Como se diz em linguagem corrente, o povo é soberano e só nos resta respeitar as decisões das maiorias. Neste caso, devo confessar que para mim, não é nenhuma surpresa os resultados do questionário feito aqui no sector. Mas não estou de acordo. E vou explicar porquê:
1 - Com 39% dos votos e com larga distância para as restantes opções, o eleitorado da blogesfera opinou que em caso algum se deve alienar património. Certamente que estamos a viver em tempos faraónicos, e daí talvez se tenha pensado que a grandeza de um clube também se veja pela quantidade e grandiosidade de um património. Pensava que era um complexo mais de outros, mas pelo vistos enganei-me. E fiquei também a saber, que o Sporting mais que um clube de futebol, é também considerado com um importante gestor de bens imobiliários. Olha, estamos sempre a aprender. E apesar de reconhecer alguma ironia sarcástica aqui no meu post, até sou capaz de concordar que um bingo ou uma alvaláxia poderiam e deveriam ter sido melhor aproveitados. Mas um edificio visconde, uma clinica CUF ou um Holmes place!?não percebo!
2 - Em segundo lugar, em ex aequo, ficou a opção de que o clube ficava a depender demasiado do futebol. E também esta não foi a minha opção. E porquê!?Apesar de reconhecer a necessidade de ter algumas garantias façe á imprevisibilidade do negócio, acho que sim que o Sporting tem que estar preparado, como clube de futebol, para saber retirar as receitas suficientes para gerar um cash-flow mais que positivo para poder sobreviver como grande clube que é. É mais, tem que o fazer obrigatoriamente e como já diziam os Blur “ there is no other way”.
3 -A minha escolha foi naturalmente a opção do caminho para evitar a falência. Não é que esteja tão de acordo com esta expressão, mas por achar que é a que mais perto está daquilo que penso. Não acho que o Sporting esteja em perigo de falência. Longe disso! Mas sim que não se pode deixar de evitar uma certa preocupação pelos resultados financeiros apresentados. E aqui a questão é muito simples.
Segundo a teoria económia de equilibrio financeiro, o Sporting apresenta um desequilibrio importante entre aquilo que tem( Fundos próprios) e aquilo que deve ( Passivo). A principal consequência disso mesmo, é o Sporting entrar em suspensão de pagamentos a curto prazo e em processo de falência a longo prazo.
No entanto, segundo a mesma teoria económica, existem 3 recursos para evitar o que seria um desastre:
- o Sporting aumenta o capital próprio ( algo que também FSF sugere)
- o Sporting passa tudo aquilo que deve no curto prazo a longo prazo, através de uma renegociação com a Banca ( algo que tb já foi feito segundo sei)
- ou vende Património fixo não afecto á actividade directa do clube, neste caso, o futebol;
Há uma outra opção, caracteristica em organizações que conseguem gerar relações não económicas e puramente sentimentais como são exemplo os clubes de futebol, que é fazer algo parecido a uma operação Coração ou kit benfiquista, isto é, alguém que esteja disponível para meter dinheiro no clube sem qualquer contrapartida.
4 - A ultima opção escolhida foi que com a venda de património se iria conseguir um maior investimento no futebol. Sim, é verdade. Mas talvez não da maneira que se calhar as pessoas estão a pensar. O que se propoê não é a venda do Alvaláxia para ir comprar um Mascherano ou um Tévez. Isso sim seria uma decisão de risco. O que se propoê é, vender património, abater a divida, deixar de pagar tanto por ano em encargos financeiros ( neste momento o Sporting quase que se dedica apenas a dar dinheiro a ganhar aos bancos) e só depois, com os fundos libertados pela ausência desses encargos, se poderia investir mais no futebol.
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