E se dúvidas havia o Porto mantém a mesma bitola que havia conquistado vários pontos (decisivos) na conquista do tetra. Se dúvidas há em qual bitola, resta explicar que é aquela que existiu sem Lucho e que geria Lisandro. O Dragão adapta o seu jogo a uma nova arma de fogo: Falcão e tenta perceber porque caminhos se esconde Belluschi, mas o conjunto de soluções é tão forte, para este nível, que vai escapando a intermitência de um outro jogador.
Já em algumas linhas do sector havia dito que na Liga não se iria notar tanto a falta do duo de argentinos que encantou os portistas, e não só. Pois bem, a pré-época não o confirmou à partida visto os testes não serem exactamente aqueles que o FCPorto vai encontrar, mas os primeiros jogos encarregaram-se de mostrar isso mesmo somando-lhe também vitórias à falta de Hulk. Para quem andava distraído, já a Liga anterior tinha dado um indicador maior. À lesão de Lucho respondeu-se com vitórias, à gestão de Lisandro respondeu-se com vitórias e sem Hulk o Porto só conheceu...(imagine-se) vitórias.
A minha preocupação com a venda dos argentinos prendeu-se com a competitividade na Champions mas isso são contas de outro rosário que logo haveremos de abordar. Por cá eficácia quanto baste muito devido a dois jogadores: Falcao e Farías. De Farías já sabiamos o que esperar: golos como o de ontem por exemplo, são imagem de marca de uma ratice de área que dá um jeitão. Depois, com a garra e o preenchimento do campo que Lisandro fazia a turvar-me a visão não me foi possível evitar críticas ao estilo de jogo de Radamel Falcao. Erro crasso Marco Morais pois como não se compram jogadores pelo youtube também não se analisam por lá. Faltou-me a visão de Falcão... literalmente, meus caros. Quanto mais o vejo jogar mais gosto dele e faço minhas as palavras de Cebolla: "Não me parece que estejamos muito diferentes no ataque".
A equipa adapta agora o seu modelo às caracteristicas da ave de rapina, mas sem se descurar a pôr-lhe, também, um pouco das suas. Palpita-me que Falcao pode evoluir o seu jogo muito para lá da área, tanto a nível de pressing como de abertura de linhas de passe, e ser o avançado que os portistas reclamam. Uma coisa é inegável, já tem um faro de golo tão bom como Licha. Sei que está en racha e que isso pode ser uma condicionante tão grande para a minha retina como foi a perda de Lisandro, mas estou para as certezas como o Sporting se encontra, nesta fase, para as vitórias... algum dia ela há-de aparecer e Falcao tem-me agradado de sobremaneira.
"Paulo Bento Forever" tem razão de ser
Acérrimo defensor do despedimento de Paulo Bento do Sporting tentei encontrar razão de ser na frase de Bettencourt, a já célebre: "Paulo Bento, Forever". Pois bem, pensei e raciocinei (não tanto como se faz no Entre10, claro) e achei ponto ao homem. Bento, tomou as rédeas do Sporting num momento conturbado do futebol leonino. Da mesma maneira que agora, só faltava aos jogadores atropelarem-se em campo para dar maior prova de que os dias do treinador estavam contados. Era um período ideal para um treinador das suas características: simples e directo. Em pouco tempo resolveu a questão pois bastava ao Sporting jogar para não sofrer que iria ganhar muitos mais jogos que perder. E assim foi, a tal ponto de dar luta ao Porto até ao fim e ser um dos principais culpados pelas suas escorregadelas. Caiu que nem uma luva no Sporting, mas depois mais foi exigido. A segunda época, que haveria de ser completa pelo técnico, exigia o título, mas não houve futebol e logo aí se deveria ter exigido novo "Paulo Bento": alguém que analisasse o que falta ao Sporting, para dar aquele saltinho, tal como agora. Assim sendo, só vejo um ponto lógico na frase de JEB: Quando um Paulo Bento falhar, venha de lá outro e assim sucessivamente... só assim P. Bento pode ser "Forever".
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