quarta-feira, fevereiro 15

Já nada será como antes

No dia em que se fala da possibilidade do regresso dos tão desejados Ribeiro Telles e Bettencourt ( dois dissidentes do “Projecto” ) através da lista de Soares Franco, há hoje também uma entrevista na Bola que não deveria passar despercibida aos adeptos leoninos. Dias da Cunha, a principal personalidade do Projecto, marca diferenças com o que toda a gente insistia em chamar a Lista da Continuidade. O tema de maior polémica é, como não poderia deixar de ser, a venda de património. No entanto, leio aqui nas entrelinhas alguma estranheza de Dias da Cunha em relação ao discurso de Soares Franco. Em definitivo, parece que a bomba explodiu em Alvalade. Deixo aqui um pequeno excerto do que se pode ler hoje na Bola.


Dias da Cunha e a venda do Património
No que respeita às contas do ano em curso admito que o saldo ainda seja negativo, mas a situação até Outubro, e tenho a cópia da acta de Setembro comigo, permite-me dizer que não havia lugar para se esperar por qualquer dramatização por parte dos bancos, antes pelo contrário. O Sporting é rigoroso, o Sporting é transparente e essas são as condições fundamentais que sempre levaram os bancos a acreditar em nós. Portanto, parece-me injustificável alguém servir-se desta diferença para dramatizar uma suposta necessidade de venda de património.
- Tem alguma ideia que não esteja a revelar?- Não vou especular; sei bem que se especula muito sobre as razões dessa ideia da venda pura e dura. Apenas quero tornar público que esses negócios, a serem pensados como estão hoje, constituem um tremendo disparate e, a concretizarem-se, serão altamente lesivos dos interesses do Sporting.- Mas há quem especule no sentido de dizer que seriam os próprios bancos a exercer pressão para a venda.- Não acredito nisso. Tenho cópia das actas e os bancos aprovaram os negócios que acabei de descrever. E não vejo razão nenhuma para aquilo que esteve na base dos acordos assinados pelos bancos tivesse sido alterado. Os bancos são racionais e um Sporting mais pobre, como este que propõem, agora, não serve os bancos. E é precisamente isso que eu também não quero. Não quero um Sporting mais pobre.


Dias da Cunha e os apoios do dr. Roquette e do dr. Ernesto Ferreira da Silva à candidatura do dr. Soares Franco
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Preocupo-me, exclusivamente, com a minha opinião e cada um tem o direito a ter a sua. Não me vou referir a isso, embora a cada um dos dois tenha muito para dizer. Enfim, isso vai ter de ficar reservado para melhor altura...


Dias da Cunha e as eleições:- Espero que, quando se entrar em processo eleitoral, surjam novas candidaturas e novos programas para serem avaliados. Há gente muito mais nova do que eu com provas dadas na gestão de empresas em situações difíceis, que conseguiram sucesso e que eu admito que o apelo Sporting os leve a candidatar-se à presidência do clube. Não lhe vou dar nomes, mas ocorrem-me três ou quatro com excelentes referências.

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