Defendo que a via principal para chegar à Selecção é o trabalho de qualidade.
Após a divulgação da equipa nacional portuguesa não deixa de ser pertinente questionar, se a convocatória para a selecção não deverá ter um certo sentido de “prémio”, para o trabalho e a forma apresentada pelos jogadores, e todos os jogadores. O trabalho diário de um jogador e a sua qualidade não deveram ter reflexo na representação de uma selecção, a palavra selecção representa isso mesmo, selecção, dos melhores entre os melhores. Independentemente de a escolha ter sempre uma certa injustiça para alguns, nunca me recordo de ser tão injusta para tantos. Por outro lado entendo também que quem mais ajudou para que a presença no Mundial fosse possível tenha justamente de ser reconhecido.
Também não vou ao ponto de na intimidade esperar, e talvez torcer, pelo fracasso, para a posteriori gritar bem alto que tinha razão. Se esta é a equipa do Scolari e do atadil também é a minha, antes até, porventura. Que este ponto fique bem claro.
Para mim fica aqui enterrado o “machado de guerra” em relação aos eleitos. Será desenterrado, se for caso disso, após, e nunca durante este período que quero e espero de sucesso. Também vou substituir este ano a bandeira na janela por uma vela.
Na sequência do texto anterior falo dos convocados.
Sabendo que temos 14 ou 15 jogadores capazes de formar uma equipa forte, os lugares em aberto do onze resumem-se a três posições. Este sim é que é o verdadeiro problema, quanto a mim.
E a minha opinião, desde já, é esta:
Caneira em detrimento de Nuno Valente. Petit e Tiago em detrimento de Costinha e Maniche. Estes últimos não fazem um jogo de jeito desde o ultimo europeu.
O seleccionador já tem definido o onze, por muito “suspense” que queira fazer, não arrisco muito ao dizer que é este, salvo alguma lesão:
Ricardo, Miguel, Ricardo Carvalho, Meira, Valente, Costinha, Maniche, Deco, Ronaldo, Figo e Pauleta. Nem mais, os mesmos.
Com três semanas de treinos, onde a fé reside no preparador físico, e sendo os dois primeiros jogos, Angola e Irão, os teoricamente mais fácies, espera-se que seja tempo suficiente para o milagres Costinha e Maniche.
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