmente os avançados do Sporting, pois não acertavam com a baliza ou encontravam pela frente uma perna ou o corpo do guarda-redes Peçanha, autor de uma exibição notável. E o Sporting, que até costuma ser eficaz, marcando golos com poucas oportunidades, terá conseguido mais oportunidades flagrantes neste jogo inglório do que no conjunto das duas jornadas iniciais, frente ao Boavista e ao Nacional.
Ao intervalo, a vantagem do Paços de Ferreira já não correspondia ao que se passara em campo: um jogo dividido, com o Sporting muito previsível, sem agressividade e sem rasgo, perante um Paços de Ferreira a contra-atacar em velocidade, procurando assim sacudir o confuso jogo sportinguista. Na segunda parte, o jogo teve sentido único, em direcção à baliza pacense, de nada valendo a Paulo Bento as mudanças operadas na equipa.
Ainda sobre a equipa de arbitragem, duas perguntas: como é possível que dois homens (o árbitro principal e o assistente) não tenham visto o jogador do Paços de Ferreira a usar o braço para marcar o golo? O que é que árbitro João Ferreira queria com aquele sorriso pateta face aos protestos dos jogadores do Sporting na sequência desse golo ilegal?
Em resumo, o campeonato prossegue, com o Sporting a encontrar pelo caminho árbitros sem categoria, que tanto dão pontos numa jornada como os tiram logo a seguir... É o futebol no país do Apito Dourado...
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