sábado, agosto 1

Nem toda a garra é boa

A desvantagem. É um dos factores que todas as equipas devem ter em conta. Acho mesmo que só se conhece uma equipa, e só se pode dizer que ela é boa, depois de ver a maneira como ela reage estando em desvantagem.

Seja lá como for há várias maneiras de uma equipa ficar em desvantagem. Há quem diga até que o vento pode colocar a bola na nossa baliza. Sendo possível, porque não? Sendo estar perder normal, a reacção torna-se importante. Há vários exemplos disso, o que me vem logo à ideia é a última final da Liga dos Campeões e a posterior reacção do Manchester, muito condicionada pelo efeito que o golo causou na "mente" da equipa. De todos só Ronaldo assobiou para o ar como que a dizer: é normal e não muda nada!

Serve isto para dar o mote ao comentário que faço ao Porto x Aston Villa. Os dragões cometeram dois erros que custaram a final, e os milhões, da Peace Cup. Todos erram é verdade à La Palisse, o número de vezes que se erra é que já se deve ter em conta. Podem-se perdoar os erros que o Porto teve no jogo contra o Villa, fazem parte do futebol e irão acontecer mais vezes, espera-se é que sejam poucas e a essa certeza deve-se confiar na reacção.

O Porto reagiu é certo. Encostou uma equipa mediana às cordas e insistiu, tentou, correu... mas faltou cabeça. O FCP deste ano - como no ano passado - é uma equipa potente, de explosão, de transição defesa-ataque, o que provoca duas situações negativas. A primeira é que os jogos começam 0-0 e muitas vezes são contra equipas que estão já satisfeitas com esse resultado, a segunda é que muitas vezes a outra equipa marca primeiro e dá ao Porto a obrigação de ter a bola circulando-a tentando abrir a lata, e isso o Porto não sabe fazer, ou pelo menos não o soube contra este Aston Villa.

Viu-se boa intenção sem bola, vontade de ganhar e isso é bom, em alguns momentos excelente até, mas a falta de cérebro enevoou os portistas que viviam dos raides de Hulk. Belluschi que deveria ser o homem que pauta esta intenção que falo acima, desaparece constantemente do jogo, aparecendo uma ou outra vez reduzindo a probabilidade de acerto por esses blackouts. Não me surpreenderia se Valeri fosse o escolhido para essa missão.

Perdemos mas os alarmes não devem soar já. Não vamos errar tanto como fizemos neste último jogo, mas em caso disso deve haver um plano de jogo que supere melhor a contingência. Ao cuidado do prof. Jesualdo.

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