Sem querer entrar em debates filosóficos sobre o que é bom futebol (sobretudo quando se confunde bom futebol com futebol bonito à vista...) a verdade é que são os resultados que dão confiança. Não é segredo nenhum que a equipa do Sporting foi espremida até ao máximo e a série de vitórias consecutivas da 2ª volta apoiou-se mais no estado anímico dos jogadores do que na excelência do futebol praticado. Mesmo nessa sucessão de bons resultados, foi praticamente unânime que o futebol jogado pelos leões era de fraco nível.
Numa equipa que tem apenas 7/8 jogadores acima da média, era talvez difícil fazer melhor. Muito mérito por isso para Paulo Bento que, percebendo as limitações do plantel de quer dispunha, optou pelo pragmatismo em vez do lirismo. É por isso que o grande desafio de Paulo Bento começa agora. Vai começar uma época de raiz e tem alguma margem de manobra para moldar o plantel à sua imagem. Pelo menos em termos de dispensados, já que em contratações não abundará o dinheiro para satisfazer as expectativas dos adeptos mais sonhadores. Beneficiando de um aparente apoio da SAD – 2 anos de contrato, e tendo a seu favor o apoio da maioria dos adeptos sportinguistas, a prova de fogo começa agora.
Carlos Freitas estará também sob pressão. Depois de Paulo Bento “exigir” a continuidade do director, depois de Freitas dar, aparentemente, todo o apoio a Paulo Bento, os resultados da equipa na próxima temporada serão decisivos também para Carlos Freitas. Carlos Freitas tem já bastantes anticorpos na massa associativa o que não jogará a seu favor. No entanto, o fim do deserto de títulos significará reconhecimento e prestígio. Mas se porventura as coisas não correrem bem à equipa principal, não será só Paulo Bento a ficar em maus lençóis.
A bem do clube – o jejum já vai em 4 anos – era bom sinal que tanto Bento como Freitas ficassem no Sporting os próximos 2 anos.
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