quarta-feira, março 14

O nosso futebol está falido!!!

Acho que é uma frase que resume tudo o que se passou nesta semana a nível de bastidores do futebol português. E já vão sendo inúmeros os casos de falência a nível de clubes, alguns deles, que até tinham alguma visibilidade a nível de receitas: Boavista, Farense, Est.Amadora, Salgueiros, ....
Ainda há outros que lutam por conseguir manter-se á toa: Belenenses o caso mais grave, e agora Guimarães, U.Leiria ou até o meu Sporting.
E isto só para falar no que é público, pois acredito que haja por aí muitos clubes mais em situação parecida.
Então, basicamente, quando se gere uma competição constituída por clubes falidos, está-se a olhar para uma competição com data de validade reduzida que num futuro próximo estará a ponto de acabar ou ficar resumida aos sobreviventes.

Ora tudo isto ajuda a perceber o desespero que se chegou a nível de futebol português. É preciso urgentemente mais receitas para todos e não enganar as pessoas com taças da Liga ou coisas parecidas. Isto ou então instala-se uma Troika no nosso futebol e impõe-se uma certas medidas de redução dos custos.

É claro que nada disto que digo altera a maneira como se estão a fazer as coisas. Eu acho criminoso o acto de decidir quais são os clubes que beneficiariam desde novo modelo (os que estão actualmente na Primeira Liga). Mas fora isso, há algo que considero mais importante que o número de clubes na Primeira Divisão. O que acho que se devia estar a considerar neste momento era: como podemos salvar o nosso futebol? ou por quanto tempo ficaremos a fazer tudo na mesma? teriamos então que esperar que a má fortuna toque á porta do nosso clube para pedir outro tipo de medidas?

5 comentários:

LDP disse...

A federação italiana de futebol é nomeada pelo Comité Olimpico Italiano.

Comparem isso com a merda da fpf e da liga do nandinho das faturas e tirem as vossas conclusões.

Pedro Almeida disse...

Em Portugal neste momento o futebol só é viável para meia dúzia de equipas: Benfica, Porto, Sporting(ainda), Braga, Maritimo/Nacional(se se fundissem era o ideal), Guimarães(???), Académica(???)
Só estas equipas na prática têm condições para estar numa liga profissional de topo.
O ideal mesmo seria fazer-se uma liga ibérica, 5/6 clubes nossos e 14/15 deles, uma liga fechada de preferência.
Um clube como o Gil Vicente, com o presidente que tem, merece existir a nível profissional?

Pedro disse...

Acho que há demasiados clubes em Portugal mas não acho que 16/18 clubes na primeira divisão seja errado. É um numero com o qual concordo e um modelo de competição que prefiro ao de 3 ou 4 voltas com 12 equipas.

O Pedro Almeida toca num bom ponto. Quantos clubes profissionais tem a Madeira? Faz sentido? Têm sustentabilidade de adeptos para tal? Provavelmente se a Madeira tivesse só um clube seria, concerteza, bem forte, pelos menos teria condições para isso.

Que se comece a penalizar forte e feio os clubes que não cumprem com os seus compromissos. Pode ser que assim se comece a separar o trigo do joio...gestão racional dos meios ao dispôr, gastar apenas o que se tem.

J. disse...

Lá está.....esse "vazio" legislativo que não penaliza os clubes que não cumprem, faz com que se ande neste folclore de tentar por todos os meios conseguir extra $.

Eu não que o futebol em Portugal seja viável só para 5/6 clubes. Eu acho que o futebol em Portugal gerido desta forma, não é viável para quase ninguém.

Ou força-se medidas para encorajar um maior controlo dos ganhos vs gastos, ou então vamos a andar sempre a discutir fugas para a frente.
:-)

Mr. Shankly disse...

"O Pedro Almeida toca num bom ponto. Quantos clubes profissionais tem a Madeira? Faz sentido? "

Fez enquando o Alberto João não foi controlado. Agora é que vão ser elas.