domingo, fevereiro 4

Exercício de memória.

Depois dos excelentes momentos proporcionados quer pelo SLB, quer pelo SCP, nem devia perder tempo com questões "menores". Mas, talvez, o meu erro seja esse, ou seja, considerar "menor" a falta de clareza com que a Justiça tem avaliado e tratado o processo do Apito Dourado (AD).

A derrota caseira do FCP foi muito mais do que uma derrota. Foi muito mais do que três pontos perdidos, ou três pontos recuperados. Foi a prova, cabal, da pouca sabedoria de quem mandou arquivar um dos casos mais escandalosos do AD.

Quem já vê bola como todos nós, há mais de vinte anos, já percebeu que, na essência do desporto em si, há coisas que, pura e simplesmente, quase que não se explicam. É tão difícil compreender o que se passou sexta-feira na Luz, como é difícil compreender o "Poker" do Bueno. Teremos que nos esforçar muito para encontrar explicações lógicas, quer para um, quer para outro caso. Mas, na discussão, descobrem-se mil e uma razões.

E é por isso que, quando o Estrela da Amadora vai ao Dragão ganhar, por muito difícil que seja encontrar uma explicação, esta é, até, bastante óbvia, e aplica-se com universalidade: no futebol, tudo é possível. Até o FCP corromper um árbitro num jogo contra um clube tão minúsculo como o Estrela da Amadora.

Era bom que quem decidiu com base em argumentos como os que foram apresentados na defesa do arquivamento, percebesse, pelo menos, isto.

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