segunda-feira, maio 29

Mundial 2006 - Grupo D


PORTUGAL
Depois do bom trabalho desenvolvido nos últimos dois anos (com o 2º lugar no Euro e uma fase de qualificação sem sobressaltos), é de esperar um bom desempenho da nossa selecção no Alemanha 2006. Portugal tem um bom lote de jogadores e um seleccionador campeão do mundo, o que cria natural expectativa nos adeptos. Scolari mantém a base do Euro 2004, mas tem agora um sério problema na defesa, devido à lesão de Jorge Andrade, que não só é melhor central que qualquer dos seus substitutos como tinha já um excelente entrosamento com Ricardo Carvalho. A grande dúvida de Scolari estará certamente na dupla que jogará atrás de Deco no meio campo. Costinha e Maniche estão longe do nível apresentado em 2004 mas continuam a ser jogadores importantes para o seleccionador, que tem Petit e Tiago em boa forma e na luta por um lugar no onze. Na frente, nada de novo: Figo, Cristiano Ronaldo e Pauleta são intocáveis.
Apesar da qualidade existente, fica a pergunta. Será realista exigir mais que os Quartos-de-final a esta equipa?

Equipa-Tipo: Ricardo; Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Caneira; Costinha, Petit e Deco; Figo, Pauleta e Cristiano Ronaldo.
Outros Convocados: Quim e Paulo Santos (GR) Paulo Ferreira, Ricardo Costa e Nuno Valente (DF) Maniche, Tiago, Hugo Viana, Simão e Boa Morte (MD) Nuno Gomes e Postiga (AV)

MÉXICO
Presença assídua em Mundiais, o México apresenta sempre bom futebol mas cai invariavelmente nos Oitavos-de-Final (foi assim nas últimas três edições). Este ano, a selecção mexicana ambiciona chegar mais longe e, tendo em conta a sua performance na Taça de Confederações em 2005 (chegou às meias-finais, onde apenas sucumbiu nos penaltys, com a Argentina), há razões para acreditar numa boa campanha. Rafael Marquez é a grande figura da selecção mexicana e um dos três elementos (juntamente com Franco e Borgetti) que actuam fora do México. Tal facto pode indiciar falta de experiência ao mais alto nível mas o facto da liga mexicana ser uma das mais competitivas que se realizam fora da Europa, pode servir para atenuar esse problema. Treinado pelo argentino Ricardo Lavolpe, o México não deverá ter problemas em passar o grupo.

Equipa-Tipo: Sanchez; Marquez, Osorio e Salcido; Castro, Pardo, Zinha, Morales e Pineda; Franco e Borgetti
Outros Convocados: Corona e Ochoa (GR) Suarez, Rodríguez e Mendez (DF) Torrado, Luís Perez, Guardado, Garcia e Arellano (MD) Bravo e Fonseca (AV)

ANGOLA
Angola
causou sensação na fase de apuramento ao eliminar a poderosa Nigéria. Apesar desse feito, os Palancas Negras são vistos como uma das selecções mais fracas em prova. Será, certamente, das mais inexperientes mas não se pode nem deve menosprezar esta equipa, que melhorou bastante desde aquele triste espectáculo protagonizado há uns anos atrás, em Alvalade. Angola é, hoje em dia, uma selecção mais organizada e com estilo de jogo parecido com o português. No entanto, o seleccionador Oliveira Gonçalves (que levou Angola a um título africano de sub-20 em 2001) debate-se com alguns problemas, depois de ver a FIFA recusar a participação de Pedro Emanuel, Edgar e Chainho no Mundial, naquela que era uma tentativa de dar mais qualidade e experiência à equipa. Além disso, o seleccionador angolano não poderá contar com os habituais titulares do flanco esquerdo. E se a ausência do lateral Yamba Asha é de fácil resolução, o mesmo não se pode dizer em relação ao médio Gilberto, o melhor jogador angolano da actualidade. Mantorras é o nome mais sonante da equipa mas está tapado por Flávio e Akwá, a dupla de atacantes titular.
Apesar das melhorias apresentadas, Angola será presa relativamente fácil se Portugal e México jogarem ao seu melhor nível. As maiores hipóteses da selecção angolana passam por conseguir pontuar frente ao Irão, o que já seria uma prestação satisfatória.

Equipa-Tipo: João Ricardo; Loco, Jamba, Kali e Marco Abreu; Mendonça, André, Figueiredo e Edson; Flávio e Akwá.
Outros Convocados: Lama e Mário (GR) Marco Airosa, Lebo Lebo, Rui Marques e Delgado (DF) Miloy e Zé Kalanga (MD) Mateus, Love, Mantorras e Titi Buengo (AV)

IRÃO
Scolari
tem alertado para a qualidade desta selecção, como que adivinhando dificuldades no confronto com os asiáticos. De facto, esta selecção iraniana, treinada por Branko Ivankovic, parece ter evoluído desde a última vez que participou num Mundial, em 1998. Actualmente, são vários os jogadores a actuar em campeonatos europeus, principalmente na Alemanha. O ponta-de-lança Ali Daei é um dos sobreviventes do França 98 mas a sua influência na equipa é agora bem menor, cabendo ao médio Ali Karimi, que joga no Bayern Munique, o papel de principal figura deste Irão. Mas há outros jogadores a ter em conta, como o ala direito Mahdavikia (Hamburgo) e o avançado Hashemian (Hannover). No entanto, apesar de apresentar alguma qualidade do meio campo para a frente, o Irão tem uma defesa bastante fraca e muito dificilmente resistirá a selecções fortes como Portugal e México. Se tudo correr dentro da normalidade, esta equipa lutará com Angola pelo 3º lugar do grupo.

Equipa-Tipo: Mirzapour; Kaabi, Golmohammadi, Rezaei e Zare; Mahdavikia, Nekounam, Karimi e Zandi; Ali Daei e Hashemian.
Outros Convocados: Roudbarian e Talebloo (GR) Bakhtiarizadeh, Sadeqi e Nosrati (DF) Teymourian, Madanchi e Shojaei (MD) Khatibi, Borhani, Enayati e Kazemeian (AV)

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