terça-feira, abril 18

Braga-Paços (2-3): um excelente "show" de bola, pá.

Pela primeira vez na minha vida vi um jogo entre Braga e Paços de Ferreira. Fiz bem. Foi um jogo emotivo, bem jogado, bem disputado, com bons golos. Não faltou uma tentativa de conquista do relvado, perpetrada por uns quantos espectadores mais exaltados. Não que estragasse o brilho dos foguetes - que subiu no céu do estádio da pedreira -, mas penso que a malta devia aprender a sentar-se nas cadeiras. Ou isso ou a entreter-se a jogar à bisca lambida no jardim do Príncipe Real (num similar de Braga, neste caso).

O Braga bem tentou, mas o Paços explorou bem o contra ataque e a linha de fundo. Delibasic mostrou sentido de oportunidade e João Tomás não perdeu o mergulho. Não chegou. No final do jogo, o habitual. Jesualdo “O Calvo”, critica o óbvio e deixa o menos óbvio para quem se der ao trabalho.

O Braga perdeu e perdeu bem. Por muito que custe aos adeptos do Braga e até aos do Guimarães - o Paços luta para não descer -, o Paços de Ferreira mostrou madeira de boa qualidade e aproveitou as frestas da porta principal que Nem nem à cotovelada resolveu.

No epicentro da polémica está o lance do segundo golo dos pacenses. A bola saiu, é verdade, mas depois entrou, também é verdade. O "placard" deu mais uma volta e os de Braga começaram então uma verdadeira ode ao "tralho desamparado", dentro da área pacense. Deu resultado, pois deu. Mas o árbitro não podia enganar-se outra vez. Pelo menos naquela zona, claro.

O Braga vai à UEFA e não merece mais. O bom trabalho é evidente, há que consolidar o presente.

Entretanto, a luta pela manutenção parece o confessionário do Big Brother ao domingo à noite: é o salve-se quem puder. Quem não puder venda as "jóias" a quem pode comprar e... daqui a dois anos há mais. Talvez.

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