sexta-feira, maio 12

Ricos e pobres.

É assunto corrente afirmar que o Porto tem o maior orçamento, o que é verdade, números são números.
Se por um lado importa ver como foi ganho, por outro importa ver como foi gasto.

Temos o maior orçamento. Pois temos. Ganhamo-lo, não vendemos kits porque somos poucos, somos pequenos, regionais e humildes. Não vendemos património (aqui não o digo com muita convicção porque só nos resta o Dragão), ou melhor, vendemos o património que importa, vendemos uma equipa campeã europeia, fizemos a travessia no deserto, longa para nós, um ano em seco.

Resistimos a tentação de não vender o melhor jogador, e no negocio recuperar um jovem internacional. E ainda sobrou para investirmos em dois jovens ambiciosos vindos da Argentina. Fizemos as contratações milionárias do Pepe, do Helton, do Alan, do Jorginho, do Paulo Assunção e do Adriano. Promovemos os consagrados Raul Meireles e Bosingwa. Juntámos a estes todos os que já lá estavam Benny e Pedro Emanuel e aqui está a melhor equipa.
Olhamos para o banco e ainda lá temos os consagrados e milionários, Ricardo Costa, Ivanildo, Hugo Almeida, Cech, Bruno Alves, Ibson. Pondo de parte o castigado Diego, e a “incógnita” Anderson, é na verdade uma rica equipa mas nem tanto uma equipa rica.
Vendemos o património que tínhamos, ganho a jogar à bola, ganho a custa de vitórias, e investimos numa equipa jovem e ambiciosa, que nos garante o presente e nos tranquiliza o futuro.

p.s. O orçamento inclui os negócios dos “Leo Lima” e afins, mas a equipa campeã, os mais utilizados, não leva uma fatia assim tão elevada.
p.s.1 – parte deste texto já o tinha escrito após a vitória em Alvalade e depois de ler uns tantos comentários no sentido de que maior orçamento implica ganhar. Não o vejo assim.

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