Não se consegue esconder muito tempo das pessoas que se está doente. Ainda que o paciente vá funcionando e seguindo vida, a inépcia e ineficácia das suas acções torna-se por demais evidente. Em futebol o sintoma que dá a cara e que se torna inevitável de perceber chama-se resultado. Hoje no Dragão confirmou-se a doença exibicional da equipa de Jesualdo, o que pode nem ser mau de todo pois aceitar-se que se está doente é o primeiro caminho para a cura.
Ainda sem falar da gravidade da doença que afecta o FCPorto, terá que se admitir que ela existe. Ele há regra e há excepção mas as pessoas tendem a confundi-las. APOEL e Académica transmitiram os primeiros sintomas e a sequela Belenenses confirmou o mau-estar sublinhado-o com a perda de dois pontos muito importantes na luta pelo penta-campeonato. Ganhar e jogar mal têm a sua relação mas ela não é muito concordante e volta e meia, na maior parte das vezes, se destrói facilmente.
Hoje, mais do mesmo. Inépcia atacante, falta de ideias extremamente evidente e um desgarrar patético e inexplicável nas acções sem bola juntaram-se a um erro clamoroso que deu desvantagem. E aquelas pessoas que nem quando picadas ou extremamente avisadas respondem correctamente? Enervam, não? Que será delas, quando só com a arma apontada à cabeça reagem e se apercebem do seu erro? Não consigo imaginar melhor uso para o, também ele enervante, cliché: as desculpas não se pedem, evitam-se.
Fosse eu um crente e desligaria a televisão, ou sairia do estádio, a pensar que com um pouquinho de sorte de Bruno Alves, Meireles ou Rolando tinham resolvido a questão e que o resultado é uma injustiça. Venha de lá outro cliché: não há, nem nunca vai haver, justiça no futebol. Acrescento-lhe ainda que quem a espera só pode ser idiota.
O jogar bem (cumprir com distinção, seja ela qual for e de que maneira for, os cinco momentos do jogo) esse sim, está de mão dada com o ganhar. Quem não o faz senta-se à sombra de quem o faz, merecidamente.
A doença exibicional do FC Porto de Jesualdo é já recorrente e sabemos que o paciente, invariavelmente, vai melhorar. Resta saber é como é que ela vai responder a um novo agente externo que tem atacado em força. Resta saber também se esse agente externo é tão forte como tem parecido ou se é como a Gripe A que tem ajudado a vender jornais em catadupa. O laboratório de Braga trará amanhã mais resultados.
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