domingo, fevereiro 11

Uma vergonha.

Em dez jogadores, cinco - Léo, Katso, Costa, Anderson, Coimbra - estavam desinspirados. E três - Nelson, Beto e Gomes -, fizeram figuras demasiado tristes, mesmo tendo como comparação, um qualquer discurso inflamado do Alberto João Jardim.

Uma vergonha. Desprezar o adversário, dá nisto. Nelson foi aberrante. Já aqui o escrevi muitas vezes: humildade, rapaz! A forma como disputa os lances é demasiado arrogante (a falta do segundo golo é típica nele). Um disparate. Nuno Gomes parece que entrou numa autoestrada sem travões. Chegou a ser deprimente a aflição que emprestou ao jogo. Beto, lá está, confunde tudo: a bola com as canelas dos outros, um passe longo com um passe curto. E claro, o cabelo loiro não é a melhor escolha, num contexto puramente estético.

Contar com um treinador inapto para alterar cenários menos positivos também não ajuda. Ontem, só o Deus-Vata "encarnado" poderia ter dado uma mãozinha, impedindo a repetição do chumbo, rematado, há uns anos, pelo Cláudio Oeiras. Mete o Mantorras, mete o Karyaka (quem?!), anula o Simão no meio, coloca Katso no lugar de Petit, anulando-o também e, "la pièce de résistance", surpreende com a inaudita tentativa de virar o jogo apostando no "joker" Marco Ferreira. Um embaraço. E dos grandes.

Simão é o nosso capitão. Só que o resto das tropas, às vezes, esquece-se do aprumo da farda, e arrota sem pôr a mão na boca. E queriam vendê-lo? Ficávamos com o pelotão reduzido a cinzas.

O Varzim, segundo o narrador da TSF, aos 65', não estava ali a fazer nada e só marcaria o segundo golo se este "lhe caísse do céu". Depois do golo, era do Varzim o melhor homem em campo. E era justa a vitória. Seria este um caso grave de falta de clarividência e profissionalismo, não estivesse eu a ver, ao mesmo tempo, o comportamento da equipa do SLB.

A passagem dos listados preto e branco à próxima ronda foi justíssima. Sem argumentos, escreveram o guião que sabiam. Sem manias, lutaram e jogaram o que sabem, em esforço. Muitos parabéns ao Varzim.

O senhor Olegário esteve bem. Só não viu um pénalti escandaloso sobre o Simão e deixou o Beto em campo, num lance que até poderá ter uma explicação: deixar o brasileiro em campo era contribuir para a esperança do Varzim. Estou a brincar: foi simplesmente um erro que confirma um atestado de imbecilidade a ele próprio.

Sem comentários: